Namibe em 7 dias análise dos factos que marcaram a semana finda

17.09.2021
Namibe em 7 dias análise dos factos que marcaram a semana finda
Resultados das investigações do massacre de 30 de Janeiro em Canfunfo Lunda Norte já em Tribunal naquela província

Por: Paulo Fernando

Daniel Tchimbwa, Filósofo

Daniel Tchimbwa Filósofo disse que : “A investigação sobre o massacre do dia 30 de Janeiro em Cafunfo, de facto estamos a acompanhar os cuidados da justiça que está a pôr sobre aquele caso, e para dizer que nós todos sabemos o que houve lá, simplesmente faltava a consumação dos tramites legais para se apurar a verdade, sabemos o quê que houve, mas ainda não queremos especular porque sabemos que há uma envolvência politica ali, são meios politizados e com as suspeitas que têm sido levantadas no que concerne também o nosso sistema de justiça meio partidarizado, eu não sei o quê que eles vão dizer. Mas nós todos de forma implícita sabemos o quê que houve lá, e que se faça justiça”, disse.

Para Fernando Kassinda igualmente filósofo disse que: “Estamos diante de uma situação que já lá se passam 7 meses ou 8, e ainda não tivemos o fecho, todo mundo estava expectante para que realmente tivéssemos um fecho relativamente a essa situação, eu sou a teoria de Manuel Kant quando defende que a vida humana é um bem mais supremo, ou seja, a vida humana tem todos os valores, é um valor absoluto e toda qualquer acção que tenhamos feito que viole  aquilo que é a dignidade da pessoa humana devemos criticar. Sabemos que naquele dia o que houve é violação dos direitos humanos, violou-se princípios, afetou-se aquilo que é o bem mais supremo que ultrapassa todos os bens, estamos a falar da vida humana, são pessoas que lá perderam vida, são famílias que ficaram desestruturadas por conta de alguns elementos que lá perderam suas vidas, mas entendemos nós que houve aqui um excesso naquilo que é a manutenção de alguns ânimos que estavam a fluor da pele, e se hoje temos aqui a informação de que já há resultados relativamente a esse acontecimento, nós só encorajamos a justiça no sentido de penalizar os indivíduos que realmente tenham levado alguns excesso que tenham ceifados mais vidas no sentido de fazer a justiça”, disse.

Ministra da educação, Luísa Grilo, valorizou no Namibe engajamento das famílias e da sociedade civil na luta contra o analfabetismo nas comunidades.

Fernando Kassinda, Filósofo

Fernando Kassinda: “Nós sabemos que a família é um dos parceiros do processo de ensino e aprendizagem, sabemos que todos nós saímos de uma família e na família recebemos algumas normas de conduta, a família aparece como o primeiro elemento de socialização do homem, sabemos nós que o governador provincial deu um exemplo pratico dizendo que ele é quem ensinou a sua mãe a ler e a escrever. É uma nota positiva para a província do Namibe, é uma nota positiva para aquilo que é a contribuição da família no processo de ensino e aprendizagem, mas ainda é de disser que se reconhecermos que a família tem dado o seu contributo naquilo que é o processo da alfabetização, então é preciso que nós reconheçamos e valorizamos aquelas famílias que têm dado esse contributo, eu ligo essa minha opinião a alguns dessabores que nós estamos aqui a viver, é necessário valorizar a família e não só quando nos convém, mas também ajudar a familiar para que esse processo seja contínuo”, frisou.

Para Daniel Tchimbwa: “É um apelo louvável por parte da senhora ministra, até porque a sociedade civil é a que mais tem feito muito esforço para denunciar aquilo tudo que perfariam a boa acção educativa, o que mais a sociedade civil faz é esse tipo de incentivo, sobre tudo as famílias até porque tem havido casos que elementos da sociedade civil têm se deslocado de certas escolas para radiografarem as lamentações que os pais e encarregados de educação têm vindo denunciar, por outra, a questão da educação parece que tudo agora está a se combater com decretos, mínima coisa decretos, o Presidente João Lourenço quando tomou o poder a ideia também era de descentralizar alguns serviços, mas a aplicaridade estamos a ver tudo ao contrario. Veja lá, a família é o núcleo da sociedade, porque a preocupação não é só simplesmente da família, e são essas famílias que já perderam a confiança no nosso sistema de ensino, não tem havido uma atenção especial para os quadros do setor da educação, são tidos como indivíduos que se calhar não exercem uma atividade, mas isso aqui é primordial”, disse.

Mulheres feirantes no Cunene intentaram uma acção judicial contra o governo local pela destruição da feira de negócios.

Daniel Tchimbwa, Filósofo

Daniel Tchimbwa: “Acompanhei esse episodio com muita tristeza, até porque isso desencoraja a pratica do empreendedorismo e praticas da mesma natureza, veja lá, se elas saem e intentam uma acção é porque sentem que foram injustiçadas. O governo não pode tomar medidas que prejudiquem o cidadão, atualmente já está um pouco difícil até porque faz parte de uma das politicas do próprio executivo incentivar a pratica do empreendedorismo, mas com essas praticas eles limitam os cidadãos que querem dar essa iniciativa ao ouvirem esse evento, e elas têm toda a razão de intentarem uma acção sobre a eventual interferência que acharam negativa, que se encontre um meio termo para que pela próxima ocorrências do género não venham acontecer”, disse.

Fernando Kassinda: “É de lamentar porque nós sabemos muito bem que as feirantes fizeram um grande investimento e esse investimento em função dessa atitude por parte do governo pode beliscar aquilo que eram as pretensões das feirantes, e acredito que tudo passaria por uma questão de dialogo, entendemos que o governo também tem que ter essa capacidade de dialogar. Não basta nós destruirmos os investimentos de outras pessoas se entendermos que são valores, são dinheiros de pessoas particulares que estamos a lançar ao chão, de faco são sacrifício dessas mulheres que criaram estratégias para ver como uma forma de vender os seus pequenos negócios, e uma coisa que eu não consigo entender, que normalmente quando se fala das questões de feiras entendo eu que há um regime temporário, acredito eu que essas senhoras pagaram um pequeno imposto para que realmente também tenham a capacidade de realizar essa feira, então se há um pagamento que fez-se ao Estado, então significa que aqui havia um acordo. Atitude de género só desmotiva ainda mais as outras atividades”, disse.

Ainda na mesma província a sociedade civil lamenta que não há programas com eficácia para o combate a pobreza e a fome.

 Fernando Kassinda: “ Há uma iniciativa privada de indivíduos que querem mostrar as potencialidades económicas que a província tem, depois aparece aqui aqueles que são inimigos de mentes abertas, nós não podemos ser inimigos de sociedades abertas, a sociedade agora está cada vez mais a evoluir, porque nós sabemos que o Estado não consegue resolver a questão de emprego para toda a gente, então é preciso nós começarmos a criar aqui pequenos empregos para que esses indivíduos não olham o Estado como a almofada para a resolução dos problemas, iniciativas do género deveriam ser louvadas, deveriam ser apoiadas, não esgotadas no ponto de vista das potencialidades, porque o que nós muitas vezes fazemos é abuso de paciência de muita gente. É preciso que o governo apoie essas feirantes no sentido de ver as potencialidades económicas que as nossas províncias têm”, lamentou.

Presidente da Republica João Lourenço reprova posicionamento da bancada parlamentar do seu partido MPLA e devolve a lei orgânica sobre as eleições gerais a Assembleia Nacional.

Daniel Tchimbwa: “Estamos a acompanhar o espetáculo, o show dos nossos bailarinos, veja lá, do ponto de vista jurídico chamam isso de um veto. Eu digo que isso é show, porque não faz sentido, Ele é o Presidente da Republica e depois também o Presidente do partido que lidera que é o MPLA, e todas as propostas de lei que são remetidas a Assembleia, numa primeira fase o birrou politico do MPLA reuni, conversam, depois lá é pontapeado, agora, será que não houve lá esse acordo entre eles, ou antes do PR vetar essa lei reuniram novamente, acharam uma insuficiência e preferiram devolver a lei a Assembleia, repara nisso, é um espetáculo. O PR ainda continua a fazer show e nos encontramos numa faze que os shows já não adiantam mais”, disse.

Fernando Kassinda, Filósofo

Fernando Kassinda: “ Essa lei orgânica das eleições, ainda que nós tenhamos alguns sinais em função da própria pratica e ai entendo o ceticismo que apresenta o nosso amigo em função das praticas porque quando elas são recorrentes ficamos com a ideia de que as pessoas continuam a ter as mesmas atitudes, e ainda que mude de roupa mesmo assim é a mesma pessoa. Estamos a falar que mais do que os partidos políticos nós os cidadãos também estamos interessados em ver uma organização eleitoral mais coerente, mais transparente, o que se pretende cá é passar a ideia de que aquelas matérias que realmente precisamos melhorar é necessário que haja melhoramento, é preciso nós encontrarmos aqui concentos”.

Que lição tem o Golpe de Estado da Guine Conacri para os lideres africanos.

 Daniel Tchimbwa: “ Os lideres africanos devem fazer já um novo estudo sobre as suas populações, veja lá, nós podemos encontrar duas lições, a primeira lição nós sabemos o quê que estava na base daquele insurgente, o povo ficou insatisfeito, pediu-se o apoio internacional que agora também está a criticar a acção de que não se pode tirar alguém do poder daquela maneira”, disse.

Fernando Kassinda: “Nós sabemos muito bem que a liderança africana muitas das vezes pode pecar porque não fazem leituras fieis e objetivas sobre aquilo que é a situação da população. É preciso que tenhamos também a mesma atitude de Bento XVI, estamos a falar de grandes figuras que tiveram a capacidade de em função daquilo já não vou conseguir, o problema que nós temos é a ganancia no poder, nós estamos a lutar pelo poder, e quando lutamos simplesmente para o alcance do poder e quando alcançamos esquecemos aquele povo que nos elegeu, é esse exercício que nós precisamos tentar faze” frisou.

Governador do Namibe Archer Mangueira lidera a campanha de sensibilização para toma da vacina da Covid-19.

Daniel Tchimbwa: “ É uma iniciativa louvável porque isso vai incentivar o cidadão a participar massivamente, e se sua excelência deu essa iniciativa, foi uma iniciativa exemplar, agora, o que não estamos a gostar é ver que há muita desordem nos centros de vacinação, até porque essa desordem não é só a nível provincial, mas em todo o país, existe uma desordem total que nós temos de evitar, e que se abra mais locais para a toma dessa vacina”, disse.

Já filósofo, Fernando Kassinda: “é de louvar a iniciativa do governador até porque a situação dos números aqui na província do Namibe começa cada vez mais a nos preocupar, então há aqui uma nota positiva do governador provincial pelo facto de ele próprio estar na linha de frente de sensibilização, estamos a falar da saúde de todos nós e precisamos todos alinhar a essa ideia no sentido de todo o Namibe recorrer a essa pratica, todos nós devemos abraçar essa causa”, disse.

Namibe em 7 dias análise dos factos que marcaram a semana finda, coordenação de Armando Chicoca, moderação de Augusto Cativa. Apoio NED!

 

 

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