NFV FORA D` HORAS 01-05-2024

02.05.2024

Noticiário NFV, edição de quarta-feira 01 de Maio de 2024 com os seguintes tópicos:

1 – Malária já matou este ano setenta e cinco pessoas na província do Namibe;

2 – Namibe: elevados custo de fertilizantes e taxas de juro praticados por bancos comerciais embaraçam atividade dos agricultores da comuna da Lucira;

3 – Namibe: analistas defendem que combater criminalidade deve envolver pais e  encarregados de educação;

4 – Mais de setecentos sacos de carvão foram apreendidos pela Polícia no Namibe no decurso do primeiro trimestre de 2024;

5 – PGR no Cuando Cubango preocupada com atraso de pronúncias de julgamento.

 

Somos à rádio NFV, coordenação e supervisão de Armando Chicoca, edita de Esmael Pena, produção de Domingos Marques, eu sou Dino Manuel, com apoios do NED e da Open Society.

 

Setenta e cinco pessoas morreram vítimas de Malária na província do Namibe, durante o primeiro trimestre deste ano, dos mais de quarenta e nove mil casos diagnosticados. Comparado com igual período do ano anterior, houve um aumento de quinze mil casos, segundo deu a conhecer o diretor provincial da Saúde no Namibe Coríntios Miguel, durante a terceira reunião ordinária do governo provincial realizada nesta terça-feira 30 de Abril no município da Bibala. Os municípios do Camucuio, Bibala e Moçâmedes foram os mais endémicos.

 

Miguel Pedro Ferreira Coríntios, diretor provincial da saúde do Namibe

“Recebemos aproximadamente quarenta e nove mil  casos dentre eles setenta e cinco  óbitos comparativamente com o trimestre passado tivemos um acréscimo de quinze mil casos, dai tem se com a intervenção direta das administrações municipais um saneamento básico de maneira a estabilizar o mercado felizmente neste momento todas as administrações estão empenhadas no saneamento básico na distribuição de mosquiteiro e também por um apoio cessante mesmo do ministério da saúde quanto aos medicamentos logo com a politica das consultas ambulatórias com o aumento das sessão do combate anti larval hoje já podemos dizer que a situação sanitária na Província do Namibe está estável com relação a malária. Para os municípios mais endémicos foram os municípios do Camucuio, Bibala e o município de Moçâmedes não só pelas quedas pluviométrica que cai nesses município mais também levou escoamento de água proveniente da província da Huíla”.

 

Entretanto, dados avançados nesta terça-feira pelo supervisor provincial do programa de luta contra SIDA, Manuel Venâncio, indicam que sete outras pessoas morreram vítimas de VH/SIDA nesta província.  O entrevistado da rádio pública local, disse que houve uma redução em relação ao período homólogo do ano anterior, mas considera preocupante o índice de abandono de tratamento por parte dos cidadãos portadores da doença.

“Reduziu um pouquinho número de pessoas que viviam com VH e que foram ao óbito, nós tínhamos nove no ano passado no primeiro trimestre e este ano conseguimos registrar apenas sete pessoas então há aqui um grande trabalho que se tem feito um número de pessoas que abandonam o programa, é preocupante mas devo dizer que desceu o bastante só no primeiro trimestre do ano passado nos tivemos cento e oitenta pessoas que abandonaram o programa, entretanto este trimestre de 2024 temos apenas quarenta e quatro pessoas a diferença é que tantas isto mostra ate certo ponto que as pessoas estão a se tornar mas consciente estão a voltar para aquilo que é realmente necessário a manutenção do seu tratamento, nós acreditamos os estudos foram bem feitos que as pessoas que se mantêm em tratamento têm no final o que nos chamamos de superação viral, são pessoas que acabam por ter uma qualidade de vida e reduzindo o risco de contágio para outras pessoas”.

Manuel Venâncio, Supervisor provincial do programa de luta contra SIDA

Supervisor provincial do programa de luta contra SIDA, Manuel Venâncio, sete pessoas morreram vítimas de VH/SIDA nesta província no primeiro trimestre deste ano.

 

Os elevados custos de fertilizantes e as taxas de juro exorbitantes praticados pelos bancos comerciais é uma das maiores dificuldades com que se debatem os agricultores da comuna da Lucira, município de Moçâmedes província do Namibe. O lamento é do agricultor.

“Precisamos de fertilizantes e inseticida que neste momento estão caríssimo, então esse é maior apoio que nós precisamos que haja prêmio, que nós pretendemos esse produto aos preço que agricultura vende, então esse é o apoio que nós precisamos do resto graças a Deus nós temos tido apoio necessário em nome do governo. Apoios financeiros não tínhamos problemas porque os bancos não nos solicitam, só que as taxas, a burocracia, tudo isso é um problema para que consiga esse apoio não nos cansamos de precisar apoio porque não há nenhum trabalho que não precise apoio, para nós o convite do senhor governador é bem-vindo, porque a nível da província. Não há ninguém que não gostaria de o recebe-lo aqui com visitante para nós aqui, ele é muito importante pelo ver conversamos com ele porque só o víamos pela televisão”.

Eduardo Nóbrega, agricultor da comuna da Lucira

 

Justo Moma agricultor da localidade de Tumbalunda, com uma força de trabalho de 30 trabalhadores, disse que maior dificuldade tem a ver com a falta de um trator, meios de irrigação e de escoamentos de produtos para os mercados de Luanda e da Huíla.

“Esta fazer falta de tratores não temos porque mesmo a área do tumalunda não tem nenhum trator da cooperativa, sempre e acompanhar nas outras localidades para ir lá se te dão tratores, não te dar bater a mão e matamos a falta mesmo de trator a que na área do tumalunda nunca ouve trator na água não da para falar, ainda temos água o rio ainda baixou agora água ainda tem, os motores é que não tem como porque não ta aparecer bons motores, parece os motores piratas as vezes te dão um mês dois meses três meses, as vezes o produto também não se colheu mas o motor já foi estamos a remediar mesmo assim”.

Justo Moma, agricultor da localidade de Tumbalunda

 

Jordão Isaías Saco, augura boa colheita de cebola e milho, mas a falta de um trator retarda a produção.

“São alugadas, também é uma dificuldade que chegará uma fase em queremos escoar o produto já não a meios disponíveis porque alguns estão em outras paragens, com outros produtos com semelhança o peixe e cargas diversas e por enquanto a nossa luta e de um dia termos meios próprios e a tempo integral, infelizmente a uma dificuldade em aluguer de trator para conseguirmos fazer uma lavoura, só para termos uma ideia a vezes pagamos o trator um mês antes de antecedência mas conseguimos só um mês e quinze dias, planificou um tempo mas por causa do trator temos atrasado alguns dias para a nossa plantação pois e uma dificuldade em nossa zona porque sem eles nos não conseguimos fazer a nossa plantação, porque tendo ele alugado estamos a trabalhar no plano de alguém o que dificulta a nossa plantação alguém quem pagou muito antes em relação a nós, temos tidos esses impasses nas nossas lavoras o que queríamos e suplicar ajuda para que a aquisição de meios agrícolas no caso de tratores será uma varia porque não podemos colocar uma semente numa terra com se fosse uma terra dura , e aqui trator é uma necessidade a cada dia que passa, a cada plantação que termina , cada plantação que inicia, iriamos fazer uma festa porque iria reduzir de mas o tempo de espera que fazemos ao requisitarmos trator de outrem, porque temos tido muita demora em resposta de trator, nós iriamos fazer uma festa para os nosso cultivos iria ser bem benéficos e muito económico”.

Jordão Isaías Saco, agricultor

Jordão Isaías Saco, agricultor, Elevados custos de fertilizantes, altas taxas de juros os bancos comerciais falta de trator, meios de escoamento dos produtos para os mercados de consumo são dentre outras dificuldades que enfrentam os agricultores da comuna da Lucira município de Moçâmedes província do Namibe.

 

Namibe, analistas e membros da sociedade civil consideram que o clima de insegurança pública, face aos níveis de criminalidade protagonizados maioritariamente por jovens, e que ganharam contornos preocupantes nos bairros da cidade de Moçâmedes e não só, província do Namibe, requer maior envolvimento dos encarregados de educação por entenderem que estes coabitam com os mentores destas ações, que fazem da delinquência modo de sobrevivência. Esta visão é do analista e académico Mendes de Carvalho.

Mendes de Carvalho, Membro do conselho de auscultação do Namibe

“É preciso que nos quanto pais e encarregados de educação possamos trabalhar porque são mesmo os nossos filhos isso e mesmo que tem a se dizer e dificilmente falamos, os bandidos são mesmo o nossos filhos tem pai tem mãe e tem uma casa onde mora, e tem lá pessoas nesta casa, é que poderiam fazer também a sua parte porque estão a tirar a paz de outras pessoas. Aqui a gente chama a polícia, nós devíamos chamar a polícia como último recurso , isso é que nós temos que pensar enquanto sociedade, enquanto membros de uma sociedade, nós tínhamos que chamar a polícia em último recurso, primeiro recurso somos nós os pais que devemos trabalhar com os nosso filhos, apela-los a boa conduta para que nós possamos ter uma convivência sadia”.

 

Mendes de Carvalho igualmente membro do conselho de auscultação do Namibe reconhece que a insuficiência de efetivos da polícia nacional limita a ação da corporação e apelou as estruturas de direito no sentido de reverem os modos de incorporação de novos agentes.

Mendes de Carvalho, Membro do conselho de auscultação do Namibe

“Nós fomos venciado durante muito tempo aqui em algumas situações, no âmbito dos concursos que têm sido no ministério do interior notamos a nível nacional, é muitos candidatos que concorre do Namibe para o  Cunene, e depois para outras províncias exemplo Huíla, Benguela, e Cuando Cubango , mas depois de um tempo estão a pedir transferência para em suas zonas de origem, isto de certa forma trouxe uma fragilidade muito grande no ministério do interior , no âmbito do recrutamento da incorporação nós temos efetivos, depois de um tempo são as transferências por causa do clima. Então era preciso olharmos par esses elementos para podermos evitar o que está acontecer agora. Não há efetivos suficiente da polícia nacional, policia tem estado a fazer um grande esforço, vamos aqui reconhecer, o esforço que a policia nacional a nível da nossa província, quer seja no patrulhamento e no asseguramento das comunidades, mas estamos a ver estes focos são aqueles onde a policia não está, se não está aí é porque está no outro lado a fazer cobertura, mas é preciso atacar pela causa, a causa é  quando haver o próximo concurso, que seja um candidato que assinem para a província do Namibe, para permanecer no Virei, que assinem para permanecer nessas localidades para que nós possamos dar cobertura porque depois pedem transferências e é isso que nós temos estado a viver, e hoje está aqui a dificuldade”.

 

Analista e membro da sociedade civil do Namibe, Mendes de Carvalho que advoga o envolvimento dos pais e encarregados de educação no combate a criminalidade.

 

Oito veículos automóveis, que transportavam de forma ilegal mais de setecentos sacos de carvão e paus cortejados foram apreendidos pela polícia nacional no Namibe, no decurso do primeiro trimestre do presente ano, no quadro de combate a deflorestação das serras da Leba e da Humbia no município da Bibala. Esta informação consta do comunicado de imprensa tornado público na voz do diretor provincial da Comunicação Social, José Mário, no termo da 3ª sessão ordinária do governo provincial do Namibe realizada nesta terça-feira no município da Bibala.

José Mário, diretor da comunicação social no Namibe

“No âmbito do combate a desflorestação das cerras da chela o comando provincial da policia nacional e ação do conjunta com tem desencadeado um conjunto de medidas operativas coincidência na fiscalização de veículos pesados de mercadorias com fim de aferir a existência de combustível lenhoso. Ação permitiu apreensão de oito veículos automóveis bem como triciclo por transportar de forma ilegal um total de setecentos e sessenta e quatro sacos de carvão e paus cortejados”.

Polícia nacional no Namibe não dá trégua aos lenhadores e carvoeiros ilegais.

 

O Subprocurador titular do Namibe Eugênio Sonehã Cassandi disse que o parque nacional do Iona continua ser invadida por caçadores furtivos, mas as autoridades têm tomado medidas que a lei impõe.

Eugênio Sonehã Cassandi, Subprocurador titular do Namibe

“Tem havido caça ilegal, invasão do nosso parque, tem merecido também o devido tratamento quando assim acontece”.

 

 

 

 

Ouvíamos o Subprocurador titular do Namibe Eugênio Sonehã Cassandi. O parque nacional do Iona continua ser invadida por caçadores furtivos.

 

O atraso na pronúncia de julgamentos pelo Tribunal da Comarca no Cuando Cubango, depois de ouvidos os acusados no prazo de quatro meses efetivos, está a preocupar a Procuradoria-Geral da República (PGR) naquela província, noticiou ANGOP. Edson Fela  completa esta informação.

Segundo Agência angolana de notícias, preocupação foi apresentada muito recentemente, pelo Procurador-Geral da República junto ao Serviço de Investigação Criminal no Cuando Cubango, Elias Chingueta, em declarações à imprensa, no final da consulta jurídica à população penal no Serviço Penitenciário local, no âmbito da Semana da Legalidade.

Explicou que, depois de quatro meses o processo-crime de um detido deve ser concluído para o devido julgamento.

Quando não acontece o julgamento, para as medidas menos gravosas, deve aplicar-se a caução e termo de residência, detalhou o também Procurador-Geral da República com extensão para a jurisdição municipal do Cuchi, a 93 quilómetros a Oeste de Menongue, sede capital do Cuando Cubango.

O magistrado informou que o objetivo da visita ao Serviço Penitenciário foi de aferir a situação de prisão preventiva, tendo sido confirmados oito casos de excesso.

Elias Chingueta explicou que os oito casos de prisão preventiva são de crimes de natureza diversa, sobretudo os de furto e ofensas simples de integridade física, tendo acrescentado que a população penal, durante a visita dos magistrados, apontou como principais preocupações os referentes ao prazo em que se encontram pronunciados mas sem o julgamento.

Os demais reclusos, conforme o Procurador-Geral da República junto ao Serviço de Investigação Criminal no Cuando Cubango, já receberam as cópias de acusação, o que é normal, mas que a PGR irá interpelar as secções onde se encontram os processos para acelerar a situação.

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