RÁDIO NFV FORA D` HORAS

14.05.2021

Noticiário na rádio NFV 13-05-2021

1-Mais de cem cidadãos fugiram da fome do interior do Município Virei para República da Namíbia, diz soba Grande Bernardo Mussonde.

2-Advogado Salvador Freire dos Santos reafirma que a detenção de Zecamutchima, Líder do Movimento protetorado Lunda Tchokwe é ilegal.

3- Jurista Francisco Kandjamba reafirma: ” activistas Tchilalo João Muhalo, detido no Cunene e Edson Kamalanga, no Namibe são presos políticos” e devem ser soltos já e agora.

4- Manifestantes contra a fome em Curoca impedidos por ordem superior do Cunene.
Sejam bem -vindos ao jornal “NFV” de quinta-feira, 13 de Maio de 2021, edição de Fonseca Tchingui, Gercione Paulo na produção, coordenação de Armando Chicoca, eu sou a vossa amiga de sempre Madalena Tchicuendje.

“uma-a-uma, o desenvolvimento das noticias”

Mais de cem cidadãos do interior do Município do Virei, Província do Namibe migraram-se ilegalmente nos últimos dias para a República da Namíbia fugindo a Fome. Bernardo Mussonde, soba grande do Município do Virei em declarações prestadas a Voz da América na localidade da Bomba há 160 km do Namibe disse que o número pode ser superior á 108 pessoas.
“As pessoas com fome estão abandonar as suas zonas para República da Namíbia devido a fome, o número que recebi das comunidades locais é de 108 pode ser superior”, disse.

O ancião defende cozinha comunitária, para atender os membros das comunidades residentes em zonas distantes e de difícil acesso, referindo-se da distribuição da comida doada pela Presidência da Republica em mais de 92 mil toneladas de produtos diversos, Mussonde disse que “um quilograma de farinha de milho por cada família é uma gota de água no oceano”.
“Eu defendo que no Município do Virei devia se optar pelas cozinhas comunitárias para atender as comunidades que vivem em zonas longínquas do Município, o reassentamentos dos membros das comunidades afectadas pela seca e fome seria a melhor solução nesta região”, reagiu.

A detenção de Zecamutchima, Presidente do Movimento Protetorado Lunda Tchokwe a 9 de Fevereiro é ilegal e as autoridades da justiça angolana continuam a fazer vista grossa os requerimentos interpostos, o jurista Salvador Freire a margem da visita aos activistas do Cunene e do Namibe detidos disse que a luta vai continuar em torno da libertação de todos os presos politicos do caso Cafunfo na Lunda Norte.

“Nós continuamos a defender que Zecamutchima, continua ser injustamente preso porque ele não participou nesta manifestação do dia 30 de Janeiro em Cafunfo, mas está ser acusado de crimes que ele não cometeu, eu na qualidade de Advogado deste processo não me canso vou contnuar a defender os direitos destes cidadãos que se encontram presos, tanto no norte como no sul de Angola”, disse.

O presidente da Assembleia Geral da Associação Mãos Livres nas vestes de advogado, esclareceu por outro lado que tudo está sendo feito para que o referido processo seja transferido para a província da Lunda Norte origem do suposto crime que não existiu.

“O Zecamutchima, continua detido aqui em Luanda, interpomos um recurso para o Tribunal da Lunda Norte onde partiu o processo, mas até aqui ainda não respondeu o nosso requerimento, tudo estamos a fazer para que Zecamutchima e outros presos políticos das Lundas estejam em liberdade o mais rápido possível. Interpomos um habeas corpus junto do tribunal supremo, que continuamos a esperar”, manifestou.

Quanto aos activistas Tchilalo e Kamalanga nas províncias do Cunene e do Namibe, Salvador Freire disse que “tudo está a ser feito para a soltura dos mesmos porque nisto não vemos crime algum, eles estão presos por perseguição politica”.
“Não podemos aceitar que em Angola haja presos políticos (…), que o facto de alguém pensar diferente seja motivo de detenção, sobretudo estes jovens que manifestando ou que reclamando e defendendo os direitos dos cidadãos violados pela governação sejam crucificados. Eu na qualidade de Advogado garanto que tudo está sendo feito para sejam libertos na Província do Cunene “Tchilalo João Muhalo”, e no Namibe “Edson Kamalanga”, este ultimo carcerado na comarca do Namibe onde contraiu tuberculose”, salientou.

O elevado índice de criminalidade nos últimos dias nos bairros periféricos da cidade do Namibe tem suscitado vários debates. Os moradores do Bairro Platô dizem que os delinquentes acompanharam as mulheres peixeiras depois da destruição do seu mercado junto da marginal. No bairro Calumbilo também as comunidades não dormem, os delinquentes arrombaram as casas e o povo pede a intervenção da policia.

“Angelina Celeste, umas das visadas desde que o governo provincial do Namibe destruiu o mercado de peixe junto a marginal do Namibe, o nível de insegurança amentou no bairro Plato, na madrugada desta terça feira,11, os delinquentes arrombaram a porta da minha casa e levaram tudo que tinha, pratos, aparelhos de som, telefones, peixe seco á venda. Queremos que as peixeiras do mercado do peixe voltem no seu lugar onde vendiam antes, desta forma nós não conseguimos dormir por causas dos delinquentes que acompanharam as peixeiras do porto”. Lamentou
Quanto ao bairro Calumbiro, a situação não difere, recentemente, contam os moradores, a situação é preocupante e precisam do apoio das autoridades policias.

Em resposta o Delegado do Namibe do Ministério do Interior comissário Alberto Sebastião Mendes “Limão”, assegura ter conhecimento desta situação nos bairros periféricos da cidade do Namibe e garante estar a trabalhar com as autoridades tradicionais para pôr fim esta onda de assaltos ás residências.

 

“Namibe é uma das províncias seguras, aqui não há delinquência, há sim jovens indisciplinados que teremos que que conversar muito com eles para deixarem as praticas de bebedeiras e desavenças, esta a faltar o diálogo.
A fome no Município do Curoca, província do Cunene levou Municipes a manifestar-se mas foram impedidos por ordens superiores da Província do Cunene. Hermenegildo Hailenge disse que o caso agrava-se a cada dia que passa e várias pessoas para conseguir alimentar-se fingem ser doentes em hospitais para receberem uma refeição.

“No dia 1 de Maio queríamos alertar ao presidente da República João Lourenço, que a fome no interior do município do Curoca, na província do Cunene, é deplorável mas infelizmente por ordem superior da província fomos impedidos de manifestar, a situação da fome no Curoca, está agudizar-se cada vez mais, é preciso que executivo angolano olhem para esta população que está enfrentar muitas dificuldades no que tange alimentação, as crianças estão em situação gritante, os idosos, estão em situação gritante”, disse.

O professor Hermenegildo Halenge, que também é advogado sublinha que as crianças são as que mais sofrem apresentado sinais de desnutrição e anemia severa.

“As crianças nas zonas urbanas, as vezes vão as casas para carretar um balde de água e recebem um 50.00 kz, já nas zonas rurais, a situação é ainda mais preocupante algumas crianças foram a Namíbia com os seus progenitores fugindo a fome”, esclareceu.

 

O Advogado Francisco Candjamba, reiterou no Mwangolé às quartas-feiras que os activistas Tchilalo João Muhala, na Província do Cunene, detido em Peu-peu á 18 de Janeiro do ano em curso e o activista Edson Kamalanga detido no dia 22 de Outubro de 2020, encontrando-se na comarca do Namibe onde contraiu tuberculose, ambos são presos políticos.
“É muito triste que hoje numa nova Angola, continuamos a ver pessoas com esta denominação de presos políticos. As detenções devem ter crisma legal, não é pelo facto dos activistas reclamarem e denunciar actos contra os direitos dos cidadãos, os activistas devem ser detidos por causa disto, não podemos aceitar isto, pensamos nós que quem assim o fez contra os activistas tanto do Cunene, Tchilalo João Muhalo e Edson Kamalanga, no Namibe devem estar em liberdade já”, disse.

“Entendemos nós que o que há é perseguição politica por parte dos governantes locais, o caso de Edson Kamalanga, continuamos a defender que há uma mão pesada dos governantes do Namibe”, sublinhou Kandjamba durante o debate “Mwangolé Fala Verdade” sob o tema: “porquê as decisões do tribunal do Namibe não são respeitadas”. Concluindo, o jurista aponta o dedo a PGR como sendo uma das instituições da administração da justiça que ainda depende do executivo angolano.

“A PGR representa o Executivo angolano em tribunais. Quem nomeia o procurador, aquém deve obediência, logo não podemos esperar muita coisa desta instituição que devia ser imparcial, neutra, apartidária e fiscalizadora da lei sem pressão politica, o que infelizmente não acontece em ANGOLA”.

Muito obrigada a todos a verdade doí mas liberta, eu sou a Madalena Tchicuendje, estamos juntos.

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