Ngola Kimbanda, principal unidade sanitária de referência na província do Namibe, apenas tem 420 técnicos e funcionários auxiliares de saúde, número considerado ínfimo para atender a demanda.
Por: Fonseca Tchingui
O hospital Ngola Kimbanda intervencionado e equipado com técnica de ponta e inaugurado em 2019, no primeiro mandato do Presidente João Lourenço, está aquém da exploração das suas reais capacidades para atender a população.
Passados 4 anos desde que esta unidade sanitária de referência, na capital da província do Namibe, reabriu as portas para o atendimento público dificilmente consegue colocar o seu potencial a demanda por falta de mais quadros, condicionados a factores da quota de admissão de novos quadros para o sector da saúde no Namibe.
Esta preocupação foi apresentada sexta-feira, 7 de Julho de 2023, pelo director Administrativo desta unidade hospitalar Micado Miguel, aos membros da comissão executiva do MPLA, partido que sustenta o governo angolano, no âmbito de ajuda e controlo, radiografando o funcionamento desta maior unidade sanitária na província.
“Os recursos humanos ainda é um problema muito sério para o nosso hospital N´gola Kimbanda. Temos uma previsão no quadro orgânico de 707 quadros e neste momento, apenas temos 420 profissionais, o que dificulta o nosso trabalho. Precisamos de médicos Max facial, neurologistas, neurocirurgião e dermatologistas. Por ausência destes especialistas temo feito recurso a cidade do Lubango”, esclareceu.
“ No mar das dificuldades em matéria de especialistas estamos a trabalhar na área de anestesistas com apenas uma cubana licenciada e os demais são técnicos de enfermagem, o que faz-nos muita falta a ausência de médicos e especialistas” referiu.
Realçou por outro lado que enquanto prevalecer tal défice, os doentes com trauma crânio cefálico passarão a ser transferidos para hospital central do Lubango, província da Huíla para o tratamento com altos custos de transporte e dificuldades de acomodação da família acompanhante.
“Diariamente transferimos um á dois pacientes para o Hospital Central Dr. António Agostinho Neto na cidade do Lubango, é muito complicado para as famílias ”, descreveu.
O hospital N´gola, construído na década de 70, no tempo colonial, foi reabilitado em 2019 e reinaugurado pelo presidente da república João Lourenço, com uma capacidade de mais de cem camas (100), hoje já não suporta os serviços hospitalares face a demanda populacional da província com casos de especialização que a província não se dispõe.
“ Os serviços de saúde para a resposta urgente aumentaram, aqui mos de tudo um pouco, esta sala onde nos encontramos é uma copa para os doentes de medicina, estamos usa-la como sala de reuniões. O banco de urgência, esta fora de contexto, o bloco operatório também ide, a fisioterapia está improvisada também, então a situação está mesmo complicada, precisamos de um novo hospital que responda as exigências actuais”, disse.
Os pacientes internados, falando para os dirigentes do partido em visita ao Hospital, enalteceram o empenho e entrega dos técnicos de saúde desta unidade, que segundo eles, tem feito o seu melhor no que diz a assistência médica e medicamentosa.
“Estou aqui a três semanas, tenho hepatite B, neste momento sinto-me bem. O atendimento tem sido bom. O que nós queremos é que o governo pense na construção de um outro hospital maior, porque este foi construído em 1970, no tempo colonial r a densidade populacional daquela época era pouca e agora os angolanos multiplicaram-se bem”, reagiram Domingas e Marlene.
A delegação do MPLA, esteve chefiada pelo segundo secretário provincial, Victor Ntyamba, que percorreu as unidades sanitárias dos bairros, onde a situação não difere quanto a situação física das infra-estruturas, que reclamam requalificação para acomodar os pacientes e os profissionais.
O político no final da jornada de campo, disse que enquanto partido que governa é nossa obrigação fiscalizar os actos do executivo e sugerir ao governo melhorias la onde for necessário.
-“Nós ganhamos as eleições, estamos a governar, estamos acompanhar o nível de execução e nível do trabalho que os nossos hospitais, centros médicos têm vindo oferecer as nossas comunidades”, acrescento por outro lado que as preocupações levantadas vão merecer atenção do seu partido a bem da nossa província”, concluiu. FT