Vandalização de campas no cemitério Municipal do Namibe entristece cidadãos Namibenses
Por: Luísa Gomes
Estamos neste momento no cemitério municipal do Namibe, onde depois de quase dois anos fechados para as visitas aos entrequeridos em função da pandemia do covid-19, hoje 02 de Novembro de 2021,os portões novamente se abriram para receber a visita daqueles que com tristeza e dor, foram visitar os seus familiares que á muito partiram. E na altura da nossa reportagem as nossas camaras captaram as imagens de familiares e amigos a varrerem e até mesmo a limparem as campas dos seus entrequeridos que aqui descansam. Mas oque chamou a nossa atenção, foi o facto de haver muitas campas e jazigos vandalizados, como é o caso da campa do senhor Raul Radch júnior, o primeiro presidente da Camara municipal do Namibe, que segundo a história morreu em defesa dos interesses da comunidade negra do Namibe, que também não foi poupada e perdeu as letras feitas em bronze que serviam de identificação.
Teresa Batista Professora, durante a visita na campa dos seus familiares, (pai, mãe e irmão) mostrou o seu descontentamento com a situação de vandalização encontrada no cemitério municipal.
“Era preciso que realmente os amigos do alheio começassem ater um bocadinho mais de respeito por quem está aqui é uma profanação o que t´´em feito, isso é crime estas pessoas deviam levar penas muito pesadas porque á que respeitar quem já se foi”, disse.
O pároco Bastos Marcolino Málanga, da igreja nossa Senhora de Fátima do forte Santa Rita que também esteve presente no cemitério municipal, disse que é uma data importante para os cristãos e convidou as autoridades a protegerem o cemitério dos malfeitores, sendo que o mesmo é um lugar de paz e descanso para aqueles que já partiram.
“Esta é uma data importantíssima para o mundo cristão e representa que os nossos entrequeridos aqueles que partiram para a casa do pai não desapareceram. A igreja defende a vida e olhando para a situação da pandemia da covid-19 que estamos a viver, então sendo a igreja a protetora da vida, então celebramos as missas dentro das igrejas e só viemos para aqui rezar diante das campas e não realizamos as missas dentro dos cemitérios”, esclareceu.
Um facto que não passou despercebido as nossas lentes, foi quando mesmo momento registarmos a chegada de um óbito, que por sinal, era de Manuel Mahov, antigo jornalista que também deu o seu contributo para o jornalismo local.
O secretário provincial do Sindicato dos Jornalistas no Namibe, ali presente, em um gesto de homenagem para um último a Deus a Manuel Mahov, teceu algumas considerações.
Mas a data referida data não foi igualmente triste para todos, como é o caso da dona Bina residente na província da Huíla, que aproveitou a estadia no Namibe, para fazer a venda de flores no cemitério municipal, que não escondeu a sua alegria pela rapidez como as pessoas compravam as flores.
“Graças a Deus, Deus está a me olhar e assim vou conseguir ir alegre no Lubango”, disse.
Em direto do Cemitério municipal do Namibe, com Imagens de Geovani Campo Luísa Gomes despe-se, estamos juntos.