RÁDIO NFV FORA D` HORAS

05.08.2021

RÁDIO NFV NOTICIÁRIO DE QUINTA-FEIRA 5-08-2021

1-Advogado Mário Joaquim, diz que a justiça Angolana anda em maus lençóis.

2-Cidade do Namibe comemorou 172 anos de existência nesta quarta-feira 4 de Agosto e o Bispo da Diocese do Namibe apela o envolvimento da Comunidade para reconstrução da cidade.

3-Depautado Sampaio solidariza-se com os magistrados do Ministério Público no Namibe.

Nós somos à rádio NFV edição de quinta-feira, 5 de Agosto de 2021, coordenação e produção de Armando Chicoca, edição e técnica de Fonseca Tchingui, apresentação de Madalena Tchicuendje.

Uma a uma ao desenvolvimento das notícias.

O Advogado Mário Joaquim, com o escritório na província de Benguela, considera legitimo as reivindicações dos Magistrados do Ministério Público. A jornalista Ester Culembe, desenvolve esta notícia.
Esta tese foi defendida a margem dos protestos realizados no passado sábado 31 de Julho, onde o coletivo de trabalhadores do ministério publico dentre estes juízes e procuradores da republica que manifestaram defronte ao tribunal provincial do Namibe exigindo melhores condições de trabalho e salariais.

“Nós vemos Magistrados com dificuldades de transportes, nós vemos Magistrados com serias dificuldades nos Gabinetes, precisamos de trabalhar”, reagiu Tadeu Vasconcelos.

Mário Joaquim disse que a reivindicação dos magistrados é legitimo.

Mário Joaquim, Advogado

“É legitimo o protesto dos magistrados do Ministério público tem em vista que eles reivindicam aquilo que são os seus direitos constitucionalmente consagrado, nós acompanhamos recentemente no passado sábado 31 de Julho o protesto de que uma das agendas prevista é reclamação dos passaportes diplomáticos os salários aas boas condições de trabalhos, é visto que todo mundo quase vê como justiça a fonte principal daquilo que é o próprio elenco da Paz, porque nós não podemos brincar com a justiça, estamos acompanhar é que a justiça em Angola anda em maus lençóis devido as condições de trabalho verificamos todos dias a falta de condições de trabalho por parte dos magistrados do ministério público principalmente a falta de transporte, a falta de luz, a falta de tinteiro, a falta de papel isto é inacreditável nós dizermos temos justiça nos Estado democrático de direito, enquanto temos essas dificuldades a justiça não pode depender de um guia o magistrados não pode depender por falta de papel porque não tem orçamento não estaremos a brincar com com aquilo que é a própria justiça, o cidadão quer uma justiça mais célere e rápida mas por falta de condições de trabalho por destes agentes estaremos dificultar para se conseguir avançar com aquilo que é a realidade profunda daquilo é a resposta para o cidadão, é triste em Angola nessa fase enquanto se defende o Estado democrático os magistrados ainda mostrar essas dificuldades”, reagiu.

Por outro lado, o jurista disse que é necessário que o estado crie condições para que os magistrados trabalhem condignamente.

“Para termos uma boa justiça em Angola é necessário que se crie condições favoráveis para os magistrados se o magistrados não tiver condições para o efeito acredito eu que não teremos justiça suficientemente para os angolanos. Quem tem fome não espera, quem tem fome espera que pelo menos dê alguma coisa para conseguir sobreviver os magistrados em Angola têm fome porque o salário dos magistrados não consegue cobrir a cesta básica, o magistrados do seu salário não consegue comprar a sua viatura, não vai conseguir com os salários que têm os magistrados”, concluiu.

Enquanto isso, o deputado Sampaio Mucanda, também solidariza-se com a classe de Magistrados que reivindicaram no passado sábado 31 de Julho na cidade do Namibe.

“Parabenizo a procuradoria por esta manifestação, por esta chamada de atenção porque apena eles disseram assim nós não queremos ser corrompidos no exercício das nossas funções pelo que melhorem a nossa condição de vida para combatermos realmente a corrupção, o País tem muito dinheiro portanto estes magistrados têm toda razão de reivindicar outros magistrados pertencentes os Tribunais de relação Tribunais provinciais espero também que venham manifestar porque eles não vivem bem visitei vários Municípios neste meus trabalhos de deputação de proximidade há Gabinete de procurador aquilo deixam a desejar o NFV se poder constatar in loco vá só ao Comando Municipal do Serviços de Investigação Criminal, depois verão qual é o gabinete do Procurador aquilo é um beco empoeirado não há condições, portanto os Magistrados têm mesmo razão de manifestar e nós somos solidários a eles”, reagiu.

O Parlamentar disse por outro lado que ninguém Administra a justiça com a barriga Vazia.

“Ninguém pratica a justiça com a barriga vazia porque se os que Administram a justiça são injustiçados eles não vão praticar a justiça porque se as condições que eu que Administro a justiça não forem das melhores corre o risco de ser corrompido logo que aquele que podia combater a corrupção é corrompido não há justiça não havendo justiça o País vai continuar andar de patas ao ar”, disse.

Para o Advogado Francisco Kandjamba, disse que a reivindicação dos magistrados do Ministério público tem razão de ser.

“A reclamação dos magistrados do Ministério Público tem a sua razão de ser porque eles fazer parte do motor do Estado no organismo que tem haver com a Administração da justiça e ali onde nós vamos começar por destrinçar e porque os dois são magistrados mais uns são Magistrados do Ministério publico e outros são magistrados judiciais, os magistrados do ministério publico fazem parte da procuradoria geral da republica mas que exercem ou têm como função essencial a jurisdição de junto dos Tribunais nesse exato momento tendo este papel relevante juntos dos Tribunais de fiscalizar de exercer ação penal é todo desejável que tivessem condições e assim os possibilita-se a realizar os seus trabalhos razão pela qual a reivindicação é justa porque reclamam do governo”, esclareceu sublinhando que cabe a esta altura ao executivo ouvir os sindicatos dos magistrados para que o executivo garanta condições a titulo de exemplo nós que estamos sempre em contactos com os magistrados tanto dos ministério publico bem como magistrados judiciais também vivenciamos na carne a falta destas condições “concluiu.

A Cidade do Namibe comemorou nesta quarta-feira 4 de Agosto 172 anos de existência e o Bispo da Diocese do Namibe Dom Dionísio Hisilenapo, durante a missa de Acão de Graça em alusão a data apelou o envolvimento de todos a repensar a cidade do Namibe.

“Devemos repensar a cidade, enquanto comunidade, governantes e governados, todos nós devemos repensar em Moçâmedes porque pode ser muito tarde, no seculo XXI não se pode ter uma visão monolítica sobre uma cidade, o mundo para o qual caminhamos chama a nossa atenção para as avenidas nas cidades, ruas grandes porque mesmo até sem condições económicas o mundo hoje é de mobilidade rápida e de implacável. Os nossos pescadores homens do mar devem repensar na cidade, a fim de que aos nossos empresários para reverem a historia da cidade e edificarem aquilo que num conjunto da pátria nos torna distintos na unidade e na diversidade. Todos somos chamados a colaborar, cada um na sua medida, Namibe nasceu batizada, nasceu cristã, por isso somos chamados cada um na sua maneira e função, sim devemos dar graças a Deus por todos que sonharam, construíram, desenvolveram, imaginaram Moçâmedes no passado, nós somos os filhos desse tempo, e cada um de nós é chamado a deixar a suas más pegadas”, lembrou.

A missa decorreu na Marginal do Namibe onde participaram várias individualidades governamentais locais. O prelado católico lançou um desafio aos empresários locais para aproveitar das potencialidades que a cidade do Namibe oferece.

Dom Dionísio Hisilenapo, Bispo da Diocese do Namibe

“Eu desafio-vos, empresários, governantes, povo simples que tenhamos alguns encontros simplesmente para pensarmos na nossa cidade, como é que cada um de nós poderá colaborar, aquele que deita o lixo na rua não está a colaborar com a nossa cidade, aquele que mantem a luz acesa de dia não está a colaborar com a nossa cidade, aquele que deixa o carro estragado na rua, o que não planta nenhuma arvore, aqueles que deitam lixos no mar não estão a contribuir para o bem-estar da cidade. Nós dependemos do mar, vivemos do mar e devíamos ser solidários e pensar na cidade, todas as requalificações que forem fazer, pensam nessa cidade, no mar, no deserto porque ele também é progresso, o nosso deserto é muito rico e deve ser protegido por nós mesmo. No turismo também está a nossa sobrevivência, vós que trabalheis com o dinheiro, com economia, com as empresas, hotéis, aeroportos, são ganhos, e investir nessas coisas não será dinheiro perdido, mas ganho para o amanhã por isso façam coisas que vos orgulhe e faça crescer a nossa cidade. Nós temos que criar a nossa cidade, não devemos manter numa visão monolítica de funil a cidade tem que transformar, tem que responder as necessidades do tempo presente e das ciências novas, estarmos aqui significa render homenagem sim, mas também pensar no futuro dessa cidade, eu fiquei muito contente quando falaram do museu dos herero porque isso só nós podemos ter, são os monumentos, as bibliotecas, os jardins, as estatuas, as igrejas, as praças, os cinemas, os palácios antigos conservados, isso é que faz a cidade, os caminhos de ferro, as estacoes, os cemitérios fazem parte da cidade, quando uma cidade não respeita os que tombaram e morreram ele atira sobre si as pragas para o futuro. Aos historiadores, os sociólogos, os filósofos, os geógrafos, todos que habitam na cidade devem repensar em algumas marcas que nossas que não devem desaparecer, são de Moçâmedes por isso desafio também a investigar, a estudar há dados que dizem que a cidade de Moçâmedes foi fundada no dia 10 de Abril de 1849, é verdade? Coloco isso a vossa consideração, vão investigar, o dia 4 de Agosto corresponde aos festejos dos 10 anos da chegada dos colonos de Pernambuco sobe a orientação de Bernardino de Figueiredo, 10 anos após terem chegado eles celebraram a sua chegada e condicionaram a celebração do dia da cidade, será? Desafio a todos vós a estudarem a historia da cidade porque não é só receber de bandeja, é preciso investigar e estudar”, rematou.

Assim terminamos com o espaço informativo desta quinta-feira, 5 de Agosto de 2021, a verdade dói mas liberta, estamos juntos.

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