Preço de fertilizantes ameaça agricultores no sul de Angola
28.10.2023
Com a subida do preço de fertilizantes de 20 dólares no princípio do ano em curso para 49 dólares americanos ao actual câmbio, aliado a depreciação do valor de compra dos produtos agrícolas nos mercados locais, as mulheres do campo temem falir nas próximas campanhas agrícolas.
Por: Armando Chicoca
Fonte:VOA
Maria da Conceição, residente no bairro Epalala, cidade de Ondjiva, província do Cunene, manifestou assim a sua inquietação.
“Os camponeses estão à rasca e estão a pedir socorro ao governo para encontrar formas de baixar o preço de adubos e outros fertilizantes”.
Juliana Rodrigues Kessongo, também escolheu trabalhar a terra no Cunene, desta forma não é possível combater a fome.
“O adubo está difícil, só existe nas lojas ao preço de 48.000.00, equivalente a quase 50 dólares americanos, queremos o apoio do estado”, reagiu
A escassez de fertilizante na província, é uma das causas da subida galopante do Cunene, segundo disse Carlos José, Director da Agricultura no Cunene.
“O adubo está caro porque há escassez a nível do país, embora o governo esteja a injectar algumas quantidades em algumas províncias, não vai atender a demanda, a procura é maior e nós no Cunene ainda não recebemos”, esclareceu.
A agricultura joga um papel importante na mitigação da fome no sul de Angola, mas a situação do Cunene não difere do problema do Namibe, segundo disse Canjala Jolima, camponesa no vale do Giraul de baixo.
“Produzo no Giraul de baixo. Os adubos e outros produtos do campo estão muito caros. um saco de adubo está no valor de 48.000.00, equivalente a 48 dólares americanos e por altura da venda o produto do campo sobre desvalorização do dinheiro investido e assim não tem rendimento e as pessoas não terão dinheiro para garantir os próximos cultivos”, reagiu.
“Estou a pedir ao nosso Presidente João Lourenço, o preço dos fertilizantes estão muito caro, deve mandar baixar”, realçou.
Zonza Puissa, director Provincial da Agricultura tem outra visão, a do homólogo do Cunene em relação a inquietação das mulheres que gostam de trabalhar a terra no Namibe.
“Não há comparação possível porque no ano passado o câmbio da moeda externa estava baixo e nós não produzimos fertilizantes no país, então não temos como. O preço do fertilizante vai depender do valor do câmbio da moeda externa”, disse.
Aquele responsável esclareceu as modalidades de cálculo para se estipular o preço e defende a fiscalização contra a especulação.
“Não se pode aplicar preços arbitrariamente, há uma margem de cálculo para os que importam fertilizantes, atendendo o preço de compra com outros encargos de transporte, mas também há fiscalização”, concluiu.
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