Noticiário na rádio “NFV” 22-06-2021
1- Policiamento de proximidade baixa o índice de criminalidade no Namibe afirma Delegado do Ministério do Interior Comissário Alberto Sebastião Mendes “Limão”.
2-Amontoados de lixo nos bairros periféricos da cidade do Namibe constitui ameaça a saúde pública e a sociedade cível apela a intervenção imediata das autoridades locais.
3-Governo do Namibe reafirma levar as barras do Tribunal os 11 empreiteiros incumpridores nas obras Públicas sociais.
4-Academicos no Namibe advertem ao Ministério da Saúde para prestar maior atenção as doenças mortíferas no País.
Nós somos a Rádio NFV edição de terça feira 22 de junho de 2021, coordenação e produção de Armando Chicoca, edição e técnica de Fonseca Tchingui e Apresentação de Madalena Tchicuendje.
Uma a uma ao desenvolvimento das noticias.
Há 22 de junho comemora-se o quadragésimo segundo aniversário do Ministério do Interior, em alusão a esta data foi realizado na manhã desta terça-feira diversas atividades.O jornalista Augusto Cativa desenvolve esta noticia.
“o Ministério do Interior comemora hoje o 42 aniversario desde a sua existência, por cá o acto provincial aconteceu no anfiteatro do governo provincial nesta terça-feira, e foi presidida pela vice-governadora para o sector técnico e infraestrutura, Ema Guimarães, que reconheceu o esforço dos destintos órgãos executivo do ministério do interior.
Ema Guimarães: “impõem do ministério do interior a criação de estratégias cada vez mais capazes de responder a grandes desafios que se nos apresentam, e que exigem cada vez mais capacidade e prontidão para responder com afinco as mais variadas solicitações em prol da ordem e da segurança interna e na salvaguarda da nossa soberania. Estamos conscientes que a missão dos destintos órgãos executivos do ministério do interior não tem sido fácil, por isso encorajamos-vos a manterem-se firmes e fortes na vossa ação”.
A governante, enalteceu o empenho da delegação do ministério do interior no Namibe, no cumprimento das medidas de prevenção e combate a Covid-19.
“Na nossa província do Namibe em particular, a segurança publica continua ser de relativa estabilidade, toda via não devemos baixar a guarda, no sentido de levar o sentimento de segurança e o sentimento de proteção contra as ameaças de qualquer natureza das nossas populações. Queremos aqui enaltecer o empenho da delegação provincial do ministério do interior no Namibe, no cumprimento do plano operacional e reforço das medidas de prevenção e combate a Covid-19”.
Alberto Sebastião Mendes “Limão”, Delegado do Interior no Namibe
O Delegado do Ministério do Interior no Namibe, Alberto Sebastião Mendes, diz que os desafios da delegação são inúmeros, e o foco central está na garantia da segurança publica: “em função da dinâmica que a nossa província vai tomar, os desafios da delegação do ministério do interior do Namibe são inúmeros, de tal maneira que o foco central está na garantia da segurança publica e da conquista da confiança da população, através de ações concretas, e de aproximação com os mesmos. Tudo isso no âmbito das destintas especialidades que compõem o nosso ministério”.
Ainda o delegado do ministério do interior no Namibe, Alberto Sebastião Mendes, fez saber que houve um balanço positivo no domínio da segurança publica, a situação foi caracterizada pela diminuição dos crimes na ordem dos 10%: “ao assumir estes desafios, permitiu-nos no ano transato fazer um balanço positivo, não obstante, onde geralmente das cifras criminais que se prescreveu-se o seguinte, no domínio da segurança publica face ao contexto que o país vive por causa da pandemia da Covid-19, a sessão foi caracterizada pela diminuição dos crimes por 10%, de tal forma que os crimes considerados violentos reduziram na ordem de 3%, comparativamente ao período anterior”.
E no domínio da sinistralidade rodoviária: “no domínio da sinistralidade rodoviária constatou-se uma igualdade de acidentes de viação na ordem de 7%, comparativamente ao período anterior, destacando-se os acidentes envolvendo motociclos, junta-se, inobservância das normas dos códigos de estrada e o não uso de capacete”.
No domínio de extinção de incêndios e migração estrangeiros, os números são: “no domínio de extinção de incêndios registou um total de 99 casos, no domínio de migração e migratório registou um total de 3 casos que permanecem ilegal de cidadãos estrangeiros de diversas nacionalidades, já no domínio penitenciário, a delegação controla uma população penal de 1578 reclusos, dos quais 319 estão em prisão preventiva e 1065 condenados: “no domínio penitenciário, está delegação controla uma população penal de 1578 reclusos, sendo 1012 no estabelecimento penitenciário do Bentiaba, 506 no estabelecimento de Moçâmedes e 66 no centro de produção do Munhino, dos quais 319 estão em prisão preventiva e 1065 condenados”.
Os amontoados de lixo nos vários bairros periféricos da cidade do Namibe constituem ameaça a saúde pública e a sociedade civil apela a remoção imediata tal como diz Fernando Cassinda.
“a administração municipal de Moçâmedes, no sentido de nós vermos aqui a questão do lixo, do amontoado de lixo que está lá parece um museu, aqui arrolado do Valódia II, nas mediações do armazém do senhor Augusto e aí adjacente a igreja IECA, portanto, é preciso que o administrador vá lá, faça uma visita para realmente ver o quê que as pessoas estão a passar, não é muito bom”.
Já Florindo Cinco Reis, manifestou-se igualmente preocupado com a situação do lixo nos arredores da cidade do Namibe.
“a semana passada passei pelas ruas do 4 de Março e vi senhoras e crianças a correrem atrás do camião de lixo, e aquilo é bastante preocupante. Os miúdos que vivem nos arredores do bairro 4 de Março é aí onde passam o dia, ainda mais agora que as crianças estão de férias a situação torna-se ainda mais complicada, para alem dos riscos de vida que eles correm de atravessar a estrada que liga Namibe e Lubango que é para poder chegar aos montes de lixo, temos essa situação da doença, elas brincam no lixo e depois vão para casa e nós sabemos como está a situação da água que é mesmo complicado naquelas zonas, é bastante complicado”.
Mas, entretanto, a Diretora do Gabinete Provincial de Estudo e Planeamento Estatística do Governo do Namibe, garantiu a construção de Aterro Sanitário para a gestão do lixo.
As autoridades do Namibe reafirmam levar as barras do tribunal os 11 empreiteiros incumpridores das obras sociais em curso na Província. Acompanhe a reportagem da Voz da América com apresentação do jornalista Armando Chicoca.
“Depois de várias advertências não acatadas, 11 empreiteiros de várias obras sociais do governo do Namibe, com algumas empreitadas pagas na totalidade mas não executadas e outras parcialmente, contidas nos projectos de 2016, 2017 e 2018,respectivamente, com alguns residentes no Namibe e outros fora província, foram constituídos arguidos por burla, defraudação e abuso de confiança.
Obras inacabada do centro Médico no Tchicolongiro
Paula Cristina Inácio Contreiras, Diretora do “GEPE”, Gabinete de Estudo e Planeamento e Estatística do Governo Provincial do Namibe que revelou a informação á Voz de América nesta segunda-feira, 21, disse que os processos em fórum judicial enquadram-se num apoio institucional para se repor a legalidade.
“Existe sim projectos de muitos incumprimentos contratuais e que nós governo da Provincial do Namibe já pedimos o apoio á justiça, pedido de socorro para repor a legalidade”, esclareceu.
“Tem um contrato com o governo deve cumprir porque o governo trabalha para a população, fizeste um contracto para a construção de qualquer infraestrutura, o que nós pretendemos é terminar o projecto para entregarmos á população onde todos nós acabamos por ser os beneficiários”, frisou reafirmando o apelo ao bom censo e aos incumpridores a via judicial.
A reação da sociedade civil não se fez esperar, Manuel Candolo jurista e Sociólogo no Namibe, a margem do debate sobre a implicação dos desvios do erário público “lussatização” em Angola na vida dos cidadãos disse que a PGR e o SIC devem priorizar a instrução destes processos de empreiteiros “fantoches” porque têm interesse público e os implicados sejam severamente punidos e restituam o dinheiro desviado.
“Que sejam penalizados estes cidadãos que desviaram o erário público. São empreiteiros fantoches! O nosso ordenamento jurídico proíbe a falsificação, simularam aí dizendo que são empreiteiros de renome e o governo apostou, afinal de contas era uma manobra dilatória para desviar os valores”, reagiu
“ A pelo aos tribunais, a PGR e ao SIC que vejam estes processos com olhos clínicos, com olhos de ver. E aqueles processos menos importantes como os do furto, assalto (…) que fiquem ainda para trás, aqui há um interesse público, interesse da coletividade, que se acelere estes processos no sentido de responsabilizar estes cidadãos para dar continuidade os respetivos projectos do governo local”, concluiu
Mas na Província do Namibe também há projectos de âmbito nacional, questionados pela população, sobretudo, os de construção e reabilitação de estadas nacionais todos já pagos mas paralisados sem qualquer esclarecimento. Em Junho de 2020, segundo os documentos que tivemos acesso, quando se retomou a execução das obras da estrada Lucira-Benguela que visa encurtar a distancia de quase 300 km (passando por Huila) para atingir Benguela, o governo angolano e o empreiteiro acordaram um valor de 37 milhões de kwanzas, e as obras mantem-se paralisadas. Outras obras viárias paralisadas são: Bibala-Lola, Bibala-Camucuio, Namibe-Virei e Namibe-Baia das Pipas, mas todas já pagas com o orçamento de 2019.
Fernando Cassinda, Comentador “NFV”
Os académicos no Namibe advertiram que o Ministério da Saúde deve prestar maior atenção as doenças mortíferas no País sobre tudo a Dengue e Malária que recentemente a Ministra da Saúde Sílvia Lutucuta anunciou que a Província do Namibe registou nos últimos meses mais de cinco mil casos de morte.
O Governo não deve preocupar-se apenas com a Covid-19. Esta afirmação foi defendida durante o debate no espaço NFV em 7 dias realizado nesta segunda feira 21 de Junho de 2021 que contou com a presença dos analistas residentes, Fernando Cassinda e Florindo Cinco Reis.
Fernando Cassinda: “a preocupação cá em Angola é mais com a questão da Covid-19, mas é bem verdade que os números que nós temos sobre questão do índice de mortalidade por esta doença não supera a cifra de morte que nós estamos a assistir, causada pela Dengue, e que realmente é agora que a ministra saiu a convocar a razão de que afinal de conta temos outro problema, quer dizer, então não se percebe, e as pessoas quando estão alertar sobre esses factos e nós também aqui no Namibe vimos no hospital Ngola Kimbanda, a enchente que lá está não é a questão da Covid-19 mais ninguém saiu ao publico dizer realmente qual é o real problema, agora que a ministra vem confirmar realmente os casos é que as pessoas estão a querer dizer que afinal nós não estamos a nos preocupar com a malaria, estamos a nos preocupar com outras situações. Vejamos, se nós observarmos e se nós queremos ver a realidade basta nós vermos os sinais que são claros, os hospitais, as enchentes, hoje até as pessoas não querem dizer nada sobre os tais indicadores, as questões das febres, dor de cabeça. As pessoas não querem dizer nada sobre isto, mas a verdade é que se diga, o índice de mortalidade pela malaria está
Florindo Cinco Reis, Comentador “NFV”
a cada vez mais a aumentar e a Covid-19 que todos estão a olhar com olhos não sei de quê, começa cada vez mais mostrando sinais de redução, é preciso nós prestarmos atenção também para a questão do próprio saneamento básico, aqui no Namibe nós vemos alguma verdade de que o lixo, aguas paradas e companhias que ninguém fala nada. É preciso nós começarmos a ser sérios, ter a capacidade de comunicação, o que nos falta também nos nossos governantes as vezes é a capacidade de comunicação”.
Do mesmo modo, Florindo Cinco Reis: “eu comungo da mesma ideia, dizendo que este numero que a ministra da saúde, Sílvia Lutucuta veio ao publico dizer que são cinco mil, ou seja, são casos que o ministério da saúde tomou conhecimento, são casos intra-hospitalares, mortes que aconteceram dentro do hospital, temos aquelas mortes que acontecem em casa em que o hospital não regista, do ponto de vista real o caso é de cinco mil e nós vimos o investimento que se fez pela Covid-19, e a tanto tempo que se diz que a malaria ou paludismo é a primeira causa de morte em Angola, nunca vimos um investimento tao galopante conforme se fez ao Covid19, disse bem o colega Fernando Cassinda, que o numero de mortes que Covid-19 causou em um ano não supera o numero de mortes que o paludismo causou em seis meses, estamos a falar de cinco mil mortes, é muito, e a Covid-19 em Angola não passou das mil mortes, mas se nós fazermos uma estatística que em seis meses temos cinco mil mortes, em um ano teremos quantas mortes? dez mil ou mais.
Assim terminamos o espaço informativo na Rádio NFV desta terça-feira 22 de Junho de 2021, a verdade doí mas liberta, estamos juntos.