NFV FORA D` HORAS 10-02-2022

10.02.2022

NOTICIÁRIO NFV, EDIÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2022.

1-Candidatos ao concurso público da educação em Chicomba de mãos atadas sobre o andamento do processo.

2-Presidente da Associação das pescas no Namibe, defende redução de impostos para fortalecer a rede comercial.

3-Tribunal do Bié condenou há 8 anos de prisão o antigo Administrador Municipal do Chitembo.

4-Membros do Movimento protectorado Lunda Tchokwe, criticam o posicionamento do jornalista Rafael Marques, no Caso Cafunfo.

Somos à rádio on-line NFV, coordenação e produção de Armando Chicoca, edição e técnica de Fonseca Tchingui, apresenta às notícias à Ester Culembe, apoio da NED e da Open Society.

Lubango-Huíla

1-Os Candidatos ao concurso público no sector da educação no Município de Chicomba, província da Huíla, manifestam-se desapantados com as irregularidades no processo de admição. Alguns candidatos ao concurso público para o ingresso no sector de Educação fizeram provas mas, foram dados como ausentes e as notas não apareceram fixadas na vitrina.

A denúncia veio do activista social Venãncio Swana, que revelou mais irregularidades registados no processo desde as inscriçoes até a realização da prova.

“As pessoas estiveram presentes, mas na pauta veio ausente e inclusive há candidatos que os nomes vieram repetidos, mas com notas diferentes e ainda há candidatos que fizeram a prova, mas o nome vem sempre ausente na especialidade e na língua portuguesa”, disse.

Por sua vez o Gabinete provincial da educaçao naquela província, exige que os canditados façam requerimento dirigida aquela instituição.

No município de Caconda província da Huíla,concurso público para o provimento de vagas no sector de educação marcado por irregularidades.

2-O Presidente da Associação das pescas no Namibe defende a redução de impostos para fortalecer a rede comercial. Jorge Hilário de Sousa, Presidente da Associação povincial de Pescas do Namibe, disse que não ser apologista de importação do peixe para a cesta básica a medir pelos actuais níveis de captura.

“Não sou apologista da importação de peixe para a cesta básica”, declarou.
O industrial de pesca defende a redução de impostos no sentido de se fortalecer a rede comercial do pescado.

“A cesta básica no peixe tinha que ser facilitada os impostos e efetivamente se fortalece uma rede de comercialização seria, credenciada e cadastrada para que chague a todos os sítios, que não haja carregamentos em qualquer sitio da costa sem controle”, realçou.

Associação provincial de pescas do Namibe defende redução de impostos para fortalecer a rede comercial do pescado.

3-O antigo Administrador Municipal do Chitembo, Daniel Chilunda, indiciado nos crímes de peculato e corrupção, foi condenado nesta quarta-feira, 9 de Fevereiro, há 8 anos de prisão pelo Tribunal provincial do Bié, segundo o juiz de causa Eduardo Firmino.
“Condenar o arguido Daniel Chilunda, na pena de 8 anos de prisão no crime de peculato, condena-lo a indemnizar o Estado angolano na quantia de 25 milhões de kwanzas pelos danos patrimoniais e morais causados, vai também condenado a pagar a quantia de 400 mil kwanzas de taxa de justiça”, disse.

4-Já na província da Lunda Norte, os membros do Movimento protectorado Lunda Tchokwe, criticam o posicionamento do jornalista Rafael Marques, quanto ao massacre do dia 30 de janeiro de 2021, em Cafunfo. Acompanhe a reportagem divulgada pela voz da América, na voz do jornalista Coque Mukuta. Os Confrontos foram há um ano e julgamento do líder do Movimento está próximo do fim. As alegações no julgamento do presidente do autodenominado Movimento Protectorado da Lunda Tchokwé, José Mateus Zecamutchima, está suspenso à espera da decisão do juiz para a apresentação das alegações finais.

Foto VOA

O julgamento do líder do movimento que, segundo o Governo de Angola, está por trás dos confrontos entre a Polícia Nacional (PN) e manifestantes a 30 de Janeiro de 2021, dos quais resultaram entre seis e 30 mortos, segundo diversas fontes, levanta outra vez as inquietações sobre as origens e responsabilidades nos incidentes mortais daquele dia. O activista e jornalista, Rafael Marques, no seu novo livro sobre os acontecimentos, afirma que “movimentos independentistas naquela região não têm legitimidade” e que os que reivindicam a autonomia das províncias das Lundas não trazem benefícios à população local.

As conclusões de Marques, depois de uma investigação no terreno, têm merecido, no entanto, uma forte resposta dos líderes do movimento, com o secretário-geral, Fiel Muaco, a acusar o jornalista de pedir protecção aos sobas para chegar à Presidência da República mas, por ter sido rejeitado, virou-se contra os lundas.

A obra “Miséria & Magia” expõe a forma como o contexto de pobreza na província rica em diamantes, em que nove em cada 10 pessoas são pobres, e a ausência do Estado contribuíram para a radicalização dos manifestantes que, a 30 de Janeiro de 2021, “avançaram contra a polícia convictos de que a magia os protegeria das balas”.

Rafael Marques estabelece uma cronologia detalhada dos acontecimentos e descreve como os rituais de magia e “preparações botânicas” revelam “uma prática de mobilização e controlo de massas, de incitação à violência e de tomada de poder político através de uma justificação tradicional”.

As conclusões do jornalista não agradaram os líderes do movimento, com Fiel Muaco a dizer “admirar como é que Rafael Marques mudou drasticamente”.

“Nós somos uma organizaçao que defende o direito da região das Lundas e nunca o Governo angolano vai nos reconhecer, tal como os movimentos que lutaram para independência de Angola”, lembra aquele activista.

“Quanto ao livro que publicou por alí, primeiro estava mesmo aqui no território das Lundas, a mim mesmo já me contactou por via telefónica, não só eu, também outras pessoas que fazem parte desta organização, já me conquistou no sentido de deixar isso, dizendo que você tem filhos para criar eu já tenho com quem falar”, contou Fiel Muaco, que classificou de “infeliz” a obra de Rafael Marques.

“Rafael Marques apareceu a dizer isso por fúria porque quando teve o problema na justiça foi Muana Capenda Camulemba quem o defendeu, na mesma altura pediu ao “rei” Muana Capenda para que lhe fizesse michorda para disputar a cadeira máxima do país, a Presidência da República”, conclui Muaco.

A VOA contactou diversas vezes Rafael Marques, que se escusou a pronunciar, bem como um assistente dele, Salvador Fragoso, quem, num breve contacto, disse temer represálias do povo das Lunda por ser uma situação bastante complexa.
O livro foi lançado em Português em Outubro e agora está disponível em inglês.

NFV, PONTO FINAL MUITO OBRIGADO A TODOS, A VERDADE DOI MAS LIBERTA, ESTAMOS JUNTOS!!

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