O governador do Namibe, desapontado com a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos por funcionários de algumas instituições públicas, ordenou os titulares dos respectivos sectores, a adopção de medidas punitivas severas contra os funcionários incumpridores, podendo mesmo serem despedidos.
Por: Esmael Pena
“Na saúde tudo é urgente, é certo que a transformação de mentalidade é um processo mais lento que acontece no ser humano, mas nós temos que fazer acontecer com urgência, porque a humanização dos serviços de saúde tem que acontecer já. E às vezes, o que nós temos que fazer, é usar instrumentos que estão à nossa disposição para que essa mudança seja encurtada e não leve tanto tempo assim, porque está em causa a vida das pessoas. Quem não está disponível para se ajustar às regras que se impõem para humanização dos serviços de saúde não está em condições de prestar esse serviço. É tão simples quanto isso. Então, os processos disciplinares que são levados a cabo têm que ser conduzidos de tal forma que essas pessoas sejam postas na rua, porque há muita gente que quer trabalhar bem, quer prestar bem o serviço”, advertiu.
“Eu já fui duas ou três vezes ao tribunal por ter despedido pessoas, e pessoas da função pública, se tiver que ir mais vezes, vou. Mas não podemos admitir isto, porque quem está na função pública parte do princípio que já tem garantido o lugar até à morte. Então relaxa, não, não pode ser. Por isso é que o pessoal gosta de vir trabalhar para a função pública, tenho o lugar garantido e ninguém me tira daqui, não, tiro, tiro, alguns já saíram”, advertiu.
“Se aplicarmos de forma dura esses instrumentos, as pessoas vão mudar, vão mudar de forma rápida porque não querem perder o emprego, vão querer sobreviver, porque o emprego é a forma que nós temos para sobrevivermos, basta começar por um, depois tem efeito multiplicador, não podemos é ser contemplativos, porque se nós estamos destruir o melhor activo que qualquer sociedade pode ter que é o homem, destruir porque estamos a tirar vida as pessoas, então estamos a destruir o país, isso é que nos vai matar a longo prazo. Namibe tem que ser um exemplo na humanização dos serviços de saúde. Dentro do hospital em cada unidade, eu tenho que conhecer quem é o melhor trabalhador da semana ou do mês, são formas que nos podem levar facilmente a humanização dos serviços de saúde. Eu não posso só esperar que um cidadão se queixe em relação a um serviço mal prestado. Eu tenho que criar condições para que de facto esse processo aconteça de forma rápida”, fez notar.