NFV FORA D` HORAS 10-04-2024

11.04.2024

Noticiário NFV, edição de quinta-feira dia 10 de Abril de 2024 com os seguintes tópicos:

1 – Situação da Malária leva Governador do Namibe ao município do Camucuio;

2 – Governo provincial do Namibe projecta escolas itinerantes para crianças do meio rural;

3 – Governo angolano encerra inscrições em Faculdade de Medicina e contrata professores cubanos;

4 – Sindicado dos professores no Huambo considera desvalorização dos profissionais do ramo, recrutamento de militares para docência.

 

Somos à rádio NFV, coordenação e supervisão de Armando Chicoca, edita Esmael Pena, produção de Domingos Marques, eu sou o Dino Manuel, com apoios do NED e da Open Society.

 

O município do Camucuio província do Namibe, onde o hospital local regista nos últimos tempos, conheceu níveis assustadores de internamentos de pacientes com paludismo, recebeu hoje a visita do governador acompanhado de responsáveis do sector da saúde, que foi constatar a situação sanitária actual daquela localidade. Segundo fontes do governo provincial, Archer Mangueira vai fazer a entrega de medicamentos e mosquiteiros local. O governador vai aferir também o grau de execução dos projectos de impacto sócio-económico, em curso naquele município inscritos no programa de investimentos públicos e a situação social das comunidades locais. O Administrador municipal Azevedo Kalassola, apresentou o ponto da situação da Malária e as acções realizadas para o combate à doença.

Azevedo Kalassola, Administrador do município de Camucuio

“Uma síntese do balanço de plano de contigência da malária que durou quinze dias, durante o período a cima referênciado, o hospital muicipal serviu de amostra para contrapor a situação, desta feita neste período o hospital municipal em consultas externas, bancos de urgências e consultas hemolatórias, um total de quatro mil e vinte e quatro pacientes, dos mil e cento e trinta e um, foram diagnosticados com malária. Ações realizadas, encontros diários com a comissão multissetorial e executivo ora criada, encontro com direcção das comissões de moradores, conselho municipal de juventude, sensibilização em todas comunas, igrejas, escolas de campos de agricultura e de todas localidades visadas sobre a prevenção da malária, saneamento básico, uso do mosquiteiro, apelo à doação de sangue, a procura imediata e oportuna de unidade sanitária mas próxima, no caso de membro de qualquer família estiver enfermo, e desencorajar as recorrências, individualidades não autorizadas sobretudo o internamento as igrejas, reparação de pifas que encontravam-se avariadas para levar a cabo actividade de fomigação intensiva, extra, e inter-domociliar em várias artérias do nosso município, outras localidades com maior proveniências de casos de malária, mobilização de camas e colchões nas unidades de saúde para o reforço ao hospital municipal, distribuição de antipalúdicos nas unidades sanitárias durante o plano de contigencia, mobilização de mais recursos humanos concretamente médicos em formação, analístas e técnicos de enfermagem para reforçar o quadro de pessoal já existente no hospital”.

Administrador do município do Camucuio quando apresentava ao governador provincial, o ponto da situação da Malária naquela localidade.

E o governador Archer Mangueira deixou uma recomendação aos técnicos da saúde.

Archer Mangueira, Governador da província do Namibe

“Apelo também a todos os técnicos e responsáveis dos quadros, funcionários e colaboradores do sector da saúde, que continuem com esse dinamísmo para que não haja casos de morte derivados de malária, eu sublinho a necessidade de emplementarmos as medidas de prevênção, principalmente aquelas que podem de facto impactar em termos de se evitar que as pessoas estejam afectadas por malária, refiro-me concretamente a fomigação, a distribuição racional de mosquiteiros e as ações de limpezas e saneamento nas localidades, portanto é importante que os responsáveis da administração municipal, das administrações comunais, das várias localidades que constituem o município se engajem de forma afincadas na execução dessas medidas, que de forma referidas nesse plano, temos que fazer isso de forma contínua, para evitar de facto que a situação seja mais gravosa do que está”

Governador provincial do Namibe, esteve hoje no município do Camucuio para avaliar o grau de implementação do plano de contingência, de combate à Malária.

 

O governo provincial do Namibe tem projectado a construção de escolas itinerantes, para combater a situação migratória de crianças em idade escolar usadas como mão-de-obra barata por alguns fazendeiros. Esta é uma das decisões da comissão provincial contra o trabalho infantil, reunida esta terça-feira, em Moçâmedes. A informação foi prestada pelo porta-voz da referida comissão, Gelson Santos, à margem do encontro.

“Importa dizer que nesse processo, o governo provincial do Namibe envolve também o projecto de escolas itenerantes, que vai permitir que algumas salas de aulas sejam criadas a nível das zonas de fazendas, e das zonas do pasto do gado para que de forma preventiva, as crianças parem de fazer essa movimentação, até porque compreendemos que a nível da comissão, há questões culturais também envolvidas, nós temos municípios em que determinadas culturas, as crianças começam a lidar com o gado desde a tenra idade, e nesses casos, há uma intervênção no sentido de fazer com que essas crianças frequentem escolas, alí onde elas exercem essas actividade”.

Gelson Santos

A província do Namibe conheceu nos últimos tempos, um fluxo migratório de crianças em idade escolar provenientes da vizinha província da Huíla, contratadas por agricultores para trabalhar nas suas fazendas. E os governos das duas províncias vizinhas, reuniram-se muito recentemente no Namibe, para traçar estratégias de combate ao trabalho infantil e a devolução das referidas crianças às respectivas províncias.

 

Com o eclodir da guerra que devastou o país, despovoou as principais regiões faunísticas, os parques nacionais com incidência as do sul de Angola. Na perspectiva de ver povoados, o governo angolano tem vindo a recorrer à importação de animais, algumas das espécies em vias de extinção. No quadro desta estratégia, o parque nacional do IONA no município do Tômbwa província do Namibe, recebe nos próximos dias mais catorze girafas totalizando assim vinte e cinco, com os onze já existentes. Segundo o gestor do parque, Sango de Sá, outras espécies com efetivos reduzidos em consequência da caça furtiva, também serão repostas.

Sango de Sá, Gestor do parque do IONA

“O porocesso de repoamento e de reposição de algumas especiés que já estavam desaparecidas, ou então com efectivos muito baixos, como sabem o ano passado (2023) com introdução de catorze girafas, perdemos três na fase de adptação, e as onzes estão por aí e prontos agora com menos preocupação, ainda este mês prevê-se a introdução de outras, mais catorze girafas com previsão de serem largadas no dias vinte e três de Abril, é a data que está prevista à inaguração da nova sede do parque nacional do IONA, adição de mais catorze girafas e que vai nos dar um horizonte com as onze referidas, vamos ter entre vinte e cinco girafas, já fizemos um estudo de viabilidade do rinoceronte, leão, elefante, são estudos que assim que tiverem concluídos, vai se observar o que relatório tem a recomendar para entrar no programa de implementação”

O Parque Nacional do IONA recebe mais girafas nos próximos dias.

 

O governo do Huambo recrutou militares para colmatar défice de 20 mil professores, contra os 18 mil existentes naquela província. Abel José do Sindicato provincial dos professores, considera a medida da governadora local, Lotty Nolika, citada pela imprensa local na cerimónia de entrega de diplomas aos recém-recrutados professores militares, uma desvalorização a profissão de docente, e numa altura em que muitos profissionais do ramo estão no desemprego.

“Estamos a assistir a pior fase de desvalorização da função de docente, já que é um compromisso, há uma promiscuidade tão clara de querer descinhar a profissão docente”.

Abel José, membro do Sindicato de professores do Huambo

 

Para o desempregado professor José Jorge, deplora a medida do governo do Huambo, por existirem milhares de quadros do setor da educação atirados ao desemprego.

“Porque realmente existem vários formandos na área de formação de professores, que nesse momento estão desempregados que realmente poderiam ocupar essas vágas”.

José Jorge, Professor desempregado

 

Mário Rodrigues, director do setor da educação do estado, minimiza as reclamações, alegando que os militares recém admitidos na docência, têm formação profissional na área.

“Estão formados por instituições de educação, entretanto muitos são militares quís assim o destino, mas eles têem formação”.

Mario Rodrigues, director do setor da educação do estado

 

O Presidente da República, João Lourenço, autorizou, no mês de Março, a contratação de especialistas cubanos para as universidades públicas angolanas, por via de dois contratos avaliados em cerca de 38 milhões de dólares americanos, no quadro da cooperação no domínio da formação de quadros entre Angola e Cuba.

A escolha recai sobre especialistas em Ciências, Engenharia e Tecnologias e para as áreas da Medicina e das Ciências da Saúde. Venâncio Rodrigues da Voz de América tem outros detalhes.

 

A decisão presidencial foi tomada depois do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação ter proibido a Faculdade de Medicina, da Universidade Agostinho Neto (FMUAN), de receber novos estudantes, durante os próximos dois anos letivos.

Universidade Agostinho Neto, Luanda, Angola

O departamento governamental tem estado a avaliar a qualidade das universidades e dos institutos politécnicos existentes no país e terá concluído que aquela instituição não tem “o indicador desejado no que concerne à qualidade de ensino”.

Os cursos de medicina e ciências da saúde deverão conhecer o mesmo destino depois de terem sido reprovados a 15 de Março, após avaliação externa tendo que se conformar à lei, de acordo com o Novo Jornal.

O médico pediatra e docente universitário, Luis Bernardino, aponta a falta de investimento nas universidades públicas como a causa do baixo nível de qualidade do ensino superior no país.

“Os docentes cubanos não vão criar laboratórios, o que vão fazer é dar aulas teóricas”, afirmou o especialista, que se manifesta apologista da geminação de universidades angolanas e cubanas ou do envio de jovens angolanos para se especializarem no exterior do país, ao invés de contratar médicos daquele país.

Médicos Cubano

Por sua vez, o presidente do Sindicato dos Médicos Angolanos, Adriano Manuel, defende a contratação de médicos angolanos reformados, com o título de doutoramento, para as instituições públicas, “aos quais o estado pagaria menos em relação aos cubanos”.

“Se com um médico cubano o governo de Angola gasta cinco mil dólares eu acho que se der o equivalente a dois mil dólares a um angolano reformado seria uma mais valia”, considera o sindicalista. “Devemos também contratar os angolanos reformados, porque muitos desses médicos cubanos já são velhinhos e outros são recém formados e vêm ganhar experiência em Angola e conhecemos muitos com qualidade muito duvidosa”, acrescentou.

Entretanto, o MESCTI justificou que “o Despacho Presidencial n.o 79/24, de 28 de Março, visa dar conforto contratual para que os referidos profissionais possam dar continuidade às suas actividades e não se pretende com isso substituir ou corrigir as falhas no processo de ensino-aprendizagem nas referidas instituições”.

“Os novos contratos não têm relação direta com a importação de novos docentes cubanos, mas sim com a renovação dos contratos dos profissionais que já lecionam nas instituições públicas de ensino superior”, apontou.

Peça de Venâncio Rodrigues, Correspondente da Voz da América

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