Há bloqueio existencial para surgimento de novos partidos políticos em angola.
Por: Leonardo Quarenta
O Espaço Político Angolano não está, necessariamente ocupado pelo MPLA e pela UNITA, o que acontece, é que existe um “bloqueio” existencial político-estratégico, que impede o surgimento de novos Partidos Políticos, e isso faz do MPLA e da UNITA os dominantes da Política angolana, não por não haver espaço para uma “Terceira Via”, mas por haver “Monopólio e Bloqueio” da Política Estatal por parte desses dois Partidos. Mesmo para a UNITA estrategicamente, convém que não surjam mais outros Partidos Políticos.
Para os sistemas políticos africanos, quanto menor é a concorrência na busca pelo poder e pela Administração do Estado, melhor é… não se trata de ser mais democrata ou menos democrata, mas porque esta é a dinâmica do poder, tal como defendem os Elitistas e os Realistas.
Não existe político nenhum, que irá dizer ao povo, exactamente aquilo que pensa, porque as estratégias políticas impõem regras rígidas e confidenciais ao político, portanto, de modo geral, um político irá manifestar simplesmente o necessário, irá dizer somente àquilo que o povo quer ou deve ouvir, e sempre que, por um descuido qualquer ou por falta de atenção, dizer uma grande verdade, será criticado e mostrará a sua verdadeira face, porque politicamente tinha de “mentir”, mas publicamente tinha que “ludibriar”, assim é a política, e nós políticos sabemos e conhecemos as regras do Jogo.
Contudo, nas democracias devem sim, existir vários Partidos Políticos (organizações concorrentes sérias), na busca pelo poder de Estado, para darem mais opções de escolha aos cidadãos, mas o que se passa em Angola, é a existência de uma espécie de “Monopólio Político” entre o MPLA e a UNITA, ou seja, há um bloqueio existencial sistémico Político-Estatal, que impede a entrada de outros Players.
Saudações Político-Diplomáticas!