ASPECTOS QUE O EXECUTIVO CESSANTE NÃO PRECATOU NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS E A REFLEXÃO QUE SE IMPÕE

25.09.2022

No prisma da retrospetiva importa descortinar o mosaico dos factos marcantes dos últimos cinco anos cujas repercussões pesaram sobremaneira à vida das populações, com maior incidência as de baixa renda fustigadas pela subida galopante e incessante dos preços dos produtos mais consumidos, ou seja, da cesta básica, o que recomenda ao novo governo a utilização do melhor corrector para este e outros males que afligem as famílias angolanas.

Por: Fonseca Tchingui (NFV)

Fonseca Tchingui, jornalista comunitário e editor do NFV

O ilogismo e a ineficácia das políticas de empregabilidade, a insuficiência e o difícil acesso às instituições de ensino médio e superior, públicos, assim como a falta de uma política habitacional mais realista e abrangente virada para a juventude, porque ainda existem muitos jovens sem tecto, ou seja,o sonho da casa própria ainda longe de se tornar realidade são itens sobre os quais que o novo colégio dos camaradas deverá reflectir, caso queira evitar penalizações mais pesadas que as do último pleito eleitoral.

Que venham as unidades fabris e a revitalização do sector pesqueiro anunciados durante a campanha eleitoral pelo Presidente reeleito João Lourenço, para diminuir os soldados do exército de desempregados.

Segundo analistas no Namibe, as derrotas sofridas em Luanda, Zaire e Cabinda, cujos habitantes há décadas vêm reclamando o benefício das riquezas locais, poderá estar na base do descalabro sofrido pelo partido maioritário nestas regiões do país, o que urge corrigir no primeiro ano deste mandato. Ainda de acordo com os observadores atentos, o mesmo aviso à navegação vem das províncias da região leste do país ricas em minerais, onde a incômoda sombra de assimetrias faz o degradado tecido social das populações locais que dizem não usufruir dos benefícios das indústrias extractivas de diamantes implantadas na Lunda-Norte situação associada à falta de vias de comunicação rodoviária principal factor que está na base de escassez gritante e encarecimento de produtos agrícolas. Alguma atenção foi dada ao sector da agricultura, mas passou despercebido o elevado custo de fertilizantes, com um impacto negativo para a vida dos camponeses e dos consumidores dos produtos do campo.

Um voltar de olhos às infra-estruturas nota-se no sector da educação a desproporção entre escolas e o número de professores, daí nasceu o fenômeno crianças fora do sistema de ensino. O mesmo se pode divisar no sector da saúde, mais unidades sanitárias que recursos humanos, sem descurar, no entanto, a qualidade de algumas obras que deixa muito a desejar. Os concursos públicos foram ensombrados com irregularidades desmedidas que geraram ondas de protestos por parte dos jovens fartos de militar no exército dos desempregados, principal causa do recrudescimento da delinquência juvenil e actos de vandalismo que ocorrem um pouco por todo o país.

Basta um clique no imposto do valor acrescentado-IVA, para vermos com alguma displicência como colocou na mó de baixo os estabelecimentos comerciais de empresários angolanos e o preço do pão fora do alcance da algibeira do já desfavorecido e pacto cidadão.

A palavra “poupança” já não faz parte do vocabulário do cidadão devido ao magro salário e o elevado custo de vida.De resto oremos para que as promessas eleitorais venham ser materializado, que a resolução dos problemas do povo seja um facto tal como recomendou António Agostinho Neto e, como sempre, que Deus no acuda. Amém!

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