RÁDIO NFV NOTICIÁRIO DE QUARTA-FEIRA 21-07-2021
1-Comunidades de Cafunfo na Norte Lunda Norte pedem intervenção da comunidade internacional quanto aos detidos do massacre do dia 30 de Janeiro.
2-Jovens Académicos no Namibe criticam as penas suspensas decretadas pelos Tribunais de comarca locais aos gestores públicos envolvidos em crimes de peculato e branqueamento de capitais.
3-Mais de mil seiscentas famílias estão afectadas pela praga de gafanhotos no Namibe.
4-Pais encarregados de educação denunciam cobranças ilegais nas reconfirmações emissão de certificados nas escolas públicas no Namibe.
Nós somos à rádio NFV edição de quarta-feira 21 de Julho de 2021, coordenação e produção de Armando Chicoca, edição e técnica de Fonseca Tchingui, apresentação de Madalena Tchicuendje.
Uma uma ao desenvolvimento das notícias.
As Comunidades de Cafunfo na Província da Lunda Norte pedem a intervenção da Comunidade imediata quanto aos detidos em consequência do massacre de Cafunfo no dia 30 de Janeiro do ano em curso. A informação foi prestada nesta quarta-feira 21 de Julho pelo António Kapaia, membro do Movimento Proctetorado Lunda Tchokwe, que disse no entanto que a situação que se vive naquela região é revoltante.
“O movimento do protetorado Lunda chócue tem algumas perguntas a dispor a comunidade internacional do mundo. O movimento protetorado Lunda Chócue está a solicitar a comunidade internacional, porque tem alguns povos da Lunda Chócue que quando reclamam contra o MPLA são assassinados e encadeados, será que aquelas populações são pessoas diferentes do ser humano? Os ricos do mundo não podem ser julgados nem sancionados? O MPLA está fora disto? Este processo da Lunda Chócue está 15 anos, resposta do MPLA é matar, meter as pessoas nas cadeias, corromper os dirigentes, de Janeiro até a data presente os nossos representantes estão a 6 meses nas cadeias de Luanda, onde vive o Presidente do MPLA e de Angola, João Lourenço. Estão lá sem julgamento, outros nas cadeias da Lunda Norte, será que isto não viola os direitos humano das pessoas? O MPLA em Angola começou a matar o povo”, disse.
Os Jovens Académicos na província do Namibe criticam as penas suspensas decretadas pelos Tribunais de comarca locais aos gestores públicos envolvidos em crimes de peculato e branqueamento de capitais. Acompanhe a reportagem da voz da América com apresentação do jornalista Armando Chicoca.
Jovens acadêmicos no Namibe criticam as penas suspensas decretado pelos Tribunais de comarcas locais aos gestores públicos envolvidos em crimes de peculato, corrupção e branqueamento de capitais.
Manuel Candolo, sociólogo e Jurista reagindo as penas suspensas por cinco anos aos 10 arguidos que desviaram mais de cinquenta e dois milhões de kwanzas da caixa social das FAA e a outros responsáveis envolvidos nos mesmos crimes, disse que isso não o pais corrigir o que está mal.
Manuel Candolo, sociólogo e Jurista
“as penas veem mesmo para desencorajar esses tipos de atos, houve tentativas de prejudicar as pensões dos ex militares, já imaginou o quanto tempo eles passaram com essas dificuldades, porque tirar não é meter. Então você vai tirar 52 milhões de kwanzas e depois é apanhado e é suspendido da pena, é complicado, na minha opinião deveria se aplicar uma pena de maneira que esses indivíduos ou os demais também não veem a cometer mais esse crime, porque o crime foi consumado o crime de peculato esta plasmado no nosso ordenamento jurídico, a pena vai de 2 a 8 anos de cadeia”
O acadêmico diz acreditar que o Antigo Administrador do Município Camucuio Caita Cavaco, que está ser julgado e sentença prevista para o próximo dia 23 de Julho, pelo mesmo Tribunal genérico da Bibala venha a aplicar novamente pena suspensa, fazendo hábito dos tribunais locais.
Daniel Tchimbwa, Filósofo da Educação
“e hoje por hoje está ser uma grande luta o combate a corrupção, mas de lá para cá ainda não vi alguém que foi apanhado e depois ficou preso, de facto não estão a cumprir pena pacavira nenhuma, então é necessário rever muito bem a aplicação da pena nos crimes de peculato, crime de desvio de de erário público”
Daniel Tchimbwa, outro Acadêmico é opinião que os tribunais deviam aplicar as penas efetivas para desencorajar práticas de peculato e corrupção em Angola e no Namibe em particular.
“o Tribunal tem sido insipido nesses últimos dias com decisões muito fragilizadas, como é que um individuo que vai roubar galinha é preso de imediato e quem desvia o sonho de muitos cidadãos devolve e fica assim, que tipo de justiça é essa, numa democracia um país para ser respeitado tem que ter uma justiça muito forte, um órgão que espelha confiança aos cidadãos. O PR tem que ver bem essa sua equipa, sobre tudo os fazedores de justiça, alguma coisa não está a andar bem, houve uma promessa que se devia combater a corrupção, ora muito bem, eles transformaram num episodio muito gravíssimo, se é lei deve ser para todos”.
Mais de mil seiscentas famílias estão afetados pela praga de gafanhotos no Namibe no total de setecentos compôs agrícolas e zonas de pastos foram igualmente destruídos pela praga na província. A informação foi prestada pelo director provincial da Agricultura no Namibe Zonza Puissa, nesta terça-feira, 20 de Julho.
“podemos considerar o ponto de situação razoável, mas ainda assim temos algumas áreas criticas, nomeadamente o Município do Virei, o Município de Moçâmedes também e nos demais Municípios temos alguns focos ligeiros não na mesma intensidade que tínhamos no principio da infestação, pois tivemos que mobilizar na época alguns meios tanto aéreo e não só, para o combate da mesma porque a ameaça era muito grande, nós observávamos focos muitos grandes, nuvens enormes de gafanhotos adultos já e muitas delas fomos vivenciando a nível da televisão pública como a nível das redes sociais também. Neste preciso momento nós temos o Município de Moçâmedes com aproximadamente 127 hectares afetados, mas esses hectares não são somente as zonas agrícolas, as zonas de pastos também e as zonas rochosas que possuem algum capim porque esses gafanhotos também se alimentam deles, com relação ao Município do Tômbwa temos ainda 32 hectares afetados aproximadamente, na localidade do Mbuo, na localidade do Iona e mais outras duas localidades.
No Município da Bibala temos 16 hectares afetados também, no Município do Virei que até ao presente momento ainda é o Município com mais hectares afetados pois essa praga teve maior incidência naquele Município, temos 542 hectares afetados, 90% dos hectares afetados são zonas de pastos e no Município do Camucuio temos 10 hectares aproximadamente afetados também. Continuamos a trabalhar com as equipes que estão no terreno a fazer esforço no combate a mesma praga no sentido de podermos azerar, para alem dos esforços que nós efetuamos a nível da província toda, estamos a contar também com aliado que é o clima, pois nós notamos que esta praga ou gafanhoto tem pouca incidência em termos de produção no tempo de frio e isto também tem contribuído para alem das acções que estão a ser efetuadas, tem contribuído para a redução da mesma praga”, disse.
“No compoto geral, quais são os danos avaliados?”
O diretor da agricultura no Namibe, Zonze Puissa respondeu: “temos aproximadamente 728 hectares ate o presente momento na segunda época com um total de 1619 famílias aproximadamente afetadas de forma direta ou indireta, de forma direta são as lavras afetadas e de forma indireta são praticamente o pasto, o seu gado e mais algumas culturas que são tradicionalmente utlizados pelas populações nessas zonas e rotas de transumâncias”.
“Quanto as famílias assoladas, que apoio têm sido feitos para acudir essa situação?”
Zonze Puissa: “quanto as famílias assoladas têm recebido alguns apoios desde bens alimentícios e alguns meios de subsistência tanto do combate a fome e a pobreza e também nesses apoios que em termos alimentícios têm vindo do gabinete da casa civil da presidência da republica”, disse.
Os Pais encarregados de educação denunciam cobranças ilegais nas reconfirmações e emissão de certificados nas escolas públicas no Namibe. O jornalista Augusto Cativa desenvolve está noticia.
Pais e encarregado de Educação denunciam cobranças ilegais no acto das reconfirmações de matriculas e na emissão de certificados. O NFV, deslocou-se até ao Complexo Escolar Emília de Almeida para constatar tais denúncias por partes dos encarregados.
“O processo de reconfirmação das matriculas está a correr normalmente, só que nós estamos a notar algumas coisas que eu nem sei se é certo ou errado, eles estão a fazer a cobrança de 1500 a mão, estão a dar uma fixa para nós fazermos o deposito de 300 kwanzas e depois levarmos 200 kwanzas aqui na instituição, eu não sei se isso é certo. Não tentamos ainda questionar o porquê desses valores em mão porque até ao momento eles alegam que é para fazer uma contribuição da comissão dos pais que nós já viemos a fazer desde muito tempo, disse.
“estou com alguns problemas aqui na escola e eu sai de Cabinda para cá estudar, trouxe certificado que me permitiram estudar, fiz a 7, 8 e 9 classe, para poder ir na 10 no recebimento de certificado estão a me dizer para poder ir tratar outro certificado da 6, e para mim vai difícil porque não tenho esse dinheiro para voltar em Cabinda e regressar. Eu disse ao subdiretor para poder me ajudar e eles estão a dizer que o certificado que entreguei a escola já não está a aparecer, isso está me preocupar bastante, posso perder esse ano letivo”, lamentou.
“Vim emitir um certificado, já dei entrada do processo, dei o numero de contribuinte que é para darem uma fixa para depositar no banco”, disse.
Na tentativa de buscar ao contraditório ouvimos o Director do referido complexo Florindo Alberto ,este por sua vez disse não estar autorizado a falar para o NFV, mas em entrevista não gravada garantiu que a instituição que dirige não está a cobrar nada no acto das reconfirmações das matriculas ,salvo a 7ª classe, tal como estipulado no decreto executivo conjunto Nº1,21 de 18 Fevereiro, já quanto as cobranças no valor de 1.500kz é da inteira responsabilidades da comissão de pais e foi consensual entre os seus membros.
Assim terminamos o espaço noticioso desta quarta-feira-21 de Julho de 2021, a verdade dói mas liberta estamos juntos.