CINQUENTA FAMÍLIAS MUCUBAIS VÃO À TCHAMUTETE MUNICÍPIO DA JAMBA PROVÍNCIA DA HUÍLA FAZER ACTIVIDADE AGRICOLA NA LUTA CONTRA A FOME.
Por : Fonseca Tchingui
Comunidades Muhimba no Ngolava no Namibe
Adão Fuanhuca Mukilanagovo, de 25 anos de idade natural do Município do Virei, é um dos jovens Mucubais, que integrou a equipa de prospeção do ouro verde em Tchamutete para a constituir uma cooperativa constituição de uma Cooperativa agricola denominada “Inácio Masseca” que vai integrar 50 famílias actoctones mucubais 50 membros das comunidades locais da Jamba, 25 jovens do Namibe e outros 25 jovens locais.
“Pedimos ao Presidente da República tratores, motobombas e equipamentos de rega.” estamos satisfeitos com esse projeto porque o terreno já foi visto e dá para acolher esses 50 mucubais que vêm da província do Namibe e que os jovens parem de reclamar e pedir, devemos lutar contra a fome e cultivar porque trabalhar é melhor que pedir”, continuou.
Outro pedido de apoio veio de José Mulanda, professor reformado, que para ele, agricultura manual em nada ajuda e a circulação do comboio no ramo entre Namibe e Chamutete, ajudaria a população que percorre sessenta quilómetros a pé por falta de transporte bem como facilitaria o escoamento dos seus produtos.
Comunidades de Lukeny Tchamutete, Município da Jamba-Huíla
“Que o governo ajude o povo, e nós necessitamos em primeiro lugar que comece a circular o comboio para nos facilitar nas trocas de mercadorias porque não temos sal, olho e sabão devido a falta de transportes, o aluguer de um camião de Lubango a Jamba está a 8 mil Kwanzas, de Tchamutete a Jamba 3 mil, até quando se as pessoas aqui não têm mantimentos para vender, ele vive por meio de trocas e não consegue fazer movimentos”, lamentou.
José Mulanda congratulou-se com a ida de cinquenta mucubais ao Chamutete e garantiu que tem terrenos disponíveis para cultivarem. “Nós gostamos porque eles são nossos irmãos para que não morram a fome vamos entregar terrenos e nós precisamos de homens que trabalham e não aqueles que ficam nas cidades a pedir esmolas e a roubar, nós vamos recebê-los com duas mãos, vamos dar residências para que possam viver”, assegurou. E Pascoal dos Santos lamentou a falta de chuva e a fome o que poderá absentismo das crianças na escola situada há três quilómetros da Sede da comuna. Ainda por causa da fome, Paula Domingas foi abandonada pelo marido “o meu marido me deixou por causa da fome e agora eu estou a suportar as crianças sozinha, estou a cultivar, mas a chuva não aparece”.