Análise das principais notícias que marcaram a semana finda
Por: Paulo Fernando
Archer Mangueira, reconduzido a Primeiro Secretário Provincial do MPLA no Namibe e conta com jovens na nova direcção.
Fernando Kassinda, filósofo : “Não se esperava muita coisa relativamente ao processo que levou Archer Mangueira, ao mandato de primeiro secretário do MPLA, já não é novidade para nós porque já sabemos aquilo que tem sido a pratica do partido MPLA, mas o que vem cá nos alegrar é sobretudo a nomeação de mais jovens ao próprio partido falamos concretamente dos novos rostos que são chamadas a direção do mesmo partido, estamos a falar do jovem Ntyamba como segundo secretario do MPLA, estamos a falar do jovem Azevedo Calassola, eu faço essa analise em virtude da maneira como esses jovens muitas vezes ficaram colocados de parte. Temos aqui também Sampaio Mucanda que fez muito bem o seu trabalho e vejamos que uma boa parte da juventude vê Sampaio Mucanda como um jovem que fala para os jovens, enquanto que o MPLA ficou um pouco a quem em função de algumas praticas que não contribuíram para o próprio desenvolvimento, a coesão do partido, hoje colocando esses jovens nós temos talvez a esperança que poderá se lançar aquilo que é um debate mais académico mais juvenil porque estamos a falar de Victor Ntyamba que é um jovem com muitas experiencias”, disse.
Oseias Caxinde, professor e activista social, em sua abordagem: “Na verdade já era de se esperar porque o próprio secretario do partido concorreu de forma individual e isto mostra que a recondução é de forma automática e o que trouxe aqui se calhar de boas novas é o facto que o próprio secretario olhar e apostar na própria juventude, é assim que se nós analisarmos a questão politica na província do Namibe conseguimos perceber que o MPLA tem um grande desafio e um desses desafios é que em 2017 o MPLA perdeu um deputado e ao perder um deputado isso significa que para poder resgatar novamente este deputado o MPLA precisa trazer os novos paradigmas dentro de si, é assim que nós conseguimos perceber que praticamente como segundo secretario na província do Namibe nunca tivemos jovens, praticamente eram pessoas um pouco mais adultas e com pouco gabarito de discurso de mobilização, por isso é que de um tempo a esta parte conseguimos perceber que o MPLA na província do Namibe foi perdendo aquela pujança que tinha de termos sempre os resultados em termos eleitoralista de 5 deputados”, disse.
Deputado Nelito Ekuikui exonerado, do cargo de primeiro secretario provincial da UNITA em Lunda.
Fernando Kassinda: “relativamente a essa situação fica-nos um pouco difícil tecer algumas considerações porque até aqui não temos as reais causas da sua exoneração, acredito que há uma estratégia da UNITA, e dizer que a juventude é a esperança para um futuro e quanto mais jovens tivermos cria maior impacto a juventude e a UNITA está consciente disso, é preciso nós esperarmos também que depois do congresso da UNITA tenhamos um pouco de surpresa e podemos dizer que eu até aqui não posso cair na ilusão e dizer que Ekuikui ficará no alheio acho que não arriscaria ter essa perceção, acredito eu que é uma estratégia da UNITA”, afirmou.
Para Oseias Caxinde: “na verdade para mim foi uma surpresa porque acho que o Nelito Ekuikui é daqueles jovens que está a dinamizar a província de Luanda, se nós olharmos para o nosso país conseguimos perceber que nós temos quatro praças eleitorais muito fortes, Luanda, Benguela, Huambo e a província da Huíla, do ponto de vista politico de pujança nós estamos a falar dessas três províncias, e se nós olharmos para aquela dinâmica que o próprio secretario provincial de Luanda estava a levar a cabo conseguíamos perceber que ele era daquela juventude que arrastava multidões, significa que as pessoas tanto os militantes da própria UNITA como os não militantes já conseguiam se rever nesse mesmo líder, mas foi-nos uma surpresa de que foi exonerado e conseguimos ouvir aqui varias leques de informações que eu prefiro ficar naquilo que é oficial”, afirmou.
Criminalidade em alta preocupa cidadãos da capital da província do Namibe.
Fernando Kassinda: “na verdade preocupa-nos bastante porque todos os dias parece que estamos a ser cada vez mais assaltados, antigamente nós tínhamos um Namibe mais tranquilo, conservador do ponto de vista da proteção e segurança pública, nós tínhamos um Namibe que dava mesmo aquela vontade de viver era terra da felicidade mesmo, transmitia-se a felicidade do ponto de vista da própria segurança, mas hoje infelizmente temos o Namibe cada vez mais perigoso, nós precisamos entender que estamos diante da criminalidade, estamos diante da questão do índice de delinquência, estamos também diante de outra figura que é a violência, esses elementos quando andam juntos automaticamente trazem uma tamanha insegurança social, hoje por hoje estamos a falar de jovens com apenas 18 anos a tirarem a vida como se fosse em tempo de guerra”, lamentou.
Outrossim, Oséias Caxinde: “Podemos aqui ver que isso são as consequências, e nós temos que fazer um esforço de ir buscar as causas e as causas são visíveis, uma delas é a pobreza temos que ser francos e nessa situação também temos que começar a perceber que a questão da segurança publica não basta só a policia é preciso que aqui também a comunidade no geral entre em acção denunciando essas tais pessoas, e na questão da denuncia é possível que essa policia também proteja as pessoas que denunciam porque nós temos estados a acompanhar que por vezes as pessoas que denunciam não são sempre protegidos, é preciso que também haja essa proteção toda porque a policia sozinho não vai conseguir, é preciso que haja essa colaboração toda da população”, disse.
Governo do Namibe fiscaliza medidas de prevenção da Covid-19 nas instituições públicas e privadas.
Oséias Caxinde: “É uma questão normal até porque estamos a viver num ambiente atípico, um novo normal como muitos acabam por chamar, mas conseguimos perceber quem tem havido alguns desentendimentos concernente aos próprios certificados eu nunca percebi concretamente, eu ouvi o porta-voz da comissão multissectorial que na questão do cartão o objectivo para situações comerciais já não vai ter multa, é mesmo o encerramento, eu acho que para essas questões estamos a ser um pouco extremistas porque existem problemas muito mais grave no nosso país que é a questão do paludismo, a questão da dengue, tuberculose, são doenças que mais nos matam e que se conseguirmos reparar a nível nacional nós não temos 2500 pessoas que morreram de Covid-19, logo, não é uma situação que nós devemos dar a prioridade das prioridades”, afirmou.
Para Fernando Kassinda: “Entendo como o Oséias que estamos a nos precipitar um pouquinho relativamente as cobranças dos próprios certificados, nós temos famílias que não conseguem nem sequer um 50 kwanza para comprar uma mascara como é que vão imprimir um certificado, eu acho as vezes existem politicas publicas que nós adotamos que muitas vezes não olhamos na realidade dos cidadãos, olhamos muito mais para objetivos políticos em deferimento dos objetivos sociais”, concluiu.