NFV FORA D` HORAS 22-10-2024

22.10.2024

Noticiário NFV, edição de terça-feira 22 de Outubro de 2024, com os seguintes tópicos:

1-Empresas salineiras do Namibe encravadas na crise financeira;

2- Sector da agricultura no Namibe com níveis de produção satisfatórios;

3- Bispo do Namibe enaltece empenho dos seus colaboradores na expansão do evangelho sem olhar para dificuldades;

4- Governo da província do Huambo estuda mecanismo de apoio ao programa de recuperação de toxicodependentes;

5- UNITA preocupado com fuga massiva de jovens de Angola para estrangeiro em busca de melhores condições de vida.

 

Somos à rádio NFV, coordenação e supervisão de Armando Chicoca, edita Esmael Pena, produção de Domingos Marques, eu sou Dino Manuel, com apoios do NED e da Open Society.

 

Piedade Goanhe, diretor do Gabinete provincial das Pescas e do Mar no Namibe

As empresas produtoras do sal no Namibe, enfrentam dificuldades de acesso ao financiamento junto dos Bancos, o que impossibilita o aumento dos níveis de produção. O diretor do Gabinete provincial das Pescas e do Mar Piedade Goanhe que lamentou o facto fez notar que existem condições naturais para produção do sal com um vasto mercado de escoamento.
Segundo Piedade Goanhe, de Janeiro a Setembro deste ano foram produzidas 6 mil 333 toneladas de sal, que comparado com igual período de 2023 houve um aumento de duas mil e quinhentas e trinta seis toneladas, um indicador do crescimento do sector.

Piedade Goanhe, diretor do Gabinete provincial das Pescas e do Mar no Namibe

Apesar de debaterem-se com a falta de energia elétrica da rede pública, o que eleva os custos de produção, as quatro empresas em funcionamento geraram para os cofres do Estado 785 milhões de Kwanzas, e emprega 650 trabalhadores.

Diretor do Gabinete provincial das Pescas e do Mar do Namibe, Piedade Goanhe.

 

Zonza Puissa, Diretor do Gabinete provincial da Agricultura e Florestas, do Namibe.

Cento e dez mil (110.000) toneladas de produtos diversos foram produzidos durante o terceiro trimestre do ano em curso, no Namibe, das quais, mais de 48 mil são de tomate. Estes dados foram revelados pelo Diretor do Gabinete provincial da Agricultura e Florestas, Zonza Puissa.

 

Zonza Puissa, Diretor do Gabinete provincial da Agricultura e Florestas, do Namibe.

Zona Puissa, diz que a Zâmbia e a República Democrática do Congo carecem de tomate, o Caminho-de-ferro e o Porto do Namibe seriam importantes meios para escoamento do excedente desse produto que se deteriora nos campos agrícolas.

Zonza Puissa, Diretor do Gabinete provincial da Agricultura e Florestas, do Namibe.

O responsável da Agricultura frisou que foram recuperados 65 mil hectares de terra até então fazendas agrícolas e pecuárias abandonadas, agora em mãos de novos produtores, apesar de algumas carecerem de água.

Diretor do Gabinete provincial da Agricultura e Florestas, do Namibe, Zonza Puissa.

 

Dom Dionísio Hissilenapo, Bispo do Namibe.

O Bispo do Namibe, Dom Dionísio Hissilenapo enalteceu domingo último, durante uma missa de Acção Graças, no município do Camucuio, província do Namibe, o contributo dos padres da igreja católica no desenvolvimento do país e na expansão do evangelho, mesmo em condições adversas, e sem recompensa.

O Prelado Católico que falava na comuna das Cacimbas durante a celebração do segundo aniversário da Vigaria do município da Bibala considerou os sacerdotes de heróis anónimos.

Bispo do Namibe, Dom Dionísio Hissilenapo enaltece o contributo dos padres da igreja católica no desenvolvimento do país e na expansão do evangelho mesmo em condições adversas e sem recompensa.

 

O Governo da província do Huambo estuda mecanismo de apoio ao programa de recuperação de toxicodependentes gizado pela igreja católica no centro, no município de Cachiungo onde estão internados mais de 117 jovens de ambos sexos.
Segundo a rádio estatal local, esta vontade foi manifestada pelo Governador daquela província, Pereira Alfredo que visitou no último fim de semana, a fazenda Esperança, vocacionada à recuperação de pessoas toxicodependentes, segundo deu a conhecer o responsável da instituição, João Paulo.

João Paulo, responsável da instituição de pessoas toxicodependentes no Huambo.

 

E o Governador Pereira Alfredo reconhece ser obrigação do Governo, a recuperação de pessoas toxicodependentes,

Pereira Alfredo, Governo da província do Huambo.

Governo da província do Huambo estuda mecanismo de apoio ao programa de recuperação de toxicodependente gizado pela igreja católica. Ouvíamos o Governador Pereira Alfredo.

 

 

UNITA está preocupado com fuga massiva de jovens de Angola para estrangeiro em busca de melhores condições de vida. A jornalista Fina Shatipamba completa esta informação.

Segundo a Voz de América, o presidente da UNITA manifestou-se recentemente no Lubango preocupado com o que chamou de fuga massiva de jovens de Angola para o estrangeiro em busca de melhores condições de vida.

Para Adalberto Costa Júnior, “jamais se viu um tão grande êxodo de compatriotas nossos em busca noutros países de condições de vida que não conseguem encontrar em Angola”.

Dados mais recentes indicam que entre 2017 e 2023, a comunidade angolana em Portugal, principal destino na Europa, passou de 16.854 para 55.589.

Números ilustram, que, na era de João Lourenço, a emigração para Portugal mais que triplicou citando o Novo Jornal.

O líder da oposição, citou alguns países da África Austral, como estando a acolher milhões de angolanos e referiu a que a África do Sul, Namíbia e a Zâmbia, este último que recebe em seu território um milhão de angolanos.

Evanilton Pires professor universitário ontem estudante no estrangeiro vive esse dilema e vê a fuga de quadros como um problema grave.

“Nós temos passado anos e anos a investir as nos esforçar a nos dedicar para adquirir essas competências e quando chega no final das contas volto para o meu país e sou tido como inimigo não sou visto como alguém que pode realmente contribuir, não tenho espaço de palavra, aquilo que eu falo não tem nada que a ver porque o sistema já está montado, e posso estar a servir mais de entropia e inércia do que a ser uma ajuda na perspetiva dos outros, fica muito difícil eu continuar a decidir cá estar”, aponta Pires.

O sociólogo João Neves olha para a taxa de desemprego que no primeiro semestre do corrente ano fixou-se em 32,3 por cento, de acordo com o próprio Presidente da República, para dizer que são dados preocupantes para a camada jovem que precisa de trabalhar.

Se se quiser mudar o quadro, João Neves defende a adoção de políticas públicas com investimentos capazes de travar a fuga de jovens para o estrangeiro.

“O investimento público e a priorização naquilo que os investimentos públicos desta faixa etária, que é maioritária do nosso país, que é a juventude, é absolutamente fundamental, investimentos na área da educação, da formação profissional mesmo ao nível da própria proteção social da segurança social. Nós não temos em Angola um sistema de proteção social generalizado, há agora esse exemplo do programa Kwenda virado muito para a população mais vulneráveis, mas claramente isso é insuficiente para suprir as necessidades que existem”, disse.

Aquele sociólogo alerta ainda que há pessoas empregadas a abandonar o país e esclarece que a valorização do emprego em Angola é outro desafio.

“Os nossos níveis salariais em Angola são muito baixos o problema não é só a população desempregada neste caso os jovens desempregados, também um grande número de jovens que estão empregados não têm um rendimento suficiente para viverem condignamente, simplesmente o facto de se ter um emprego não significa que este emprego nos dê as condições de sobrevivência e vivencia”, aponta Neves.

 

Para o economista José Makuva, qualquer país que se quiser afirmar precisa de contar com os seus quadros e a fuga para o estrangeiro tem um efeito contrário.

“Quando o país fica privado dessa força ativa naturalmente o resultado é o empobrecimento”.

O assessor do Presidente da República para o sector produtivo, Isaac dos Anjos, havia recentemente aconselhado à margem de um fórum local sobre o sector, os jovens a ficarem no país para trabalhar e aproveitar as oportunidades existentes ao invés de optar pela imigração.

 

O aumento da fuga de jovens em Angola se dá numa altura em que o mundo começa a fechar-se cada vez mais com a adoção pelos estados de medidas contra a imigração ilegal.

Peça de Fina Shatipamba, Correspondente do NFV no Cunene.

Recentes

NFV FORA D` HORAS 21-10-2024

Noticiário NFV, edição de segunda-feira 21 de Outubro de 2024, com os seguintes tópicos: 1 - Namibe: aberta campanha agrícola no sector prisional do Bentiaba com cento e quarenta um hectares de terra; 2 - Embaixador da Espanha em Angola diz que seu país disposto...

NFV FORA D` HORAS 18-10-2024

Noticiário NFV edição de sexta-feira 18 de Outubro de 2024, com os seguintes tópicos: 1 - Namibe:aberta campanha agrícola; 2 - Vinte e seis cidadãos foram detidos esta semana pela polícia nacional no Namibe como presumíveis autores de quarenta e dois crimes diversos;...

NFV FORA D` HORAS 17-10-2024

Noticiário NFV, edição de quinta-feira 17 de Outubro de 2024, com os seguintes tópicos: 1 - Executivo trabalha na mobilização de recursos financeiros para mitigar efeitos da seca na região sul; 2 - Gabinete das Pescas e Universidade do Namibe vão implementar projecto...

pergunta, sugere, denuncia, contribui

Jornalismo com tempo e profundidade faz-se com a tua participação e apoio.

Share This