SINPROF promete paralisar as aulas nos próximos dias caso o Executivo Angolano não atenda suas reivindicações
Guilherme Silva, Presidente Nacional do Sindicato dos Professores angolanos, disse que é preciso dispartidarizar as instituições de ensino para o bem do sector da educação em Angola.
Por: Fonseca Tchingui (NFV)
Guilherme Silva, Presidente Nacional do Sindicato dos Professores angolanos
“A CR, consagra o direito do trabalhador, fazer greve quando não tem satisfação dos seus direitos, o país é de todos nós, primeiros está Angola depois vem o resto, não podemos entender que enquanto sindicato para um individuo ser nomeado director de uma escola, subdiretor ou coordenador de disciplina e de classe, é necessário que ele seja militante Estamos aonde? Essas funções são técnicas não são políticas. A transformação da educação começa com o professor então a nossa luta deve ser a despartidarização das instituições de ensino”, salientou.
O excesso de alunos em salas de aulas também é outra preocupação do SINPROF Nacional.
“nós temos províncias como na Lunda Sul onde encontramos duzentos alunos (200), o professor dá aula como estivesse no óbito”, criticou o sindicalista tendo sublinhado que caso o sector não responder as reivindicações dos professores até Dezembro do ano em curso vão decretar greve.
E os professores manifestam-se revoltados com as condições em que trabalham e dos míseros salários.
“É preciso que o Ministério da Educação reveja a questão dos professores que trabalham em zonas muito distantes das capitais de províncias, é muito triste o que agente vive, quando nós lamentamos aos Administradores municipais eles dizem que quem de mandou concorrer ali, então este tipo de comportamento é que torna-me revolucionário. Trabalhei durante 14 anos na localidade do rocha Magalhães Município do Tombwa e a situação é precária, um colchão para nove professores”, desabafou.
Por seu turno, Agostinho Sebastião Neto, Director do Gabinete Provincial da Educação no Namibe, garantiu que o governo local vai continuar a manter o diálogo com o sindicato em busca de resoluções dos problemas que inquietam a classe docente.
“É sabido que a qualidade ensino no nosso País necessita da prosperidade de cada professor, daí que o governo provincial do Namibe tem consciência da sua obrigação promover dentro das suas disponibilidades as condições de trabalhos dos professores para que estes possam desenvolver a sua atividade em melhores condições”, frisou.
SINPROF promete paralisar as aulas nos próximos dias caso o Executivo não atenda suas reivindicações.
Lembrar que hoje o presidente nacional do SINPROF Guilherme Silva, acompanhado pelos Secretários Eguimar Jigumba, secretário Nacional, Martinho Nganga, coordenador regional sul do SINPROF, João Francisco, secretário provincial do SINPROF na Huila e do Secretário provincial do SINPROF no Cunene, trabalham no Município do Virei província do Namibe, onde a situação social dos professores é mais crítica por conta da seca e fome que assola região.