A situação deficitária da saúde pública em Angola, alegados salários míseros constituí um dos itens da reivindicação dos médicos na Província do Namibe.
Por: Fonseca Tchingui (NFV)
Este foi o sentimento manifestado pela classe médica no Namibe, duas semanas depois da greve decretada pelo sindicato nacional dos médicos.
Arsénia Cahamba, médica interna de genecologia obstetrícia, nas vestes de porta-voz da classe na província, disse que enquanto a entidade empregadora não optar pelo diálogo a greve vai continuar.
“O sentimento é de continuarmos, não podemos parar porque nós somos a juventude, nós os médicos internos jovens queremos que haja mudança neste País, queremos que o País melhor no sentido que haja melhores condições de trabalho, medicamentos para os nossos pacientes daí a nossa luta. O principal desta manifestação é que sejamos ouvidos e um consenso entre o MINSA e Sindicato”, disse.
Depois de terem se manifestado quinta-feira, 7 de Abril defronte ao Hospital sanatório desta vez os protestos do médicos continuou no Hospital Ngola Kimbanda, segundo fez saber Arsénia Cahamba.
“A ideia é realizar manifestações todos hospitais, até sermos ouvidos começamos com o hospital sanatório, hoje estamos no Ngola Kimbanda, sábado estaremos no hospital materno Infantil”, concluiu.
O executivo angolano muito recentemente anunciou publicamente que vai fazer corte de salários aos médicos que aderirem a greve. José Mabiála, médico inconformado com a situação afirma que esta atitude é intimidatória, por isso, vão continuar exigir melhores condições de trabalho para atender os utentes.
“Nós encaramos essa situação como um ato de intimidação na qual não vamos colaborar e não vamos nos sentir intimidado se querem o fazer que o façam se realmente estão agir com a lei”, reagiu.
“A pessoas ao invés de dialogar vai para represálias, vai para ameaças, que isto não dignifica nada, nós somos trabalhadores queremos melhores condições para poder atender condignamente os nossos pacientes”, disse outro médico que pediu anonimato.
Em nome do interesse público o NFV, contactou o diretor gabinete provincial de saúde no Namibe Coríntios Miguel sem sucesso. Lembrar que os médicos reduziram 25% da força de trabalho o que tem sérias implicações na vida dos cidadãos que ocorrem as unidades hospitalares, como é caso desta jovem que desde semana finda não é atendida.
“Vim fazer consulta com uma médica desde sábado que eu venho aqui não lhe encontro, sinto todo corpo a doer, todo angolano merece um plano de Saúde se os médicos estão exigir melhores condições de trabalho que o façam para o bem de todos angolanos”, reagiu.