NFV FORA D` HORAS

Noticiário na rádio “NFV” 21-06-2021

1-Subida do preço do Pão e o baixo custo da Cerveja gera controverso no seio da sociedade no Namibe.

2-Sociólogo Manuel Candolo, exige maior fiscalização nos programas de governação no País.

3-Comunidades de Cafunfo na Lunda Norte dizem estar revoltadas com a permanência prolongada nas cadeias dos membros do Movimento Protetorado Lunda Tchokwe.

4-Sociedade civil no Namibe criticam os métodos utilizados para seleção dos jovens que beneficiaram de kits de trabalho no âmbito do programa de promoção de Empregabilidade denominado “PAPE”.

Nós somos à rádio “NFV” edição de segunda-feira, 21 de Junho de 2021, coordenação e produção de Armando Chicoca, edição e técnica de Fonseca Tchingui e apresentação de Madalena Tchincuendje.

Uma uma ao desenvolvimento das notícias.

A Subida do preço do Pão e o baixo custo da cerveja no Namibe está gerar controverso no seio da sociedade local, o preço do pão sofreu alteração nos últimos dias de 40 para 55 kwanzas ao passo que a Cerveja baixou de 200 para 150 kwanzas. o desenvolvimento desta notícia com o jornalista Domingo Marcelino.

“O pão subiu de 40 para 55 kwanzas, ao passo que a Cerveja que anteriormente era vendido à 200 e atualmente está ser comercializado entre 125 à 150 kwanzas no Namibe. à rádio “NFV” ouviu alguns cidadãos e criticam está medida adotada pelas autoridades.

“o que deveria descer primeiro seria a comida, seria o pão, porque o pão é a primeira necessidade de cada um de nós, não é normal porque só com 45 eu poderia comprar o pão e para chegar tinha que ser de 1500 kwanzas, preferem baixar o veneno e fazer subir a comida”.

Avelino Calembela, disse “eu acho que essa medida não é uma medida mais viável, uma vez que nós sabemos que o pão é um produto mais precioso, quase uma boa parte da percentagem da família angolana depende do pão e eu acho que o pão deveria ser o produto mais barato. Se o governo adotou essa medida de baixar a bebida e o pão subir, eu acho que essa medida é macabra, quando o governo vem aqui faz o contrario eu não sei qual o objectivo, é de matar o povo no mínimo”.

O académico e filósofo Fernando Cassinda, disse ser preocupante está situação e o governo deve olhar para esta questão com os olhos de ver.

” é uma situação preocupante, a sociedade anda frustrada e com politicas do género cada vez mais estamos a patrocinar tanto o nível de frustração da própria juventude. Sabemos que o pão cada dia que passa tem sofrido portanto, alteração e ainda mais vamos assistir o patrocínio aos olhos de todo mundo o consumo de bebidas alcoólicas. Não se intende, apesar de que aparece no entanto vozes a defender que no meio dessa alteração está a questão dos impostos, são um pouco mais elevados e também a questão da escassez de produção de farinha, o que o nosso governo deveria ter feito é olhar para essa situação com olhos de ver, passa aqui a informação ou a imagem a sociedade de que estamos a ser governados por cegos, a grande preocupação que a sociedade nessa altura tem é mesmo de comida em casa, olhar para a questão do estômago, e eu fiquei triste ver que enquanto o pão subia a juventude estava nas ruas a festejar porque a bebida desceu”.

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas constitui uma ameaça a saúde Pública disse o Académico, durante análise dos factos que marcaram a semana finda no Espaço “NFV” em sete dias.
“o excesso de consumo de bebidas alcoólicas começa se tornar uma questão da saúde publica, feri aquilo que é a esfera da própria sociedade, é a juventude que fica desnorteada, é a sociedade que fica totalmente perdida e é o pão que cada vez mais começa fugir naquilo que é a refeição do cidadão”.

Florindo Cinco Reis, outro analista, também manifestou o seu descontentamento e afirma que o povo está morrer de fome. “espantamo-nos somente de que baixa-se o preço da cerveja e sobe o preço do pão. É uma situação bastante difícil que nós estamos a nos deparar nos dias de hoje, o povo está a passar fome, querem mais nos dar de beber e querem nos dar pouca comida e isso torna-se bastante difícil para a sociedade”.

Por sua vez a diretora do gabinete provincial do desenvolvimento económico do governo do Namibe Dulce Muquevela, disse que a subida do preço do Pão deve-se o custo elevado da Farinha de trigo no mercado local”.

“nós temos aqui dois fatores que estão na base da alteração do preço do pão, o primeiro fator é o IVA, o outro factor é a oscilação do preço da farinha, relativamente ao IVA até 31 de Dezembro de 2020 os produtos da cesta básica estariam isentos mas já não estão isentos, por exemplo a farinha é tributada em sede do IVA numa taxa de 5%”.
Muito Obrigado Domingo Marcelino.

O Sociólogo Manuel Candolo, exigiu maior fiscalização nos programas de governação no País. O sociólogo fez tais declarações durante o debate Mwangolé Fala Verdade edição de sábado 19 de Junho de 2021.

“É necessário que se faça uma boa fiscalização, nem que for a nível mensal ou trimestral para saber de facto quem está a trabalhar ou quem está a brincar com o povo. O quê que acontece vivendo dependendo de Deus onde o próprio Deus não aparece nem no espaço e nem no tempo? são essas situações, como é que é essa fiscalização, uma vez que não aparece nem no espaço nem no tempo, fiscalização a nível formal, mas material não se faz sentir. É complicado, isso devia ser na inteira responsabilidade dos governantes a nível local e um processo de uma boa fiscalização evita que essas situações aconteçam mas me da entender que a nível formal temos uma fiscalização, mas infelizmente é lamentável dizer que a nível material não se faz sentir essa fiscalização”.

Quanto ao celebre caso Lussati, o sociólogo disse que é preciso que se responsabilize os eventuais implicados neste processo os angolanos precisam deste dinheiro.

“Lussatização vai envolver todos aqueles que estavam em incluídos com o Lussati, ou seja, vai envolver todos aqueles comparsas, encobridores, cúmplices que estavam envolvidos nessas situação de lapidar de forma anárquica e exuberante o erário publico. Se ejetassem bem esse dinheiro, no sistema financeiro e económico de Angola, creio eu que não devíamos viver esses problemas que estamos a viver, esse dinheiro nos pertence, não pode ser só de uma corrente lusatánica, deve ser de todos angolanos, de Cabinda ao Cunene”.

As Comunidades de Cafunfo na província da Lunda Norte manifestam-se revoltadas com a permanência prolongada nas cadeias dos membros do Movimento Proctetorado Lunda Tchokwe detidos naquela Província. Fiel Buaco, secretário Geral daquela organização que luta pela autonomia das Lundas disse que o sentimento das comunidades naquela região é de revolta.

“enquanto que a sociedade civil, as forças politicas, as entidades eclesiásticas, o povo em geral dão nota negativa a entidade do governo do MPLA sobre o acto que ocorreu no dia 30 de Janeiro, porque na democracia o tribunal mais valido é o próprio povo que nos investiga bem”
Tchibitchika Tchimobi, activista cívico naquela região manifestou o seu descontentamento.

“Nós queremos justiça dos nossos membros que estão na cadeia, no Dundo temos 16 elementos, 10 que estão na cadeia e 6 que estão no hospital, e o que completa 17 é o José Mateus que está em Luanda, alguns estavam a lhes deixar mesmo assim de vagar de vagar, não queremos mais nada, porquê o governo está calado”.
Os membros da sociedade civil no Namibe criticaram os métodos utilizados para seleção dos jovens que beneficiaram dos kits de trabalho no âmbito do programa de promoção de Empregabilidade denominado “PAPE”. O desenvolvimento desta notícia com o jornalista Fonseca Tchingui.

Na semana finda o Governador do Namibe procedeu o acto de entrega de kits de trabalho à 40 jovens que terminaram mais um ciclo formativo no Município do Tômbwa, no âmbito do programa de promoção de empregabilidade.

“Dai que temos a oportunidade em sede de execução do PAPE contemplar os finalistas do ciclo formativo transato, com quites profissionais de diferentes especialidades para que possam dar os primeiros passos, gerar empregos e empreendedorismo, e assim melhorar a condição social dos mesmos e das respetivas famílias”.

Para os comentadores do programa NFV em sete dias realizado na manhã desta segunda-feira, 21 de Junho dizem que os métodos usados neste processo de seleção dos jovens não foi transparente e afirmam mesmo que isto mutila os programas do governo. Florindo Cinco Reis e Fernando Cassinda.

“quando se estiver a fazer a distribuição destes maios, que se olha-se somente pela meritocracia e pela idoniedade dos jovens, despindo de qualquer preconceito, só isso, porque o governo também não vai chegar aí e distribuir quites a todos. É necessário que a gente veja do ponto de vista quem é este jovem, qual é a experiencia que ele tem e qual é o meio que este recebi, porque eu não posso ser experiente em mecânica e receber um quite de pesca, não posso, a muito que tenho falado disso, é necessário que o governo financie o alto emprego, porque está mais que provado que governo nenhum em toda parte do mundo consegue empregar todos, temos que financiar o auto emprego, criando centros de formação profissional, até porque muitos desses jovens que veem receber quite do ponto de vista prático não têm nada, não passaram por uma escola de formação profissional. Antes de darmos quite, é necessário que a gente forme”.

Fernando Cassinda “quando nós estamos a criar projetos para os jovens devemos simplesmente olhar o individuo enquanto jovem, despido de todo tipo de organização, estamos a falar de órgãos de organização politica, precisamos aqui de separar as aguas, queremos é beneficiar jovens, vamos beneficiar aqueles jovens que têm talento, aqueles que realmente estão comprometidos com aquilo que é a contribuição para o desenvolvimento do Município, jovens com competência, não é escolher jovens porque tem lá um mano Cinco Reis que pode lhe ajudar, é um jovem simplesmente jovem, agora, quando nós queremos juntar aqui outras situações, então acabamos por estragar, desvincular, desviar aquilo que é o verdadeiro objectivo dos projetos, agora quando o administrador faz seleção desses jovens, devemos sempre ter essa leitura que são jovens que vão motivar, também vão incentivar, abrir pequenas organizações para realmente empregar outros jovens que também têm o mesmo talento, agora, quando os outros jovens entendem que realmente os critérios não são claros, isso desvincula, ou seja, tira a credibilidade destes projetos”.

A situação do lixo nos bairros periféricos da cidade do Namibe constitui uma ameaça a saúde pública, segundo disse na manhã desta segunda-feira, Fernando Cassinda.

“A Administração municipal de Moçâmedes, no sentido de revermos a questão de lixo, do amontoado de lixo que está lá parece um museu, estamos a falar concretamente do bairro Valódia II, nas mediações do armazém do senhor Augusto e aí adjacente a igreja IECA, portanto, é preciso que o administrador vá lá, faça uma visita para realmente ver o quê que as pessoas estão a passar, não é muito bom. a rua interdita devido a questão do lixo, as crianças a brincarem lá, por cima do lixo, quer dizer, é uma criança com mascara mais por cima do lixo”.

Para a diretora do Gabinete provincial do Estudo e Planeamento Estatística do governo do Namibe, Paula Cristina Conteira Inácio, garantiu entretanto que está situação do lixo na cidade do Namibe tem dias contados.

“o lixo era tratado a céu aberto que é um verdadeiro atentado a saúde publica, fruto disso surgi os projetos da construção de aterro sanitário que são lugares próprios onde o lixo deve ser tratado condignamente, evitando assim o desperdício. O lixo era depositado ali na entrada da cidade, um lixo não tratado devidamente com os ventos já acabava voando, indo para estrada e mesmo as pessoas que trabalham com o lixo iam sempre para lá mexer no lixo, sem saber os perigos que punham as suas próprias vidas”.

Por último o Ministério do Interior realiza nesta terça-feira, 22 de Junho no anfiteatro do governo do Namibe acto das comemorações dos 42 anos da a sua fundação, sob lema “Unidos por uma Angola Segura e Tranquila, comemoremos quadragésimo segundo aniversário do Ministério do Interior, que vai ser  orientada pela Vice-Governadora para o sector técnico e infraestrutura Ema Guimarães. de acordo com o documento que a rádio NFV teve acesso.
O Acto das comemorações do MININT reserva ainda, a deposição de uma coroa de flores em homenagem aos efetivos do Ministério do Interior falecidos em nome da pátria, bem como a entrega de Diplomas aos efetivos destacados e reformados.

Assim terminamos o espaço noticioso desta segunda-feira, 21 de Junho de 2021, a verdade dói mas liberta, estamos juntos.