Convulsões politicas e sociais no Huambo têm a mão do partido no poder

29.07.2021

O Secretário Provincial do Huambo do PRS-Partido de Renovação Social, António Soliya Solende críticas a governação de Lothí Nolika. Os Administradores Municipais do Huambo subfacturam, desviam dinheiros e provem intolerancia politica.

Por:Armando Chicoca

É preciso acabar a impunidade e incompetencia na provincia do Huambo, disse António Soliya Solende, Secretário Provincial do PRS no Huambo, em conferência de imprensa com os órgãos de comunicação social na Provincia do planalto central que no tempo colonial foi a segunda cidade de Angola e que pela localização geografica a adminstração colonial atribuiu o nome de “Nova Lisboa”.

Solende na sua veia crítica sobre a situação social, politica, economica e cultural do Huambo, Soliya em conversa com os jornalistas disse que temos vindo assistir desde o ano de 2018, a presente data, a invasão do poder tradicional pelo poder politico partidário, a partir deste ano começou a febre de substituição e destituição do Rei do Sambo. Em 2019 foi igualmente distituido o Rei do Municipio Huambo Tchongolola, que também que também veio ser destituido nos mesmo moldes, e em 2021 a distituição do Rei do Bailundo, Armindo Francisco Kalupeteka.

Em 2018, acompanhamos a intronização do Rei do Sambo que muitos achavam que não podia ser intronizado por não ser da linhagem, mas a voz e a força do partido no poder prevaleceu e falou mais alto, foi intronizado, estamos a falar do Rei Kangoma, que pouco tempo depois também foi distituido. Já no Município do Huambo, o Rei Tchongolola, muitos diziam que não era da linhagem e mais tarde viu-se distituido também.

“ Destituição do Rei do Bailundo foi meramente politica e constitui-se numa vergonha para cultura bantu e sobretudo o povo Ovibumdo e os filhos desta terra do Huambo”, disse António Solende, para quem “chamo que não podia como eles dizem que não é da linhagem mas a sua distituição não mereceria aquilo que nós assistimos, segundo o Rei do Bailundo a sua destituição deveu-se a perseguição politico partidária, essa perseguição politica partidária começou quando o mesmo deixou de prestar serviço sério ao MPLA”, esclaraceu.

Outra vergonha é a exigencia de o Rei ser membro do Comité Central do MPLA, por exemplo: “o Rei do Bailundo é Membro do Comité Central conforme ele próprio afirmou”, reagiu criticando que em circunstancia alguma o Rei ou o soba deveria pertencer a um partido politico e o mais caricato é que a destituição do Rei não ocorreu na ombala, mas sim na sala de Reuniões da Administração Municipal do Bailundo, porque não sentaram na Embala”,questiou.
“Vimos também o rei a ser levado para o Tribunal, sabe-se que foi a primeira vez na história do genéro um rei a ser levado para o Tribunal, aqui haja confusão entre o poder tradicional e o poder judicial, aliás o próprio Rei foi ele que disse muito mais daquilo que nós acompanhamos junto na PGR e no Tirbunal.

O Rei do Bailundo ora destituido, quando nós o visitamos disse-nos que a perseguição começou em 2016 quando descobriu que parte do montante de 18 milhoes de dólares americanos cabimentados para a reabilitação da Ombala do Bailundo, dinheiro autorizado pelo então Presidente José Eduardo dos Santos havia sido desviado. A maior dose de perseguição politica de Armindo Kalupeteca começou dalí, falava do peculato e desvios de dinheiros.”reagiu António Soliya Solende.

A actual Governadora do Huambo Lothí Nolika, desde que tomou posse à 1 de Junho de 2020, até a presente data, faz 10 meses de governação e nunca reuniu com o Conselho de Auscultação e Concertação Social. “Nós os partidos politicos e membros da sociedade cívil nunca tivemos nenhum encontro com a Governadora da Província do Huambo. Será que em dez meses ainda está arrumar casa”, questionou.

 

“ A exclusão politica na governação do Huambo tem similitudes com aquilo que foi a prática do Presidente da República João Lourenço ao excluir alguns lideres de partidos politicos do Almoço do dia da Paz e da reconcíliação nacional, portanto há aqui uma ligação neste jogo politico de exclusão” afirmou
O homem forte do PRS no Huambo fez saber ainda que a incompetência governativa e os casos de incumprimento naquela província são preocupantes, quando os governates deste País, vão aos orgãos de Comunicação Social lançam tantas promessas não realizaveis acabam por mentir o povo e causam frustações no seio das comunidades.
Solende rebuscou o caso dos projectos água para todos, os de combate a fome e pobreza. energia electrica para todos, a problemática dos ex-militares das FAPLA e das FALA, a degradação das vias de acessos e o problema dos fertilizantes para os camponeses, a massificação da agricultura e diversificação da económia, alguns falhados e outros servem de isca para o enriquecimento ilicito.

 

“Queremos falar de alguns Adminsitradores Municipais mentirosos com uma gestão danoso em determinados projectos sociais: “o Administrador da Tchicala Tcholohanga, ano passado mentiu a população dizia que a reabilitação ou terraplanagem da estrada que saí de Tchicala Tcholohanga passando pela Comuna do Sambo até ao Samboto estaria concluída em finais de Dezembro de 2020. Num dos debates que tivemos na Emissora Cotolica do Huambo “Rádio Ecclésia” o mesmo tinha reforçado esta questão afirmando que já tinham o dinheiro cabimentado, já tinham as máquinas no terreno que a via de acesso de Tchicala Tcholohanga ao Samboto estariam terraplanadas. Até hoje que vos falo a via que eles dizem terraplanaram não está concluida, por onde passaram deixaram muitos buracos e sem valas de drenagem, é tudo para mentir as crianças, vimos as vias que o colono portugues deixou embora sairam arvores não se comparam com estas mal feitas.

 

“A outra mentira é a ponte sobre o Rio Cunene, no Municipio de Tchicala Tcholohanga, Provincia do Huambo onde as comunidades da Comuna do Sambo enfrentam dificuldades para atravessarem o rio Cunene para chegarem ao Município do Huambo porque a ponte sobre aquele Rio desde que desabou as promessas de reabilitação nunca foram cumpridas.”As populações estão desesperadas”, diz o politico que afirma que até aqui a travessia sobre o caudaloso Rio Cunene pelas comunidades tem sido feita á canoa sob gritos de socorro, mas nenhum bombeiro para garantir eventual socorro no caso de sinistro.

 

Sobre os roubos e desvios de coisa pública, o politico disse que naquele Municipio encontramos alguns campos “pelados” de fotebool que graças o apoios dos jovens locais desmataram o capim, fizeram a limpeza, mas a Administração local simplesmente colocou balizas que supostamente custaram mais de 8 milhões de kwanzas. “Como é possivel balizas custar 8 milhões de Kwanzas? Questionou o pltico do PRS exigindo investigações da PGR.
“É o que nós constatamos, existem campos sem uso mas que custaram aos cofres do estado avultadas somas de dinheiro, em quase todos os Municípios encontramos estas. No Municiípio Huambo por exemplo não conseguem efectuar trabalhos de tapa buracos alí antes da Praça da Alemanha que é lavra de todos e o mais grave ha eminencia da ponte desabar novamente”.frisou.

 

“Quanto aos casos de incumprimento e de impunidade na provincia do Huambo há uma luta fernética das obras do “PIIM” para aqueles que ficam na execução das respectivas obras para os empreiteiros cadastrados para conseguirem empreitadas têm que garantir uma gasosa ao Administrador, as empresas de limpeza e recolha de lixo vivem a mesma sorte da corrupção. Sem gasosa não há garantia de empreitada, Huambo não pode continuar assim”, frisou o plitico.
“Muitos Administradores Municipais fazem negócios consigo mesmo é para verem muitas empresas que estão a executar as obras do “PIIM” os nomes ou iniciais que colocam nas placas são dos próprios Administradores.”denunciou.
“Nós constatamos isso no sector da Saúde no Huambo, que alguns Hospitais que estão a ser reabilitados os orçamentos vão para além daquilo que devia ser a “palhaçada” de reablitação que eles fazem depois de um ano a obra “descartável” fica distruida e os orçamentos são exagerados. por exemplo passem pelo São Pedro é justo aquele orçamento para simplesmente a reabilitação? olhem para a munda Paiva será que aquele orçamento também é justo”, questionou o politico.

 

“Muitos sobas dizem que de facto os orçamentos são muito altos, ninguém investiga, como é possivel nesta fase de combate a corrupção, mas ainda mente-se o povo? Será que ninguem esta a ver isto, os Administradores ainda não ganharam a consciencia de servir ao contrário do que fazem, servir-se em nome do povo, vamos continuar com esta desgovernação?”, reagiu defenendo que “a nossa preocupação é justamente está para este ponto e chamamos atenção aqueles orgãos que se dizem defender o estado angolano para tomarem nota isto.” alertou
No campo politico António Soliya Solende, manifestou-se preocupado com os niveis de intolerância politica que afirma existirem naquela província “Notamos casos graves de intolerância politica no Huambo, desde Novembro á Dezembro tivemos um período pouco amainado mas a partir do principio do mês de Janeiro comçou uma luta ferronha de intolerância politica nas Aldeias, nas Comunas, e no Municípios, no acto de abertura do ano politico do PRS, aqui no nosso secretariado, houve tiroteios quase matavam um dos nossos colegas. Nós escrevemos para a Polícia para o asseguramento até a hora em que o Presidente do PRS Benedito Daniel, encontrava-se na provincia do Huambo não tivemos sequer um agente da policia, entrou alguém aqui mascarado de bandido fez tiro contra a nossa porta,eu ainda tenho a respectiva muninção, está aqui “mostrou aos jornalistas”,senhores Jornalista o volvo da munição e lugar onde disparou a Policia só apareceu e vistoriou no dia seguinte de manhã e mais do que isso nunca mais ouvimos falar de nada.

 

A intolerância politica na Provincia do Huambo ganha corpo, temos vindo a acompanhar os excessos da Tchicala Tcholohanga, eu solicitei o Administrador do Município para um encontro e negou-me categoricamente dizem que não posso lhe receber isto não é exigência, eu não estou lhe exigir tu tens que me receber como Administrador para podermos perceber porque não podemos ter o Comite no Municipio de Tchicala Tcholohanga, a casa que nós tinhamos alugados eles próprios do MPLA foram para lá, intimidaram a família e o dono da casa até hoje não devolve o nosso dinheiro que pagamos, para além disso nós solicitamos a Administração para que nos concede-se um terreno numa das reservas fundirias do estado para construirmos o nosso comite Municipal.lá, o Administrador Paulo Moma redondamente nega e foge me receber e não quer nos dar terreno em nome da Administração alegando que também os terrenos não são deles”. frisou

 

“Os diregentes do MPLA têm que saber que estão ali para servir o povo e não para servir-se a si mesmo. Por outro lado, queremos aqui manfestar o nosso sentimento de pesar as familias e partido UNITA pela perda de duas vidas humanas em consequencia da intolerancia politica que tem a impressões digitais do partido MPLA. Os dois casos aconteceram em Londuibali e na Comuna do Sambo, aquilo não é boa caisa em tempo de Paz, nós o PRSno Huambo condenamos energicamente estes actos bárbaros. “Aconteceu com a UNITA, nós temos que reagir ja e agora porque conosco tambem pode acontecer a qualquer altura”, esclareceu.

 

Solende criticou asperamente a forma como aqueles que trouxeram a paz em angola estão a ser tratados. Muitos pederam as vistas, outros as pernas, braços e não só, os que morreram tambem deixaram órfãos e viuvas, todos este mozaico angolano deve ser respeitado e valorizado, mas não é issto que temos acompanhado no nosso dia a dia. Vemos ex- militares deabulando de um lado para outro sem dignidade, os filhos converteram-se meninos de rua e salteadores. Tudo isto chama-nos uma especial atenção enquanto politicos, cidadãos fazedores de opinião e a todos membros desta sociedade apelamos um olhar mais atento.

 

“Paz não deve significar apenas o calar das armas, a Paz é para além disso é tranquilidade, se há de facto a Paz os jovens manifestantes não podem ser mortos como é o caso de Inocencio, detenções de jovens e reafirmamos que o massacre de Cafunfo, na Lunda Norte não pode ser esquecido, esta não é a verdadeira Paz que os angolanos querem”. rematou.

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