Comunidades do Ngolova Município do Virei província do Namibe tencionam migrar para Namíbia nos próximos dias fugindo à fome.
Por: Fonseca Tchingui
Comunidades do Ngolova Município do Virei
A preocupação foi apresentada nesta segunda feira, 31 de Janeiro de 2022, pelas comunidades da localidade do Ngolova que dista à 250 km da cidade capital do Namibe. Fernando da Costa mais conhecido por Kalupole é mucubal filho de um cidadão português nascido nas comunidades mucubais pede intervenção do presidente República João Lourenço, em apoios alimentares para mitigar os efeitos da seca.
“Precisamos de água aqui no Ngolova, estamos a precisar de furos de água,escolas e hospitais”, manifestou.
Helena Mutusiapo, é mocuroca natural do Ngolova, disse que caso autoridades centrais de Luanda não apoiarem as comunidades projetam migrar para República vizinha da Namibe fugindo à fome.
“Estamos a sobreviver de uns frutos que estão ali nas matas,que são comidas pelos passáros,para saciar a nossa fome,daqui a pouco vamos migrar para a Namibia,estou a três dias com fome, é por isso que vamos para república vizinha da Namibia, porque as pessoas de lá estão a ser mais bem tratadas do que nós aqui, por isso é que nós vamos”, reiterou.
Vatilene Kalongua, de 89 anos de idade coordenador da localidade do Monte Negro, Município do Tombwa
Diferente do Ngolova, a localidade do Monte Negro, no Município do Tombwa, há 360 km da cidade capital do Namibe, o governo local tinha colocado a disposição da população para o incentivo agricultura familiar um trator que a população rural furta-se à prática da agricultura tal como nos confirma Vatilene Kalongua, de 89 anos de idade coordenador do bairro, que lançou um desafio aos agricultores dos País para investir naquela região potencialmente agrícola.
“Desde 2014 o povo pediu trator,enxada,para preparar a terra,até agora só pedem comida,porque combater a fome é trabalhar,e eles só querem pedir e não trabalhar,cultivar,só estão a dizer que aqui é terra de pastorícia e não de cultivo”, Esclareceu.