DECLARAÇÃO DO SINDICATO DOS JORNALISTAS ANGOLANOS NO NAMIBE
Por: Elias Guito
Estamos em dois mil e vinte e dois, ano em que o país vai assinalar vinte anos de paz efectiva, com o calar definitivo da guerra, o que julgamos ser um momento de reflexão se de facto esta paz conquistada tem reflexos positivos na vida social, económica e profissional do trabalhador da Radio Nacional de Angola.
Ao longo dos vinte anos, de paz em Angola, temos estado a assistir uma revolução tecnológica em que saímos da era analógica para digital e hoje na quinta geração de computadores já se pensa no aproveitamento da evolução tecnológica para levar o sinal da Radio nas novas plataformas digitais com o objectivo de expandir e fazer chegar o sinal as comunidades nacionais e internacionais, saudamos este salto qualitativo que auguramos melhorias com a entrada em funcionamento do nosso satélite.
Tivemos algumas conquistas ao longo destes anos, mas que lamentavelmente em consequência da desvalorização brutal da nossa moeda, tem caído em saco roto.
Elias Guito, Secretário Adjunto dos SJA Namibe
Mas o dois mil e vinte e dois trouxe uma nova expectativa que para nos constitui um instrumento que pela primeira vez ao longo dos quarente e sete anos de independência pode dignificar o trabalhador angolano. Falamos do qualificador ocupacional que em nosso entender ajuda na valorização e reposição da legalidade e justiça no trabalho justo e salário justo.
A nossa grande inquietação é o silencio dos Conselhos de Administração das Empresas de comunicação social em não tornar público o qualificador em companhia dos critérios de inserção ou requisitos para promoção da carreiras. Em nosso entender estamos a caminhar na repetição do erro cometido em dois mil e dezanove onde o primeiro ensaio foi feito de forma aleatória e que trouxe um nivelamento que serviu apenas para poupar recursos para fins desconhecidos quando o pedido de reforço financeiro ao executivo era única e exclusivamente para melhoria do salário dos funcionários.
Apelamos a direcção da Radio Namibe e o Conselho de Administração da Radio Nacional de Angola em caso da implementação do qualificador que se faça justiça, sobre quem é quem no sentido e valorizar aqueles que dão a sua vida pela Radio para outros colegas entenderem que o trabalho promove, porque já chega de ouvir discursos de que trabalhando como não é a mesma coisa, visto que não há equipa ou nação que de desenvolve desta maneira.
Dizia John Maxwell na sua obras os passos fundamentais para o sucesso “o maior erro que um treinador pode cometer é ver e classificar todos os jogadores da mesma forma” fim de citação.
Os recentes pronunciamentos do Secretario Geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Teixeira Cândido depois da Assembleia geral de trabalhadores realizadas na passada Quarta-feira 26 de Novembro, na União dos Escritores Angolanos, trás a tona a nossa contínua luta sobre as ajudas de custos que em nosso entender servem também de estímulos aos sofredores que muitas das vezes abandonam o conforto, as suas famílias o asfalto, o ar Condicionado e com todo sofrimento vão a busca da informação para servir a nação.
É tempo de mudarmos o quadro e encontrarmos alternativas necessárias e justas para transformar os estímulos que recebem em ajudas de custos de facto, isto vai ser bom para os trabalhadores assim como a empresa.
Pedimos a direção da empresa a melhorai do parque automóvel, porque em pleno dois mil e vinte e dois não se justifica colegas a usarem meios próprios para trabalhados de reportagem, alguns até a pé, a viverem de boleias para viajem quando temos no parque da direcçao geral empresa máquinas avaliadas em mais de cem mil dólares.
Pedimos também a melhoria de condições de trabalho em gravadores, computadores, e internet, sabemos que algo foi feito este ano e gostaríamos que houvesse mais melhorias.
Os colegas da Associação de Imprensa Desportiva está a pronunciar-se desde ontem sobre a descriminação de trabalhadores que estão em Luanda e os que estão foram de Luanda. E o Sindicato dos Jornalistas Angolanos em solidariedade com a AIDA mostra-se a favor da luta por isto basta ver que as recentes nomeações mostram mais uma vez o importante é Luanda e o resto é capim.
Apelamos aos nossos colegas assim como a direção da empresas de que o país não andou porque muitos usaram as técnicas de manipulação tais como Assassínio de caracter, neutralização, bode expiatório, bom e mau polícia, companheiros isto não beneficia ninguém, muito mais pelo contrario prejudica a todos. O importante é profissionalizar –se em cada área de saber que estivermos inseridos isto sim é que vai ajudar a empresa a crescer.