Espaço Namibe em 7 Dias , análise das principais notícias que marcaram a semana finda.
Por: Paulo Fernando
Procuradoria Geral da República na Lunda Norte é acusada de tentar forjar o julgamento do rei Mwacapenda Camulenga.
Daniel Tchimbwa, Filósofo,“A ser verdade é um facto muito triste. Veja lá, nós estamos numa fase de pressão política em que o próprio governo em geral é acusado de muitas coisas, então fica feio, a maneira conforme estão a viabilizar este processo, a morosidade do próprio processo leva-nos a suspeitar de muita coisa. Porquê? que não há transparência? Porquê que não se resolve de uma só vez? A transparência é um dos elementos chaves para que se faça a justiça”, comentou.
Daniel Tchimbwa comentou: “É complicado, isso tudo só vai correr bem se depois desse julgamento quem sair a ganhar é o acusado porque, nós já estamos a prever os resultados, a maneira como se está a viabilizar essa acção judiciária é complicado. Esperamos que se arranque o julgamento com a presença dos próprios advogados”.
Governo do Namibe chama a imprensa para esclarecer a polemica sobre as pinturas das paredes da cidade velha.
Daniel Tchimbwa: “é polémica. Essas pinturas a nível da nossa ordem, os moradores ficaram espantados porque nós temos estruturas já muito velhas desde os tempos coloniais, pintar as paredes, remodelar a imagem da nossa cidade é muito positivo, eu saúdo essa iniciativa”, disse.
Valódia e bairro 5 de Abril são os mais propensos a criminalidade, dizem especialistas do SIC.
Daniel Tchimbwa: “Desde sempre foi um bairro com mais delinquentes, mas com o andar do tempo e com o surgimento o bairro 5 de Abril, nós vimos que houve uma fase em que a polícia trabalhou arduamente no bairro Valódia, então, o nível de delinquência naquele local havia baixado e foi para o bairro 5 de Abril. Hoje em dia a delinquência sobre tudo, nas zonas periféricas, está sendo viabilizada por adolescentes, muitos deles são pessoas identificadas e porquê que a polícia não atua o próprio patrulhamento está fragilizado, as agressões e os assaltos acontecem minutos após minutos. Eu acho que é preciso que a polícia redobre os esforços”, afirmou.
Sociedade civil no Namibe critica os pronunciamentos do PR João Lourenço durante a tomada de posse de Isaías Samakuva, no conselho da República.
Daniel Tchimbwa: “E essa crítica não é só a sociedade, todo mundo está a criticar isso, se pegarmos muito bem a geometria do discurso do Presidente da República vamos ver que encontraremos aí, muitas lacunas porque do ponto de vista ético é uma fase em que o próprio PR e o seu partido estão sendo acusados de muitas coisas como: perseguição e interferências nos casos de justiça, mas, com aquele discurso o próprio PR só veio confirmar que aquelas denúncias e acusações são mesmo verdadeiras. Não foi muito ético”, comentou.
Estudantes da Universidade do Namibe denunciam nepotismo e tráfico de influência.
Daniel Tchimbwa: “Do ponto de vista de ensino, Namibe é uma província exemplar. É uma província que se organizou muito nesse sector e apesar de sempre existir falhas o Namibe pelo menos tem seguindo alguns parâmetros que tem deixado alguns indivíduos satisfeitos. A nível do ensino superior o Namibe está a tornar-se só agora, numa praça do ensino superior, está a seguir outras províncias, e para a nossa felicidade já temos a universidade do Namibe. É muito triste vocês que estão a começar agora, não fica bem começarmos a receber já esses tipos de queixas, de acusações”, lamentou, “se um indivíduo que não foi cadastrado a nível do sistema, não fez inscrição, como é que aparece nas listas finais como admitidos? E se isso for verdade a universidade do Namibe está levar cartão vermelho”, acrescentou.
Executivo reduz o IVA de 14% para 7%.
Daniel Tchimbwa: “Digo que sobre tudo os “marimbondos” do próprio partido do MPLA agora acusam o PR de ser teimoso e não ouvir conselhos. Antes da implementação do IVA chamou-se atenção e todos sabemos que os 14% que foram implementados alguns analistas políticos e economistas chamaram atenção que para um país que está a começar 14% era uma taxa muito elevada para o IVA, mas, por imposição do FMI teve que estipular.
Mas uma coisa que eu digo, é teimosia do PR é a questão que quando se estipulou o IVA com a taxa de 14% a cesta básica já estava alta, os preços já estavam altíssimos, porquê que não se tomou esse cuidado? Daí que nós estamos a dizer que essa, é só uma campanha politica”, afirmou, “nesse momento a redução do IVA não é que fará que os produtos da cesta básica baixem. Os mesmos produtos da cesta básica em Angola, já deixaram de baixar desde 2014, esse governo projeta programa de sofrimento para o povo”, lamentou.
Presidente da República João Lourenço exonerou Jomo Fortunato e nomeia Filipe Zau para o cargo de Ministro da Cultura, Turismo e Ambiente.
Daniel Tchimbwa: “alguém disse que João Lourenço não sabe governar pois, ele pensou que seria tudo fácil, em tão pouco tempo 5 exonerações e atenção, a área da Cultura é muito sensível. É só em Angola onde nós brincamos com essa área. Governar um país é mais do que isso, isso é, um organismo em que todos os componentes devem funcionar, ele dá um tiro em seu próprio pé com essas constantes exonerações e muitos desses homens que ele está a colocar, estariam muito bem a desempenhar as suas funções numa outra área. Imagine Filipe Zau, a Cultura vai falar, seria muito bem se Filipe Zau respeitasse o Ministério da Educação para vermos o que ele pode fazer”, disse, “alguma coisa não está bem portanto, para mim o próprio Presidente é que não está bem”, lamentou.