NFV FORA D` HORAS 22-04-2024

23.04.2024

Noticiário NFV, edição de segunda-feira dia 22 de Abril de 2024 com os seguintes tópicos:

1 – No Lubango (Huìla), activista Aderson Longuenda denuncia suposta perseguição pelo regime do MPLA;

2 – Professor Universitário Martinho Nganga, deplora atitude dos seus colegas que fogem a paternidade;

3 – Dez cidadãos foram detidos no Namibe durante fim-de-semana último, pela Polícia Nacional por prática de crimes diversos;

4 – IDEF no Namibe apreendeu mais trezentos sacos de carvão no quadro de combate;

5 – Comunidades angolanas acusam pastores namibianos de apropriação de terras.

 

Somos à rádio NFV, coordenação e supervisão de Armando Chicoca, edita Esmael Pena, produção de Domingos Marques, eu sou a Fina Satchipamba, com apoios do NED e da Open Society.

 

No Lubango capital da província da Huíla, o activista cívico e académico, Aderson Longuenda, diz estar a ser perseguido pelo regime do MPLA alegadamente devido as suas publicações sobre a necessidade de mudanças políticas no país, nas redes sociais.

“Estou a sofrer uma perseguição a dias, o regime do MPLA montou um vídeo que me acusava de gisar um plano, que poderia desencadear numa revolta popular ou excitação de guerra. Aqui mesmo no Lubango diziam que eu estava mobilizar jovens, e ao mesmo tempo havia prometido ao administrador e governador, que deviam levar surra, devíamos entrar em seus gabinetes e invadir, para que nós possamos tomar poder por via não legal. Segundo eles pegaram-se em algumas publicações que eu tenho feito, porque na verdade as vezes dou algumas aulas em termo de mudança de regime político, e havia feito alguma publicação que apresentava alternativa de como pode se mudar um regime político que é uma questão científica, então eles pegaram aquela questão científica e eu apresentei para os estudantes do direito, quais são os mecanismos para que aconteça uma mudança política, então estava explicando e eles pegaram isso e transformaram isso em uma matéria que não corresponde a verdade de que eu estava mobilizar, eu sou uma pessoa que faço minhas interveções do ponto de vista social, porque não posso me calar e eu sinto o sofrimento dos cidadãos e acato e também faço parte dessa elite do cidadão comum, isto é que tem  perturbado a cabeça deles porque na verdade não têm o conceito de convivência passífica”.

Aderson Longuenda, Activista cívico e académico do Lubango

Activista cívico e académico, Aderson Longuenda do Lubango, supostamente perseguido pelo regime do MPLA segundo  alegou ao NFV.

 

Martinho Nganga analista da rádio pública no Namibe, deplora atitude dos professores que se furtam prestar assistência social aos filhos. Para o também professor universitário e Secretário provincial do Sindicato dos Professores do Namibe, o professor é o exemplo da comunidade e fonte de inspiração da sociedade, e os que fogem a paternidade não devem ser considerados como docentes.

“Será que agora vandalisamos o nome de professor, um individuo que se prese ser professor, o professor é o exemplo da comunidade muitos de nós lá nos tempos mas um pouco recuado, inspiravamo-nos a nossa vida nos professores, porque olhavamos o professor um pai como todo, agora um professor que foge a partenidade, acho que esse não é professor, esse está refugiado no sector da educação apenas para encontrar um meio para ter um valor para sustentar a sua família, porque o professor como tal, depois a demorar do ponto de vista daquilo que é a sociedade exige, eu acho que esse não é professor”.

Martinho Nganga, analista da rádio pública no Namibe

 

Recorde-se que o Procurador Mário Lumbundo disse muito recentemente, que o maior número de processos que dão entrada na Procuradoria provincial do Namibe, por fuga a paternidade, recaem aos professores, polícias e militares.

“Por dia podemos calcular média de três ou quatro crianças, deste os estabelecimentos de criação e outras situações relacionadas com a tutela de menor, de forma geral as pessoas que estão desempregados é que têm mas dificuldades económicas, e estas têm solucionado problemas que têm sido um pouco mais complexo apesar de que nínguém está isento de cumprir com as suas obrigações enquanto progenitores, por insuficiência económicas qualquer que se presa a ser pai, deve sempre fazer esforço para garantir o sustento dos seus filhos, mas a par disso também temos tido situações de alguns que não têm problemas de rendimento, no caso de professores, polícias e militares onde verificamos que mesmo tendo outros pontos de proveitos mensais e que as vezes é cumprir com a sua prestação que sustenta família, tem se encontrado muitas dificuldades, e naqueles casos que as vezes entre os progenitores não há entendimento então tem feito recurso no tribunal por intermedio da procuradoria para ver de facto esses interesses tutelados”.

Mário Lumbundo, Procurador da província do Namibe

Professores, polícias e militares com mais processos na Procuradoria do Namibe, segundo o Procurador Mário Lumbundo.

 

A situação de segurança pública no Namibe, referente ao último fim-de-semana foi caracterizada por ocorrência de dez crimes de natureza diversa, dois dos quais esclarecidos, e foram detidos cinco cidadãos indiciados como presumíveis autores. O porta-voz do Comando provincial da Polícia Nacional no Namibe, Superintendente Ernesto Kalianguila, que fez o balanço das ocorrências, sublinhou que os crimes traduziram-se mais em roubos e furtos.

Ernesto Kalianguila, Porta-voz do Comando provincial da Polícia Nacional no Namibe

“Tivemos um conhecimento de dez crimes de natureza diversa, menos dois em relação ao fim de semana anterior, e cinco foram esclarecido e cinco pessoas deram entrada aos nosso cala-bolso foram detidos indiciados como sendo presumíveis autores destes crimes. Relativamente a sua tipicidade foram conhecidos seis furtos, três roubos e um caso de embriagues no local de serviço, Moçâmedes foi o que registou maior números de crimes com dez casos, Camucuio conheceu um crime, Virei igualmente um. O bairro cinco de Abril com cinco casos, foi o território que conheceu maior número de crimes, seguido pelo bairro comandante Valódia com três casos, cinco casos tiveram lugar na via pública, quatro em residência e um no estabelecimento comercial, e o período mas visados pelos miliantes foi das zero às seis horas com quatro crimes. Relativamente aos meios visados destaca-se dois motocíclos, quatro botija de gás butano, uma máquina de costura, nove rolos de cabos eléctricos e uma quantia monetária no valor de duzentos e oitenta e quatro mil kwanzas”.

 

No mesmo período ocorreram três acidentes de viação com igual número de feridos e uma morte. Ernesto Kalianguila revelou que os sinistros foram maioritariamente provocados por motociclistas.

Ernesto Kalianguila, Porta-voz do Comando provincial da Polícia Nacional no Namibe

“No que diz respeito a sinistralidade rodoviária não teve-se uma igualdade em termos de acidentes, tivemos a ocorrência de três acidentes de viação, sendo dois no município de Moçâmedes e um no Tômbwa acidentes estes que causaram a morte de uma pessoa e ferimento a três outras, sendo duas colisões entre motocíclos uma dessa colisões resultou a morte de uma pessoa e um chock contra obstáculo fíxo. No geral podemos considerar a situação de segurança pública a nível da província do Namibe relativamente estável, gostaríamos que fosse melhor”.

Porta-voz do Comando provincial da Polícia Nacional no Namibe, Superintendente Ernesto Kalianguila.

 

Mais de trezentos sacos de carvão produzidos ilegalmente no Namibe, foram apreendidos nos últimos trinta dias pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal no Namibe, no quadro de combate a exploração indiscriminada de árvores. A revelação é do Director daquela instituição Pedro Joaquim, à rádio pública local.

“Esta acção é o resultado que tem estado o IDEF a levar a cabo em coordenação com a polícia nacional no sentido de combate a desflorestação da nossa savana florestal do Namibe exclusivamente na zona da serras da leba da Umbia, portanto foram precisamente ativados nas encosta da serra da leba, desta acção resultou apreenção no total de trezentos e seis sacos de carvão, isso qualquer coisa como quarenta e oito toneladas arredondado excessivamente para cinquenta toneladas num espaço de um mês”.

Pedro Joaquim, Director do Instituto de Desenvolvimento Florestal no Namibe

Pedro Joaquim Director do Instituto de Desenvolvimento Florestal no Namibe.

 

Cidadãos namibianos, predominantemente da região de Ohangwena, estão a apropriar-se de terras comunitárias e a privatizarem essas terras, e também a envolverem-se em caça furtiva e ilegal na província angolana do Cunene. Noticiou a Voz da América citando o jornal The Namibian.

Quedas Epupa no rio Cunene, norte da Namibia na fronteira com Angola

O governo namibiano negou que as relações com Angola estejam a ser afetadas pela incursão, de pastores namibianos que entram em território angolano com o seu gado para ali pastarem. Isso estaria a colocar em perigo acordos de livre circulação entre os dois países.

De acordo com o jornal, citado pela Voz da América, os acordos que permitem as viagens sem restrições até 60 quilómetros dentro de cada país, correm o risco de entrar em colapso, devido a crescentes tensões causadas pelos pastores namibianos, que estão a encontrar crescente oposição de comunidades angolanas.

 

Sebastian Ndeitunga, Governador da província de Ohangwena, República da Namíbia

O governador de Ohangwena, Sebastian Ndeitunga, citado pelo meio de comunicação, disse que a questão está a criar “tensão desnecessária entre os residentes do sul de Angola e os agricultores namibianos que levam o seu gado para lá”.

Ndeitunga afirma que há vontade em Angola de expulsar os pastores namibianos “com base na acusação de que não respeitam as leis de Angola, ao colocarem vedações ilegais e estruturas permanentes em áreas onde fazem pastorícia, sem a autorização necessária das autoridades angolanas”.

 

O jornal Namibian escreve ainda que esta disputa com Angola ameaça ficar descontrolada.

Em resposta, o director executivo do Ministério das Relações e Cooperarão Internacional da Namíbia, Penda Naanda, reconheceu que o comportamento dos fazendeiros namibianos “permanece uma causa de preocupação para ambos os países”, acrescentando, contudo, que “as duas republicas irmãs estão determinadas a fazer face à situação através de canais diplomáticos”.

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