O partido do Galo Negro denuncia desalojamento de militantes e dirigentes da UNITA nas várias comunas da Província do Huambo.
Por: Fonseca Tchingui (NFV)
Quando faltam apenas dois meses para as eleições gerais no país, o recrudescimento de casos de intolerância política traduzida em atos de destruição de infraestruturas, retirada de bandeiras, desalojamento dos militantes dos partidos na oposição, rixas entre outros incidentes que minam o bom ambiente político, estão a inviabilizar o exercício de atividade política do maior Partido na oposição, a UNITA e não só, na província do Huambo. O Secretário provincial adjunto do Partido do Galo Negro Eduardo Dumba que fez a denúncia, atribui autoria dos atos de vandalismo ao Partido no Poder.
O dirigente da UNITA que falava para o NFV no espaço Mwangolé desta terça-feira dia 31 de Maio, disse que o seu partido propôs às autoridades locais a criação de uma comissão da verdade para constatar a veracidade dos factos nas localidades onde os seus militantes são vítimas, mas sem sucesso.
“A Comuna da Cakoma, Município de Ekuma a Oeste daqui da Província do Huambo, a Comuna do Mbave no Município de Tchicala Tcholohanga, a comuna da Ngalangue, Kumbila, ambas do Município do Loduimbar a norte da Província do Huambo, são zonas onde as populações transformadas em milícias armadas, em milícias que insurgem-se contra militantes da UNITA”, denunciou.
A mesma denúncia veio do secretário para Informação do Partido de Renovação Social PRS no Huambo, José Bento Xavier.
“Só para acrescentar a área do Lepi, também temos sofrido bastante e sem esquecermos o Município da Tchicala Tcholohanga”, sustentou.
O acadêmico Sebastião da Silva disse que a democracia é um grande ganho que deve ser defendida em honra àqueles que se debateram por ela e, os angolanos estão condenados a conviver na diferença.
“Podemos não ter os mesmos princípios, as mesmas convicções, as mesmas ideologias, a democracia condena-nos a conviver juntos”, salientou.
E o ativista social, Inocêncio de Brito pede a sociedade civil e os órgãos de comunicação social a denunciarem os atos de intolerância política no sentido de se criar uma coabitação política salutar.
“Tudo que esta acontecer agora, acontece sempre sobre tudo em período eleitorais, então a sociedade civil é que deve saber defender-se, os cidadãos deve saber defender-se porque é constrangedor por exemplo termos este quadro que aqui acorrer no Huambo e que não há divulgação destes casos, é preciso denunciar”, frisou.
Entretanto o MPLA um dos convidados ao debate onde deveria responder as acusações de outros partidos não se fez presente, por razões desconhecidas, mas o NFV tudo fez para falar com o segundo secretário do partido dos camaradas do MPLA no Huambo, Adérito Chimuko, nega as acusações.
“Não existem desalojamento por ser militante da UNITA ou daquele partido, não é verdade. Os factos têm pendor muito histórico muito pesado”, respondeu.