Trabalhadoras de Limpeza no Namibe a contas com a fome

05.03.2022

A Situação social dos trabalhadores de limpeza na cidade capital do Namibe agudiza-se dia pos dia.

Por: Madalena Cavaya.

Em causa está a falta de salários que há mais de três meses não são pagos, a equipa de resportagem do NFV, andou por algumas ruas da cidade e ouviu as mulheres que todas as manhâs mesmo com o estómago vázio tudo fazem para manter a cidade limpa. Maria Kwayela, é trabalhadora enventual há mais de oitos anos, disse que a falta dos seus ordenados concorre para muitas dificuldades.

Trabalhadoras dos serviços comunitários na cidade do Namibe

“Eu trabalho a 8 anos aqui na administração Municipal do Namibe como eventual, nós trabalhamos mesmo assim sem material próprio, não temos luvas e tiramos o lixo com as mãos e já levamos essa preocupação, mas estão sempre a nos mandar aguardar, nós já estamos a três meses sem salário e que o governo olhe para nós porque nós estamos a trabalhar todos os dias com ou sem sol e no fim de tudo nada”, lamentou.

Feliciana Tchateia, disse que há três meses que não vê a cor do dinheiro e como consequência os seus filho chegam a passar noites sem comer e o agravante tem um filho doente que precisa de cuidados de saúde.

“As crianças passam o dia a fome, passam a noite a fame, depois tenho uma criança doente, precisa comer e leva-lo ao hospital estou aqui sem dinheiro mas todos dias venho trabalhar”, manifestou.

De Salário não é tudo outra preocupação levantada por estas mulheres é falta de equipamentos de trabalho, o que constitui uma ameaça a saúde desta franja da sociedade namibense. Cristina Maria Culembe, disse que para além do salário também enfrentam muitas dificuldades associadas a falta de equipamentos de trabalhos.

“O trabalho está a andar, mas nos falta luva, as pessoas estão a trabalhar mesmo assim sem equipamentos, não tem pá, tiramos as feses mesmo com as mãos, o salário é pouco e já estamos a três meses sem salário, disse.

Joaquina Songo, é outra mâe que desde 1994, trabalha para higiene da cidade do Namibe, mas não vê os frutos do seu trabalho.

“Trabalho nos serviçoscomunitário desde 1994, sou eventual, as crianças foram chotadas nas escolas por falta de dinheiro, queremos que resolvam este problema”, reagiu.

O NFV, contactou os responsaveis da direcção dos serviços comunitários da Administração local, este nega prestar declarações dependendo das instâncias superiores.

Reportagem NFV, Madalena Cavaya, imagem de Jeovany Campo, partir da Avenida Eduardo Mondlane, cidade do Namibe.

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