MULHERES PEXEIRAS NO TOMBWA PEDEM APOIOS À PRIMEIRA-DAMA DA REPÚBLICA ANA DIAS LOURENÇO

12.01.2023

As mulheres peixeiras no município piscatório do Tombwa, província do Namibe, pediram nesta quarta-feira, 11 de Janeiro, à primeira-dama República de Angola Ana Dias Lourenço, apoio material e financeiro para aumentar os níveis de captura do pescado para impulsionar os seus negócios.

Por Fonseca Tchingui

São maioritariamente mulheres que dedicam-se a pesca artesanal na costa marítima daquele município, devido as dificuldades que enfrentam no dia-a-dia, motivadas pela falta de apoios institucionais.

Mulheres que dedicam-se a pesca artesanal no Tombwa-Namibe

A equipa de reportagem do projecto Namibe Fala Verdade e em especial ao espaço “Mwangolê Fala Verdade” foi recebida, na orla marítima daquele município, concretamente na zona do bairro 17 de Setembro, onde as mulheres reafirmaram o seu engajamento na luta contra as dificuldades sociais. O mar é a melhor lavra, mas para aquelas mulheres que vivem em locais onde não há mar, devem também vender de tudo um pouco para o seu sustento, menos envolverem-se na prostituição. Ana Cassapy, líder das mulheres peixeiras, em declarações ao NFV, disse que trabalha no mar há muitos anos e, no passado os índices de capturas do pescado eram maiores, em relação ao momento actual em consequência do surgimento da pesca de arrasto que arrasta tudo na costa marítima do Tombwa.

“Antigamente o mar do Tombwa dava de comer muitas famílias, agora não saí muito peixe, devido a pesca de arrasto feita pelas embarcações de chinesas, nós mulheres peixeiras no Tombwa estamos bem unidas ”, disse.

Algumas delas com vinte e vinte e sete (7) anos de trabalho na praia dizem que nunca beneficiaram dos fundos constituídos pelas autoridades governamentais, e pedem a primeira-dama da República de Angola que os apoios do Estado também devem chegar ao município do piscatório do Tombwa.

“Sou Verónica Júlia José, peixeira há 27 anos, durante estes anos todos já passei por várias dificuldades no exercício do meu negócio, nunca recebi apoios do governo mas graças a Deus luto todos dias para dar de comer aos meus filhos. Nós mulheres queremos apoios da primeira-dama Ana Dias Lourenço”, disse.

Os jovens no Município do Tombwa também dizem que no mar encontraram o primeiro emprego. Para Fernando Namuya, um dos jovens que abandonou os estudos na sétima classe para se dedicar a pesca artesanal disse ao NFV, que só uma chata pode produzir três á quatro milhões de kwanzas por mês. Namuya esclareceu ainda que os jovens do município do Tombwa não enveredam pela delinquência juvenil, porque a lavra “o mar”, oferece oportunidades à juventude, e se o governo apoiasse os jovens com chatas, Tombwa poderia conhecer dias melhores.

Tombwa ontem, Tombwa hoje, Tombwa amanhã, está em dia, prevalece o nome e o resto depende da atitude do seu povo, disse o ancião Fernando Jolima, mais conhecido por Kalume de 67 anos de idade, natural da província da Huíla.

Abelardo Lemba, Administrador municipal do Tombwa

O povo falou e as autoridades governamentais do município do Tombwa responderam as inquietações das comunidades locais. Abelardo Lemba, Administrador municipal do Tombwa, em entrevista exclusiva à VOA e ao NFV, em jeito de resposta as preocupações ora apresentadas pelas mulheres peixeiras e não só, disse que vários são os seguimentos instrutivos de apoios as mulheres empreendedoras no âmbito do programa de combate a fome e a pobreza naquele município.

“Primeiramente queremos dar uma nota de reconhecimento a todas essas guerreiras (mulheres) que acordam todas manhãs para poder se fazer ao mar para o trabalho de processamento de peixe e, esta atividade tem ajudado muito na sua subsistência Essas mamães acabam por sustentar até os próprios maridos, muitos destes atirados ao desemprego em consequência da falência de empresas de conservação e transformação de peixe” reconheceu.

“Nós enquanto responsáveis da Administração municipal do Tombwa, temos estado fazer um acompanhamento minucioso dos problemas que afectam este grupo no sentido de encontrarmos medidas mais concretas para que de forma pontual consigamos resolver os seus problemas”, disse Abelardo Lemba.

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