NFV FORA D` HORAS 26-03-2024

27.03.2024

Noticiário NFV, edição de terça-feira dia 25 de Março de 2024 com os seguintes tópicas:

1 – Malária matou sete pessoas este mês no município do Camucuio;

2 – Namibe: governo da província quer envolvimento das igrejas no combate ao vandalismo;

3 – Governo do Huambo vai realojar moradores dos prédios degradados e PRS no Huambo denúncia oportunistas que aproveitam-se da situação;

4 – Kwenda pode estar comprometido no Tômbwa por inclusão de cidadãos da classe média no programa;

5 – Ala angolana da Igreja Universal do Reino de Deus não aceita decisão do governo e vai manifestar-se.

 

Somos à rádio NFV, coordenação e supervisão de Armando Chicoca, edita Esmael Pena, produção de Domingos Marques, eu sou a Ester Culembe, com apoios do NED e da Open Society.

 

Sete pessoas morreram vítimas de Malária este mês de Março, no município do Camucuio, província do Namibe, dos quinhentos(500) casos diagnosticados. A informação foi revelada pelo responsável local da saúde, José Ngonga, à uma comissão multissectorial que se deslocou àquele município, para constatar os índices da doença que se elevam a cada dia que passa.

“Atendeu-se mil e quarenta e dois (1042) pacientes em diversas faixas etárias, e destas quinhentos e seis (506) são casos diagnosticados com malária, o que representa trinta e dois porcentos (32%) de todos os casos registados no hospital municipal do Camucuio. Infelizmente no mesmo período em analise foram reportados onze (11) casos que levaram a a óbito dos quais ste(7) foram causados pela malária o que representa sessenta e quatro porcento (64%) do total de óbitos até então registado”.

José Ngonga, responsável do hospital municipal do Camucuio

 

José Ngonga aponta como uma das causas das mortes, a falta de medicamentos, mosquiteiros, viatura para fumigação e a chegada tardia dos pacientes as unidades sanitárias.

“Este cenário é agravado com a chegada tardia dos pacientes nas unidades sanitárias motivada na maioria dos casos pela procura de terapeutas tradicionais vulgo kimbandas, igrajas e postos privados não autorizados, cujo o esforço pela direcção municipal tem sido evidados para a inversão do quadro desta situação, a ser continuamente feito outras deligências para contrapormos aqueles que praticam o exercício mas sem legalização. A direcção municipal sente-se preocupado em função das necessidades também que se empõem, principalmente com device anti-malarico, teste de diagnostico rápido, falta de rede mosquiteira e device de viatura de fomigação”.

José Ngonga, responsável do hospital do Camucuio

 

O director provincial da saúde do Namibe, Coríntios Miguel, assegurou que uma equipa integrada por técnicos do sector que dirige, e da organização mundial da saúde, trabalha na comuna das Cacimbas, município do Camucuio, considerada como o epicentro da doença.

Coríntios Miguel, Director do gabinete provincial da saúde do Namibe

“Primeiro temos que alterar o processo de prevenção, nesta fase pelo menos, nos próximos catorze (14) dias a nossa equipa técnica deslocou-se agora para Cacimba, a organização Mundial da saúde a equipa de vigilância epidemiologica que da avaliação feita, deu-se conta que a maioria dos casos veio daí, logo a nossa indicação seria que as medidas de prevenção devem ser direcionado de acordo com o foco identificado, se o número de casos é maior lá, então é incidência das medidas emergenciais devem ser exatamente nessas localidades”.

Autoridades da província do Namibe, preocupadas com o aumento exponencial de casos de Malária, que já matou sete pessoas este mês no município do Camucuio.

 

O governo provincial do Namibe quer o envolvimento dos seus parceiros sociais, as igrejas, na sensibilização dos cidadãos através do evangelho para o combate aos actos de vandalismo. O apelo foi lançado pelo Administrador Municipal de Moçâmedes, José Domingos Correia, durante um culto provincial da Assembleia de Deus Pentecostal.

José Domingos Correia, Administrador do município de Moçamedes

“Hoje temos um fenómeno que estamos a combater todos, que é a vandalização dos bens públicos, mesmo que os tribunais condenem, mesmo que a polícia prenda, mas sem a palavra de Deus não há como causar mudança de comportamento, coisa que as pessoas não irão conseguir, aí está o papel da igreja”.

José Domingos Correia, Administrador municipal de Moçâmedes, província do Namibe. O Governo quer a colaboração das igrejas na sensibilização dos cidadãos através do evangelho, para o combate ao vandalismo que se assiste um pouco por todo o país.

 

Na província do Huambo, os moradores dos prédios em risco de desabamento, foram evacuados, e vão beneficiar de novas residências depois de cadastrados. Entretanto, segundo denúncias do Secretário provincial do Partido de Renovação Social local, Solya Solende Lumumba, indivíduos oportunistas, militantes do partido governante, também estão a cadastrar-se para obterem novas residências.

Solya Solende Lumumba, Secretário provincial do PRS no Huambo

“Mas ainda as pessoas continuam lá, só vou dizer que a minha primeira preocupação foi ouvida quando eu dar conta que as pessoas foram retiradas do prédio precário porque ainda lá estão, o governo anuio, as televisões mostraram e também o ministro das obras públicas estão a falar respectivamente a isto mas há aqui um problema, das habitações que serão entregues a essas pessoas há infiltração, há aqueles que pertencem ao partido que estão a tentar entrar aí mesmo não residindo no prédio da FAPA e ANGOTEL, e a nossa preocupação sinje-se nisto, não queremos ver infiltrados, pessoas que não residem nestes prédios a benefiaciarem-se das casas, estamos a acompanhar milimetricamente este promenor, apelamos ao governo a ter atenção com os infiltrados, também queremos que seje com prontidão porque a vida não se remedeia pois o lugar que estamos a alencar estão mesmo precários, não sabes até quando é que os prédios pelas condições que nos apresentam suportarão, mas rogamos a Deus que o pior não aconteça, que as pessoas saiam com urgência para serem acomodados em lugares mais seguros. Fala-se que os moradores desses prédios serão alojados para a centralidade da Caala ou do Bailundo queriamos que a informação seje mais clara para que as pessoas tenham noção do lugar onde irão”.

Denúncias do Secretário provincial do Partido de Renovação Social no Huambo, Solya Solende Lumumba. Indivíduos oportunistas, militantes do partido governante, também estão a cadastrar-se para obterem novas residências, em detrimento dos moradores dos prédios em risco de desabamento.

 

No município do Tômbwa, província do Namibe, a primeira fase de transferências monetárias às camadas vulneráveis, vulgo KWENDA, beneficiou também indivíduos da classe média, situação que pode comprometer a seriedade do programa. A diretora do Fundo de Apoio Social-FAS, Nayola Araújo, que denunciou o facto às autoridades locais, advertiu que enquanto não forem ultrapassadas essas irregularidades, a outra fase pode estar comprometida.

“Quem já tem alguma renda não pode fazer parte destas três vezes, o foco é para quem é pobre, porque nos deparamos na avaliação de algumas informações e de dados recolhidos, que há pessoas que até têm três (3), quatro (4) chatas, é que foram cadastradas e omitiram essa informação, e foram validados com vulneráveis. Para amanhã não termos culpados no processo, já ainda não chegamos aos pagamentos, estamos a insistir nessa situação, porque o pagamento vai depender muito da seriedade que nós tivermos, e da colaboração de vocês, nos finais de abriu estaremos preparados para fazer pagamento no Tômbwa, mas enquanto tiver essas informações e nos depararmos com essas situações contrarias, a gente não vem”.

Nayola Araújo, Diretora do Fundo de Apoio Social-FAS

Diretora do Fundo de Apoio Social-FAS, Nayola Araújo. No município do Tômbwa, indivíduos oportunistas de renda média, cadastraram-se e beneficiaram da primeira fase do Kwenda, o que pode comprometer a seriedade do programa.

 

A ala angolana da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), não aceita a decisão do governo e vai manifestar-se na sexta-feira. Venâncio Rodrigues da Voz da América em Luanda, tem os pormenores desta notícia.

A ala angolana da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) manifesta-se inconformada com o reconhecimento pelo governo da rival brasileira, afirmando não se rever no recente decreto do Ministério da Cultura que altera os símbolos da agremiação e reconhece a facção dirigida pelo também angolano, Alberto Segunda

O Governo angolano reconheceu recentemente, em decreto, a nova denominação da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) Angola, que passou a designar-se Igreja do Reino de Deus em Angola (IRDA) e determinou a transferência de todo o património para a nova entidade.

Valente Bizarra Luís, que lidera o grupo dissidente daquela organização religiosa anunciou para esta sexta-feira,22, uma vigília defronte as instalações do Ministério da Cultura, com a presença de fiéis.

Bizerra e cerca de uma centena de seus seguidores estiveram nesta segunda-feira,18, junto do Ministério da Cultura para apresentar formalmente a sua contestação, mas não foram recebidos pelo titular da pasta, Filipe Zau.

“A única coisa que o decreto faz mensão e nos deixa revoltado é de dizer que há uma direcção que no dia 8 de Fevereiro reuniu, e daí saiu a lideração para mudar o nome da Instituição e a sigla da mesma, os estatutos não dizem que o forum da assembleia deve ser feito na eleição do novo lider através de novos membros mas sim os membros do clero, então houve muitas ilegalidades que o lado brasileiro estava a cometer, não respeitando os acordos e nós ficamos surpresos com a saida desse decreto”.

Entretanto, o sociologo joão Lucombo entende que os interesses políticos angolanos e brasileiros, sobrepuseram-se as decisões dos tribunais angolanos e contribuiram para a decisão de Angola no caso a igreja Universal do rei de Deus, fundada por Edy Macedo.

“Eu posso deduzir que os interesses políticos falaram mais alto, e que os interesses estão acima da amizade, talvez isso sobressaiu como oposição porque se hoje a ala angolana diz que tem também motivo para reagir, ou tentar impugnar essa tomada de posição depende, porque o nosso sistema de justiça quando os interesses estão em cima, a parte fraca acaba por sucumbir. Não é o primeiro caso que a nossa justiça recorre as medidas… Vamos ver se a parte contrária vai ser ouvida, se assim for tudo bem, se não, é o que eu já disse, os interesses falaram mais alto”.

O conflito interno na IURD remonta ao ano de 2019, altura em que um grupo de fiéis dissidentes em Angola acusaram a direção brasileira de crimes financeiros, racismo, discriminação e abuso de autoridade e obrigação da vasectomia.

Esta facção tinha sido, num primeiro momento, reconhecida pelo Governo angolano como legítima representante do movimento religioso brasileiro.

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