JOÃO LOURENÇO FAZ HISTÓRIA NO NAMIBE

18.05.2024

A deslocação do presidente da República João Lourenço ao IONA, no município do Tômbwa, inaugurar infraestruturas construídas de raiz pela empresa sul africana, African Parque, gestora do parque nacional local, concomitantemente em contacto com os autóctones mucubais, mundimbas, Muhimbas, kwepes e outros membros das comunidades minoritárias que só existem a sul do Namibe, relembra os feitos de António Agostinho Neto, primeiro presidente da República de Angola, quando em 1977, acompanhado pelos anciãos, Lúcio Lara, segundo homem nas estruturas centrais do MPLA, em Luanda, ancião Sidônio Gabriel, precursor da luta clandestina do MPLA no Namibe e no Cunene, e Inácio Masseca (feliz memória), uma das figuras proeminentes e respeitáveis nas comunidades mucubais naquela época, foi ao IONA interagir com os autóctones locais que  encontravam-se escondidos nas montanhas, temendo a perseguição de que foram alvos pelas tropas colonialistas no passado, a caça de escravos para o Brasil e América a mando do Barão de Moçâmedes, ainda hoje venerado no Namibe sob astúcias de saudosistas.

Neto de viva voz e fazendo jus a multiplicidade das boas cordas vocais que detinha, e facilitadas pelo eco das montanhas disse: “Desçam das montanhas, desçam, eu sou Agostinho Neto, aquele a quém vocês esperaram. Estamos independentes, ninguém mais vai vos maltratar, desçam das montanhas e vindem juntar-se aos vossos camaradas, para juntos construirmos um país melhor para todos e próspero”, disse Neto naquela altura.

António Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola

A visita constante de Agostinho Neto a estas comunidades minoritárias, muitas delas não bantus (Kuisses), assistidas por intermédio de Lúcio Lara que culminou com a oficialização do internato de Kapangombe, município da Bibala na chamada escola provisória, fez com que em jeito de agradecimento, as comunidades mucubais e kuisses dedicassem uma canção agradecendo ao Agostinho Neto, ao Lúcio Lara e ao MPLA,(Oi, lúcio Lara, oi oi Neto oi, oi M’belha oi), bastante usual nos rituais e festas comunitárias de realce.

O gesto de Neto ainda vive na mente destes autóctones, e fez com que na escolha dos três movimentos de libertação nacional que levaram o país a independência (FNLA-MPLA-UNITA), estas comunidades apenas escolhessem o MPLA que nas suas línguas locais, chamam de “OMBELIA”.

Até aos dias de hoje a verdade seja dita, “que faça sol ou caia chuva”, os autóctones locais, mesmo aqueles que nunca viram o presidente do MPLA, através da mensagem oral e cancional transmitida boca-a-boca, e de geração-a-geração, têm o partido dos camaradas como fonte de inspiração e obediência política canina”.

Num universo de mil autóctones não se encontra nenhum fora das fileiras do MPLA, apesar das lamentações da fome e de outros problemas de ordem social. “Não ser do MPLA, para estas comunidades, constitui uma violação flagrante aos princípios éticos e morais, e também falta de respeito aos ancestrais.”

Portanto, João Lourenço teve uma recepção pelos autóctones locais nunca vista, rica sob o ponto de vista do turismo cultural que se desenha para o Namibe.

Parque Nacional do IONA repovoada com mais catorze girafas

Além das comunidades fazerem da oportunidade de matar a sede de ver João Lourenço ao vivo, depois de muitos recados que os Jornalistas foram recebendo por estas comunidades, manifestando que almejavam ver um dia o Presidente da República ao vivo, a criação de condições no parque nacional do IONA para o turismo, cria uma nova expectativa naquilo que poderá ser as preocupações do estado angolano para com estas comunidades que vivem no deserto, desprovidas de água e de outros serviços sociais básicos.

Acredita-se por outro lado  que a empresa African Parque que cuida do parque Nacional do IONA, detentora da experiência dos parques da África do Sul e da Namíbia, poderá  melhorar a favor do turismo angolano no Namibe.

 

JOÃO LOURENÇO CONSTATOU IN LOCO A BAÍA DOS TIGRES, ABANDONADA DESDE 1974

Outra particularidade não menos importante na visita presidencial ao Namibe, de 17 a 19 de Maio tem a ver com a constatação feita pelo presidente João Lourenço na baía dos Tigres, abandonada desde 1974, quando os quadros portugueses também abandonaram Angola com medo de retaliações.

Baía dos Tigres visitada pelo presidente da República João Lourenço

Na era colonial, a Baía dos Tigres era um polo industrial de pescas em Angola. Tinha fábricas de óleo e de farinha de peixe. Os presos ou desterrados eram a principal força de trabalho das indústrias pesqueiras.

A baía dos Tigres tinha uma pequena pista de viação que recebia avionetas de pequeno porte, também tinha um fontenário de água potável e outras condições excelentes que nos dias de hoje poderia estar próximo aos patamares da ilha Santa Helena, ocupada por ingleses mas geograficamente património natural de Angola.

 

Recepção do Presidente João Lourenço na província do Namibe

A constatação física de João Lourenço sobre a Baía dos Tigres, agora chamada Ilha dos Tigres, com os olhos postos no turismo, é um alívio para o restante deste monstro adormecido que Deus brindou aos Angolanos.

Nos círculos restritos do executivo angolano, é sabido que a letargia, e o abandono da Baía dos Tigres tem haver com a estratégia que José Eduardo dos Santos, então presidente da República de Angola que quis privatizar a ilha para si, e só não aconteceu devido a pressão da sociedade civil.  “Baía dos Tigres foi uma reserva estratégica de José Eduardo dos Santos, na pretensão de fazer aquilo que muitos ricos no mundo fizeram”, disse ao NFV um membro histórico do MPLA.

Nos dias de hoje acredita-se que o executivo de João Lourenço não precisará inventar nada, apenas aplicar o projecto turístico da baía dos Tigres já existente, que José Eduardo dos Santos queria efetivar na privatização deste monstro adormecido, para propriedade pessoal.

João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República de Angola

O estado Angolano é chamado a averiguar dados, segundo os quais circula pelo mundo duas embarcações de cabotagem, com o nome de baía dos tigres, o que pressupõe que no projecto que estava para ser gizado na era de José Eduardo dos santos, tinha sido acoplado estás duas embarcações de cabotagem. Assim sendo, é urgente que estas duas embarcações, se ainda existem também, sejam recuperadas a favor do estado angolano.

Resumidamente, não interessa as paixões políticas, não interessa o que as bocas de aluguer falam, não interessa o que a boca dos detratores do bom nome do presidente João Lourenço dizem, interessa sim o projeto de valorização do turismo em Angola e é bem-vindo, interessa sim também dizer que Angola pode estar na senda da máxima, segundo a qual: “Angola é, e será por vontade própria trincheira firme da revolução em África”, encorajamos desta forma o presidente da República João Lourenço, que continue potenciando o turismo e agricultura no quadro da diversificação da económica,para que o país deixe de depender exclusivamente do petróleo.

O turismo e a agricultura se realizem na sua plenitude, dando emprego a juventude, e produzir o sustento para satisfação das cozinhas das famílias angolanas, e o excedente produto vindo do ouro verde, assegure a continuidade da actividade agrícola, e a satisfação de outras necessidades prementes dos angolanos. Armando Chicoca

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