NFV FORA D` HORAS 28-03-2024

28.03.2024

Noticiário NFV, edição de quinta-feira, 28 de Março de 2024 com os seguintes tópicos:

1 – Reabilitação das ruas da cidade do Tômbwa na agenda do governo provincial do Namibe;

2 – Autoridades do Namibe apreensivas com mortes frequentes por naufrágios;

3 – Falta de água dificulta projectos de arborização dos bairros periféricos da cidade de Moçâmedes;

4 – Secretário do PRS no Huambo considera preocupante crise social das camadas vulneráveis;

5  – Empresas chinesas acusadas de explorar o trabalho infantil em Angola.

 

Somos à rádio NFV, coordenação e supervisão de Armando Chicoca, edita de Esmael Pena, produção de Domingos Marques, eu sou Ester Culembe, com apoios do NED e da Open Society.

 

O tráfego de veículos e motorizadas, no município do Tômbwa têm a circulação mais facilitada e cómoda, com a conclusão da primeira fase das obras de arruamentos e reciclagem de algumas artérias daquela cidade, cuja entrega foi feita nesta quarta-feira 27 ao governo da província, pelo empreiteiro José Pinto, que não precisou o custo da empreitada

“O projeto são 10 quilómetros que foram executados de rolamento aqui no município do Tômbwa, e a Status está aqui para fazer a entrega da obra dos 10 quilómetros da nossa cidade. São 10 quilómetros com passeios os rolamentos com reciclagem nalgumas ruas e sinalização horizontal e vertical. Desde já a empresa Status na presença do senhor governador, toda disponibilidade e todo esforço que nós vimos até agora por questões técnicas e financeiras que conseguimos levar algum porto deste projeto”.

José Pinto, empreiteiro das obras de arruamento e reciclagem do município do Tômbwa

 

A comunidade em mensagem lida na ocasião, pediu que ao governo no sentido de o projeto ser mais extensivo para outras áreas da cidade em onde a circulação de pessoas e bens é feita com dificuldades

“Gostaríamos que o mesmo projeto de reciclagem de estradas, se estendesse nas diferentes localidades que circunscreve a província do Namibe”.

Mensagem da comunidade

 

O governador da província do Namibe Archer Mangueira que recebeu a obra que teve início em Fevereiro de 2021garantiu que fará constar nos próximos orçamentos às áreas do casco urbano intransitáveis

Archer Mangueira, governador da província do Namibe

“Ouvi com bastante atenção e tomei nota a solicitação que nos faz para estender obras deste género para outras localidades. Nós tomamos boa nota e certamente teremos em conta nos nossos planos e nos nossos orçamentos, para os próximos anos, nós decidimos fazer essa obra que iniciou em fevereiro de 2021, porque entendemos que uma cidade tão linda , merecia que tivesse outra apresentação , ruas do casco urbano estavam praticamente intransitável, e agora com a conclusão desta obra temos de facto uma cidade diferente, aproveitamos também fazer além da reciclagem de algumas ruas do casco urbano, novas ruas em sistema TSD vão certamente viabilizar tráfico daqui da cidade do Tômbwa”.

 

Os munícipes, automobilistas e moto-taxistas eram visivelmente satisfeito, a julgar pelas palavras dos entrevistados do NFV. Para atrás ficou esquecido o tempo da lama e da poeira.

“É benefício porque nós estamos aqui a bastante tempo, passávamos mal, andávamos atoa, agora está muito bonito gostamos desta rua, estão direitas e agradecemos muito por isso”.

“Na verdade está mesmo a se trabalhar, porque antigamente estas ruas dificultavam um pouco, por vezes quando levas alguém que está com garrafa de gás, com as subidas e asfaltos, dificultava, e agora vimos que mudou muito, Já não tem mais buracos, isto é muito benéfico para nós”.

“Achamos muito melhor, anteriormente estava mal, quando chovia era muita lama, não tínhamos como passar e tínhamos que colocar pedras para as pessoas poderem passar, mas agora com a reabilitação da estrada vimos que está muito melhor”.

Munícipes do Tômbwa

 

Munícipes do Tômbwa e as vantagens das ruas reabilitadas. Taxistas e moto-taxistas têm agora a circulação facilitada.

Os frequentes mortes por naufrágios de embarcações de pesca artesanal, devido a violação das regras de navegação em desrespeito às autoridades marítimas, está preocupar o governo da província do Namibe. De recordar que o mais recente acidente marítimo aconteceu no passado dia dois do mês curso na comuna piscatória da Lucira, que provocou a morte de ove pessoas. Uma comitiva multissectorial encabeçada pelo vice-governador para o sector social e económico, Abel Kapitango foi recentemente a Lucira sensibilizar a população que vive à beira mar.

Abel Kapitango, Vice-governador da província do Namibe

“Nós no passado 2 de março, tivemos daquele triste acidente que vitimou cidadãos, entre eles crianças, mulheres isto serviu de nós uma reflexão, obviamente tínhamos que cá vir, o principal foco foi a praia do bom fim, mas o objetivo se estendeu à todas estas praias”.

 

 

 

Frequentes mortes por naufrágios de embarcações de pesca artesanal, está preocupar o governo da província do Namibe.

 

O tecido social das comunidades rurais da província do Huambo, agudiza-se cada vez mais.  As famílias vulneráveis estão abraços com a extrema pobreza, fome e a circulação feita com sérias dificuldades devido ao mau estado das vias de acesso. A constatação tem sido feita pelo Secretário provincial do Partido de Renovação Social, naquela província Solya Solende Lumumba.

Solya Solende Lumumba, secretário provincial do PRS no Huambo

“Olhando por aquilo que a população do Huambo, aquele que nos delimita geograficamente Tchindjenje ao Cachiungo, do Mungo até de facto a área toda Danda vila em calima nós vemos que a população do Huambo hoje grita, sofre e está passar por momentos muito difícil. A fome está a matar muita as pessoas, a fome em todo canto, nas áreas onde ouve cultivo as pessoas não conseguem chegar porque as estradas estão precárias, o governo remedeia-se em fazer reabilitação de estradas e de facto terra planagem e infelizmente no tempo próprio para fazer essas estradas, quase que a gente não vê nada. As estradas vimos a tempo que ouve uma terra planagem, na estrada que faz ligação com o Sambo. Essa estrada eu passei por ali a tempo, e aqueles que acompanharam, eu fiz uma publicação porque não é possível ir para aquela área, a não ser que as pessoas vão a pé, porque não existe estrada”.

Secretário provincial do Partido de Renovação Social, no Huambo, Solya Solende Lumumba e a crise social que vive as comunidades rurais.

 

O problema da falta de água está a inviabilizar o projeto de arborização de alguns bairros periféricos da cidade de Moçâmedes capital da província do Namibe. O lamento é do Chefe do Departamento

“Temos falta de água, está a ser uma gestão renhida como se diz, nesta altura a sobrevivência destas plantas não passa os 25%. Aída, 5 de Abril, Boa esperança, Bagdá, e zona do Chitoto-2 temos essa dificuldade e muitas são zonas críticas que o IDF gostaria de ver mais verde, mais arborizadas e infelizmente não temos esta condição”.

Pedro Joaquim, chefe do Departamento do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Namibe

 

Chefe do Departamento   do Instituto de Desenvolvimento do Namibe Florestal Pedro Joaquim, lamenta a falta de água para a manutenção das plantas, situação que dificulta a arborização de alguns bairros.

Um conhecido ativista angolano, Albino Capinala, acusou empresas chinesas de violarem há muito tempo as leis sobre o trabalho infantil em Angola e pediu medidas duras por parte das autoridades. Coke Mucuta da Voz de América em Luanda, tem mais detalhes.

O governo angolano aprovou, em Junho do ano passado, o Plano de Erradicação do Trabalho Infantil, sob a coordenação dos Ministérios da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, bem como da Acção Social, Família e Promoção da Mulher.

O plano abrange diversas ações destinadas a mitigar o problema do trabalho infantil. Contudo, desde a sua apresentação, há ausência de informações sobre os resultados das medidas implementadas pelas autoridades.

A SADC alertou para um aumento da exploração do trabalho infantil na região e instou os governos a intensificarem os esforços para combater essa situação.

Um jovem de 17 anos, de nome Miguel Francisco, proveniente da província da Huíla, relata que tanto ele quanto vários dos seus colegas estão envolvidos na construção da segunda fase do shopping Cidade da China, em Viana. “Trabalho aqui há três meses, vim do Lubango. Somos muitos. Trabalhamos na construção da nova Sã Pã”, disse.

Para além dos meninos que abandonam a escola para trabalhar como engraxador de sapatos ou vendedor de diferentes produtos, na capital é possível encontrar crianças entre os 10 e os 17 anos a lavar carros ou a fazer outro tipo de trabalho, como limpeza de grandes terrenos.

Francisco João Narciso, de 16 anos, que está envolvido na construção de uma zona residencial, compartilha as motivações por trás desse empreendimento.

“O dinheiro serve para comprar roupa e também para a mãe, às vezes o nosso trabalho é capitar, deitar lixo, passar blocos e ajudar a construir”, disse.

O ativista, Albano Capinala, atento à exploração de menores, diz lamentar constatar que a China é o maior transgressor nessa questão.

“Onde mais há mais exploração de menores é nas empresas chinesas”, disse Capinala que, sublinhou que essa situação “não é só de agora (mas sim) desde que eles se enraizaram neste país”. “Eles têm uma exploração pior que o colono”, disse.

Albano Capinala apela às autoridades uma postura mais rígida em relação ao assunto. “Deve haver uma lei mais rígida, porque não fica bem essa explicação sobre o que tem acontecido com as crianças”, afirmou.

Peça de Coke Mucuta, correspondente da Voz da América em Luanda

 

 

 

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