RÁDIO NFV (NOTICIÁRIO) DE TERÇA-FEIRA 21 DE SETEMBRO DE 2021
1-Mulher come área para saciar a fome na província do Namibe.
2-Mentora do projeto “mãos que falam” diz haver necessidade de se implementar a língua gestual no ensino geral.
3-Três pessoas morrem por fome na localidade da Garganta no Município da Bibala no Namibe.
4-Vendedoras de carvão no mercado 5 de abril, dizem estar a passar por diversas dificuldades com a proibição do fabrico do produto.
Nós somos à rádio NFV edição de Terça-feira 21 de setembro de 2021, coordenação e produção de Armando Chicoca, edição e técnica de Luísa Gomes apresenta às Notícias a Ester Culembe.
Eis o desenvolvimento das Notícias
Uma mulher maior de 30 anos de idade na província do Namibe, viu-se obrigada a comer área ou barro como é vulgarmente conhecido, para saciar a fome. A senhora que diz chamar-se Tuvia Catocue, vendedora de carvão, encontrava-se na manhã de sábado 18 de setembro de 2021, no mercado 5 de abril a comer barro, para saciar a fome.
“Estou a comer barro, estou aqui a muito tempo. não tenho dinheiro e por isso estou a comer barro. vendo carvão não tem cliente”, disse.
A mentora do Projeto mãos que falam na província do Namibe, diz haver necessidade de se implementar a língua gestual no ensino geral.
Madalena Cavaia mentora do projecto, prestou estas declarações nesta terça-feira 21 de setembro de 2021, numa entrevista no novo espaço informativo “mãos que falam“ produzido pelo Namibe fala a verdade, onde declarou que o ministério da educação deve implementar o insino gestual no ensino geral.
“Eu acredito que o ministério da educação no Namibe tem trabalhado para que esta dificuldade seja ultrapassada, mas eu acredito que precisa-se de mais porque as pessoas com deficiência auditiva precisam realmente ser integradas, em outras escolas e para serem integradas em escolas que nos consideramos normais , o ministério da educação devia formar professores capacitados para formar as pessoas que ouvem da mesma maneira ou seja, nos ouvintes poderíamos ter a graça de aprender a Língua Gestual tal como aprendemos o Inglês que não e a nossa língua nativa. E agora os alunos estão a aprender nas escolas, a nossa língua nacional, o que é muito bom.
Então o ministério da educação poderia envidar esforços para formar professores capacitados e alunos que possam ajudar neste processo de inclusão social dessas pessoas deficientes auditivas.
Temos a escola do ensino especial aqui no centro e é a única que eu conheço até agora, o Namibe é enorme e tem vários municípios, não tenho a certeza se os outros têm essas escolas especiais, eu acredito que para a demanda do município cede ainda há que se fazer muita coisa. Deixo um apelo para que o Ministério da Educação velasse pela inserção desta língua no ensino curricular ajudaria muito a banir a exclusão social”. Disse.
Três pessoas morreram por fome, na localidade da Garganta, O facto aconteceu na localidade da garganta no Município da Bibala província do Namibe como afirma a senhora Bibiana.
“O mês passado morreram três pessoas com fome, aconteceu na Garganta, a Garganta é depois de sair da Bibala. Sim morreram de fome três pessoas, adulto e crianças.
Eu saí de lá na terça-feira, houve uma criança que comeu umas bolinhas assim e ficou três dias sem defecar, a barriga inflamou, por causa da fome não têm nada para comer”, lamentou.
As vendedoras de carvão no mercado 5 de abril, dizem estar a passar por muitas dificuldades com a proibição do fabrico do produto que é a principal fonte de rendimento para o sustento das suas famílias.
Madalena Chateia e outras vendedoras do mercado explicam exatamente quais são as dificuldades que têm estado a passar.
Madalena Tchateia “esta mal e não temos como sustentar porque não temos dinheiro nem temos pessoas que vai salvar, vamos ficar só a fome. Estamos a dever negocio para vendermos, as vezes não vai conseguir dinheiro para pagar e é crime não da para pedir empréstimo na outra, estendemos, não conseguimos vender matas o dinheiro e não consegues pagar.”
Luiza Francisca Kaponde “Estamos aqui no mercado a vender o carvão. Cada saco custa 100kz, por dia vendemos três sacos no máximo, e não da para sustentar a família. Sim existe muita dificuldade de sustentar a família. Nós compramos o carvão já feito, no mato, ali na localidade do Kapangombe. Sim nó soubemos que o corte de arvores é crime para os fiscais do IDF. O problema é que muita gente não tem emprego e é dali que sai o sustento das pessoas.
Primeiramente eles deviam perguntar o objectivo ou o motivo que os fez saírem com o carvão do mato ate a cidade. Porque eles sabem que muitos estão desempregados”, Disse.
NFV ponto final, nos despedimos com vontade de voltar amanhã se Deus quiser, A verdade doi mais liberta. Estamos juntos.