Por: Da Conceição Maria
Jovens e adultos saíram as ruas á 30 de janeiro, pelas 13h, na cidade capital do Namibe com a partida no Largo Espírito Santo e chagada no largo primeiro de Maio, num percurso de aproximadamente 3km para protestar a intenção do executivo angolano insistir na exploração petróleo na bacia do Namibe.
Lourenço Fernando, membro da sociedade civil disse que: ” esta é a forma mais pacífica que queremos mostrar ao executivo angolano que não vamos aceitar a exploração do Petróleo no Namibe”.
“Sou marinheiro não posso aceitar esta pretensão, porque isto põe em causa o meu futuro, por isso, estou aqui para manifestar o meu descontentamento “disse, Henriques José.
“O povo está cansado com as leis aprovadas e com as fraqueza que o executivo angolano tem manifestado quando aprova leis que não vão de acordo com o bem estar das comunidades e nós estamos aqui para reivindicar” Explicou Membro da sociedade civil que preferiu anonimato.
O Deputado Sampaio Mucanda não quis ficar de fora e marcou a sua presença na linha da frente da marcha com a exortação do lema ” Peixe Sim, Petróleo Não”. 
As mulheres peixeiras prometeram e marcharam. “Nós dependemos do peixe e não do Petróleo, somos excluídas em vários projetos do governo nos excluem nos concursos agora querem nos tirar o peixe para por o petróleo. Isto é um erro…” lamentou, Josefa.
Os estudantes da Academia de Pescas da Universidade do Namibe, manifestaram em defesa da existência da instituição
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“Domingos Tchimbwa, já não entendemos mais as políticas do Governo. Há quase 15 anos projetaram e construíram a Academia para desenvolver o sector pesqueiro na Província do Namibe e de repente querem explorar petróleo. Com esta pretensão sentimos que a nossa formação está em risco, porque a Academia de pesca é uma Universidade que não é para Técnicos e Engenheiros de Petróleo isso é claramente um autêntico abuso”.
A presença de mais de 50 agentes da polícia que asseguraram a marcha sem qualquer constrangimento foi notória.
Do Município piscatório do Tômbwa, vários foram os membros da sociedade civil que participaram da manifestação. 
“Tômbwa desde sempre foi um Município piscatório, nós não concordamos em torná-lo em Município petrolífero. Vamos gritar com todas as forças e vamos manifestar quantas vezes forem necessárias para mostrar ao executivo que não queremos o petróleo, uma vez que a nossa cultura é a pesca ” disse um dos Munícipes.
No acto de encerramento da marcha, Faustino Manuel, porta-voz da organização da manifestação fez a leitura da mensagem dirigida ao executivo angolano que no acto de implementação de qualquer projecto leve em consideração a vontade do povo. 