Governo diz que não vai permitir que “cidadãos possam inverter a ordem” nas Lundas

14.10.2023

Duzentas pessoas continuam detidos depois de uma manifestalão de apoio à proclamação da autonomia das Lundas porJota Filipe Malakito. .

VOA
O ministro angolano da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos “Liberdade”, advertiu nesta quarta-feira, 11, que o Governo “não vai permitir que grupos de cidadãos possam inverter a ordem, por isso é que estamos aqui”.Ernesto dos Santos falava a partir da cidade do Luena, província do Moxico, numa primeira reação pública aos tumultos registados no domingo, 8, na cidade de Saurimo, província da Lunda Sul, que resultou na detenção de mais de 200 cidadãos acusados de tentativa de rebelião e de ocupação de instituições do Estado.

Depois de assegurar que a situação na região leste do país “está estável e controlada” , o ministro da Defesa sugeriu que as populações “devem estar atentas e vigilantes para não permitir situações do género”.

O governante chefia uma delegação que integra os ministros do Interior, Eugénio Laborinho, e da Administração do Território, Dionísio da Fonseca, enviada, de urgência, pelo Presidente da República às regiões do Leste do país, onde reuniu-se com os governadores das províncias da Lunda Norte, Lunda Sul e doMoxico.

A delegação termina a sua missão na cidade de Menongue, província do Cuando Cubango, a última das quatro regiões falantes da língua nacional tchokwe, onde se vai reunir com o governador local, José Martins.

Os encontros foram descritos pela imprensa pública como “ o seguimento de uma orientação do Presidente da República, João Lourenço, que visou analisar o estado actual da região”

Enquanto isso, o Tribunal da Polícia na província da Lunda-Sul previa iniciar na terça-feira, 17, o julgamento sumário de 140 dos mais de 200 detidos.

O porta-voz da polícia naquela província, Florêncio de Almeida, assegurou à Voz da América que 50 outros foram encaminhados ao juiz de garantia para “a legalização da situação carcerária e aguardar por um processo de querela”.

A manifestação visou supostamente apoiar o ato de proclamação da autonomia das Lundas dirigido pelo cidadão Jota Filipe Malakito, líder de uma fação pró-autonomia, titulada de Manifesto Jurídico Sociológico do povo Lunda-Tchokwe (MJSPLT) .

A organização, não reconhecida pelo Estado angolano foi citada, em Luanda, como tendo anunciado igualmente que após a autoproclamada “República das Lundas”, este grupo será transformado no Partido Democrático da Defesa do Estado Lunda-Tchokwe (PDDELT).

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