Augusto Baptista, Secretário provincial do Sindicato dos professores na Província a mais sul do País, Cunene, disse que a situação da seca e fome que graças as comunidades locais, tem motivado a desistência de muitos petizes.
“São famílias pobres, o meio de sustento é a criação de gado, então os filhos são obrigados a seguirem os pais em consequência da seca”, disse.
É necessário que o governo crie políticas assertivas para contrapor a situação da seca que já é cíclica na região sul do País em particular na Província do Cunene.
seca no Cunene foto (arquivo 2021)
“Temos trabalhado com executivo local no sentido de buscar sinergia para encontrar soluções, sobre tudo a criação de Chimpacas e sondas para acudir as comunidades vítimas da seca”, afirmou.
A problemática de crianças que estudam por debaixo de árvores na Província do Cunene também outra preocupação que inquieta o sindicato dos professores naquela Província.
“Temos ainda crianças que estudam por debaixo de árvores, temos salas precárias, temos falta de habitabilidade para os professores que lecionam nestas zonas longínquas, que muitas das vezes são obrigados a viverem nas dos sobas há muitas situações que apoquentam o sector da educação na Província do Cunene”, concluiu o sindicalista.
Já na Província da Huíla, vem o clamor de professores que labutam em péssimas condições segundo disse João Francisco, igualmente secretário provincial do SINPROF.
“ O salário do professor é dividido em três partes, uma para família, outra parte fica na estrada e outra parte é para o consumo do professor onde lá trabalha, então são estas situações que temos vindo debater com o Ministério da Educação para que se melhore as condições de trabalho dos professores”, disse.
Para Martinho Nganga, Secretário do SINPROF Namibe, nas vestes de Coordenador regional sul Sindicato dos professores Angolanos, afirma que durante o ano letivo tem frequente o abandono de crianças devido a seca nos Municípios do Camucuio, Bibala e Virei este último como maior índice.
“Nós temos assistido o abandono de alunos das salas de aulas na nossa Província em função da situação social das famílias, o Tombwa, Virei, Camucuio e norte do Município da Bibala encontram esta realidade”, disse.
Estas declarações foram proferidas a margem da recente visita ao Namibe do Presidente Nacional do Sindicato dos professores angolanos, Guilherme Silva.