EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS NO SUL DE ANGOLA E A RESPONSABLIDADE SOCIAL CORPORATIVA, NA VISÃO DO DIRECTOR DA ACC

01.07.2024

Exploração de recursos minerais no sul de angola e a responsablidade social corporativa, na visão de do director da ACC

Por: Domingos Marques

O director executivo da Associação Construindo Comunidades (ACC) com sede no Lubango (Huíla), disse que  as empresas que exploram  os recursos minerais, pouco ou nada fazem em prol das comunidades rurais, por incumprimento do plasmado no código mineiro, que recomenda a criação de serviços sociais básicos da população das áreas de extração.

Domingos Fingo, Director Executivo da ACC

As comunidades das zonas detentoras dos recursos minerais, deveriam ver melhorada o acesso aos serviços básicos, como água, educação e saúde. As várias empresas que exploram os recursos minerais, com exemplo prático os inertes, desde, Granitos, Mármore, Calcário, Iodo, entre outros, infelizmente, não cumprem a bom rigor, aquilo que está plasmado no código mineiro, porque o mesmo código recomenda que haja o cumprimento da responsabilidade social corporativa,  que consiste na atribuição dos principais serviços sociais básicos das comunidades’’, disse muito recentemente Domingos Fingo, em entrevista ao espaço Mwangolé do projecto Namibe Fala Verdade.

 

O também activista social, mostrou-se preocupado com a degradação do meio ambiente por parte das empresas extrativas, e possuidoras de extensas áreas de terras, mas que não produzem em termos de floricultura e horticultura, nem sequer são criadores de gado caprino, bovino e suíno. O entrevistado apela os órgãos afins, no sentido de inveterem a situação.

Domingos Fingo, Director Executivo da ACC

“Não se deve assistir tais coisas acontecendo e nós nos mantermos calados como se nada estivesse a acontecer, primeiro devemos saber que somos todos angolanos por natureza, e nós temos presenciado a sermos explorados de forma drástica, para que os órgãos de tutela têm que se pronunciar, de maneiras que possamos ver esta situação equilibrada’’, deplorou.

 

Para Bernardino Kondingo, tesoureiro do projecto NFV e activista social,  as  empresas que exploram os recursos minerais, atropelam o artigo 81/11 de 23 de Setembro do código mineiro.

Bernardino Kondingo, Tesoureiro do projecto NFV e activista social

“Tem se constatado dia-após dias, que a maior parte das empresas que tem exercido essa a actividade, atropelam o código mineiro que é o artigo 81/11 de 23 de Setembro, que é a lei que a prova o código mineiro. De acordo com a fonte, a lei foi a provada, mas na realidade não se cumpre na realidade’’, disse.

“Toda actividade feita pelos seres humanos tem acarretado mais impacto negativos na nossas comunidades. Seria bom se tivéssemos mais espaços, existe a lei número 98 que é a lei do ambiente, então penso que o que falta  é sou a fiscalização’’, referiu.

 

E na visão de Geraldo Cambinda, que veio das zonas longínquas da província da Huíla, município do Cuvango, comuna de Galangui, o povo é desprezado numa alusão aos empresários que exploram os recursos naturais, deixando-os (povo) ao relento.

Geraldo Cambinda, Residente na província da Huíla, município do Cuvango, comuna de Galangui

“Nós que estamos a viver uma Angola profunda, estamos a notar que o povo é muito desprezado, o empresário explora e deixa o povo no realento. O governo deve implementar a fiscalização nas áreas de exploração para constatarem o que realmente acontece nestas localidades’’, referiu.

 

Domingos Fingo, Director Executivo da ACC

Director da ACC, concluiu dizendo que, “tem de se criar um regulamento, em que toda empresa que tenha uma fazenda, deve cumprir com a responsabilidade social, caso não cumprir, deve haver uma punição do porquê é que não cumpriu. E se a empresa cumpre, então deve ser apoiada, porque se a empresa cria danos ambientais deve ser responsabilizada’’.

 

O entrevistado pelo jornalista Armado Chicoca mostrou-se também preocupado com a destruição do ecossistema, advendo as consequências da futura exploração da bacia petrolífera de Ocavango, pelo que defende uma governação participativa, e interagir sempre com o povo.

Domingos Fingo, Director Executivo da ACC

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