Provincia do Namibe precisa de mais recursos financeiros para inverter o problema da fome
Por: Fonseca Tchingui
A preocupação foi apresentada pelo governador Archer Mangueira na manhã de sábado,20 de Novembro, durante o encontro entre membros do governo do Namibe e do executivo central, presidido pelo Presidente da Republica João Lourenço na sala nobre da Administração do Municipio capital do Namibe.
Enquanto se aguarda pela construção de barragens aprovadas pelo decreto Presidencial, o consulado de Archer Mangueira, defende a construção de represas e chimpacas para minimizar a problemática da escassez da agua o mais rápido possivel.
Archer Mangueira, Governador do Namibe
” Enquanto se aguarda processo concursal do projecto de constraução de 43 barrgans e represas, na província aprovada pelo decreto presidêncial nº 166/2021, o governo provincial do Namibe apela que sejam implementadas soluções a curto prazo, para resolução do tema, das populações afectadas pela seca, como é o caso da construção de chimpacas e represas”, esclareceu.
Enquanto isso, os membros da sociedade civil no Namibe advertem ao presidente da República João Lourenço, que se decrete o estado de emergência na região sul de Angola, visando organizações não governamentais ajudar as comunidades na mitigação dos efeitos da seca.
Para o académico Martinho Jamba Nganga, historiador e Secretário provincial doNamibe do SINPROF, no Namibe disse que : ” Eu como angolano sinto-me preocupado, é urgente que o governo angolano importe comida para acudir as vítimas da seca a contas com a fome. Ninguem come betão, ninguém come cimento, o povo quer comida”, reagiu.
Domingos Fingo, Administrador da Associação Construindo Comunidades, defende que só com os apoios da comunidade internacional a situação da fome no sul de Angola estará acautelada.
“O chefe do executivo deve decretar estado de emergencia para que ONG,s possam ajudar estas comunidades, porque temos que definir inclusive uma exta básica para estas comunidades. Não é possivel alguem com a sua familia sobreviver de tres quilos de fuba, não é possivel”, questionou.
Em torno da fome no Namibe, regista-se um número elevado de mulheres, homens e crianças nos esgotos do matadouro do Namibe a disputar pelo controlo do sangue para fins de saciar a fome.
João Lourenço, Presidente da república de Angola em visita no Namibe
De acordo com o porta-voz da Presidencia da República Luis Fernando, o presidente da Republica João Lourenço regressa á Luanda amanhã domingo depóis do almoço.
“Nós estamos a solicitar encarecidamente que o chefe do executivo declare o estado de emergência, para que em gesto de solidariedade as organização internacionais possam auxiliar para ultrapassar esta realidade que estamos a vivenciar. Tem que se definir uma cesta básica, porque nós podemos dar três lkilos de fuba, três quilos de arroz”, disse.