Namibe Fala Só “Espaço dos Linguistas”

05.10.2021

Júlio Tchivangulula e o seu percurso no mundo da Literatura

Por: Paulo Fernando

Como é que vê a literatura hoje aqui na nossa provincia do Namibe?

Julio Tcivangulula, professor de Língua Portuguesa e motivador social disse que: “Muitos cidadãos do Namibe e até mesmo a nivel da região sul de Angola olham o professor Julio Tcivangulula como o rosto da literatura aqui no Namibe, mas é preciso também ter alguma calma e olhar para a historia, a literatura é uma área de conhecimento que vale muito por épocas, e no Namibe a literatura não começou com o professor Tchivangulula e eu também não me sinto o rosto da literatura porque a literatura é uma área comunitaria, ela involve indispensavelmente um conjunto de pessoas e olhando para a historia na decada de 80, quando se criou a brigada jovem de literatura, é que começaram a surgir movimentos e pessoas ligadas ao mundo da literatura, tirando já a união dos escritores angolanos que foi a primeira instituição ligada a literatura criada no pós independencia, mas depois na decada de 80 surgi também já a brigada de literatura, e no Namibe também nessa época já tinhamos também alguns pioneiros da literatura, desde 80 para cá há pessoas que continuam a fazer literatura até hoje, mas foram surgindo outros nomes”.

O que está na base do desaparecimento de algumas figuras que tanto deram para a literatura aqui na provincia?

Júlio Tcivangulula, Professor

Júlio Tcivangulula,  “Você não pode viver no mundo da literatura por muito tempo só porque você ama, há jovens por exemplo que entram na literatura com muito poucas responsabilidades a nivel pessoal e vê a literatura como uma maneira de um dia atingir os seus sonhos, mas chega uma altura que você vai avançando e vai ter outras perspectivas da vida e vaz precisar também de olhar para a literatura como uma fonte de sobrevivencia, muitas pessoas conseguiram fazer da literatura a sua fonte de renda, e isto hoje é que é o grande problema, porque nós não vamos demostrar uma vontade que acaba por nos imputar custos pessoais sendo que a literatura é um exercício de amor a humanidade, quando um escritor pesquisa e publica os seus estudos disponibilizando para uma comunidade, é um ato de amor, é um ato de contribuição para o desenvolvimento intelectual das sociedades. Hoje vê-se muitos jovens com uma tendencia de activismo mas que precisam também de um nivel de literacia mais elevado e a literatura pode contribuir para isso, ela pode contribuir para o progresso social porque hoje o mundo desenvolve-se com ideias”.

Qual é a saida que se pode encontrar para que os jovens possam produzir as suas obras?

Júlio Tcivangulula “E experiência que eu tenho como professor e estou na literatura por formação é que o que eu noto nos jovens é alguma falta de instrução, mas não é uma instrução de base, ninguém faz algo como se fosse para tentar causar algum mal, mas eu vejo nos jovens alguma falta de instrução porque a literatura no Namibe é muito expressiva, mas não tem aspectos práticos, quer dizer, a literatura de hoje ela tem que ser capaz de rsolver situações que mudam a vida das pessoas, eu vejo que os autores do Namibe têm mais a capacidade de se exprimir, mas a nivel do coneteúdo que muda a vida das pessoas é a nossa dificuldade, mas isso também aprendi-se com formação e é necessaruio que os jovens possam mostrar alguma humildade de aprender, a falta de instrução, as dificuldades aconomicas porque as vezes quando os autroes têm já o material todo debatem-se com a falta de gráfica e temos também grupos reduzidos que não têm feito um papel mais ativo naquilo que é a formação dos próprios escritores, porque a formação é fundamental para termos qualidade na pprodução literaria”, disse.

Qual é a receptividade que a firma JT tem do povo no Namibe?

O professor Julio Tcivangulula “a receptividade é boa porque o povo do Namibe vê a firma JT como uma firma que se preocupa mesmo com os problemas do Namibe, eu sinto uma receptividade muito positiva porque alguns jovens até já depositam confiança e esperança em nós, mas infelizmente a minha pior dificuldade é que nós também não conseguimos ter capacidade de resolver os problemas de muitos jovens porque não temos apoio”, rematou o Aacadémico.

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