Namibe: manifestação atacou pessoa errada “Miguel Pedro Ferreira (Coríntios)”

05.07.2021

Namibe: manifestação atacou pessoa errada “Miguel Pedro Ferreira (Coríntios)”

É o MPLA fazedor das políticas públicas angolanas falhadas, os protestos de fórum social devem direcionar-se nas sedes deste partido.

By: Armando Chicoca (Silivondela)

Foi bom ver os jovens activistas do Namibe nas ruas da nossa capital reclamando melhores serviços de saúde pública a favor da população.

Eu pessoalmente apoio a iniciativa, pois os serviços de saúde em Angola devem estar disponíveis ao atendimento de todos cidadãos, sobretudo os primeiros socorros, independentemente do credo religioso, matriz politica, origem social e cultural, endinheirado ou paupérrimo, as unidades sanitárias públicas devem atender os cidadãos com profissionalidade e humanização.

Todos nós angolanos residentes e na diáspora estamos no mesmo alinhamento de que já era tempo de o estado angolano corresponder a exigência dos angolanos, buscando a técnica e os especialistas estrangeiros para o fortalecimento do sector da saúde.

Refiro-me contratos com especialistas que vêm em Angola fazer a diferença e não a cooperação com cubanos e soviéticos para agradar os favores feitos ao MPLA militarmente e por detrás destes contratos extra negociatas com avultadas somas de dinheiro nos bolsos pessoais

Infelizmente, a ganância e corrupção dos políticos do MPLA, pelo enriquecimento ilícito agravou a situação social do pais e em arrasto o sector da saúde.

Estes governantes ao descobrir o negócio de mortes de cidadãos, abriram agências funerárias importando caixões no lugar da importação de arroz, farinha trigo e medicamentos para os hospitais.

Descobriram igualmente que a malária resultante do lixo é um parceiro que potência as nossas mortes comunitárias diante da multiplicabilidade do mosquito, dai vemos em todas as províncias de Angola a complexidade na gestão do lixo.

Manifestantes de sábado no Namibe

Passados 46 cacimbos parece-me que já não há em Angola estômago de alumínio capaz de suportar o “empirismo” governamental onde as mortes dos Mwangolés são incentivadas indiretamente ou discretamente para dar dinheiro aos nossos governantes detratores do povo.

Os nossos protestos têm consistência mas as vezes falhamos nos detalhes, porque em Luanda o largo da independência continuava ser o local preferido? Porque não defronte a sede do partido que idealiza e faz executar as politicas públicas?

Acompanhei atentamente o grito dos activistas do Namibe, inclusive o cenário perfeitamente bem feito defronte a direção provincial do Namibe da Saúde.

A minha pergunta é: será que o sector da saúde no Namibe é culpado pela fracasso das politicas de saúde em Angola?

Não terão falhado o alvo, se é que o objectivo da manifestação é a reivindicação para a melhoria das condições de atendimento nas unidades sanitárias?

Infelizmente, o nome do Director de Saúde, Miguel Pedro Ferreira “Coríntios”, que pouco ou nada tem a ver com o agravamento da degradação no atendimento das comunidades em hospitais angolanos (sem medicamentos) foi o mais realçado como se fosse o diabo da fita.

Não queremos aqui defender ninguém, apenas ajudar que nos próximos tempos saibam corrigir o alvo.

Miguel Pedro Ferreira “Coríntios” foi a pessoa errada neste calvário da manifestação de 3 de Julho em Namibe, salvo haja problemas pessoais ou interpessoais com a liderança da manifestação.

Coríntios, por aquilo que conhecemos dele, desde que foi director geral do hospital Municipal do Saco-Mar (atendimento humanizado) à substituição de Franco Mufinda agora em Luanda, tem sido homem incansável e pronto a esclarecer aos órgãos de comunicação social locais os problemas de saúde pública do Namibe sem tabus.

“Coríntios” não precisa pedir autorização para falar dos problemas do sector como alguns diretores bajuladores.

Se queremos ajudar melhorar o pais, precisaremos de identificar primeiro o verdadeiro alvo, sempre que quisermos criticar um determinado caso para não decepcionar, a essência do problema, o mentor dos factos e no caso concreto da saúde aqueles que deviam gizar políticas público-sanitárias e não fazem acontecer.

Os governos provinciais são meros seguidores das politicas de saúde pública traçadas pelo MPLA, tudo isso passa pelo partido no poder e acho que é ai onde as manifestações deviam terminar com leituras de mensagens de protestos.

Ao que me parece fizemos as manifestações como bem entendemos, atacamos pessoas erradas, manifestamos em ruas pouca circulação de pessoas.

Meus senhores, toda a manifestação de protesto a situação social deve terminar nas portas dos comités provinciais do MPLA e nos Municípios igualmente as portas dos comités locais do partido dos camaradas.

É o MPLA que giza politicas públicas erradas e não o sector de saúde no caso.

Qualquer reivindicação deve ser apresentada ao órgão decisório e não ao simples executor dos projectos e programas já traçados.

Precisamos de entender que nem todos os problemas que aparecem nos hospitais são da saúde pública.

Quem atribui orçamentos coxitos aos hospitais, quem não está a resolver o problema do saneamento básico, a gestão dos resíduos sólidos, enfim?

Portanto, no meu fraco entender a debilidade dos hospitais é a consequência das más políticas públicas que o MPLA enquanto partido no poder deve assumiram e é ali onde deve desembocar a pressão da sociedade civil.

Miguel Pedro Coríntio, diretor do Gabinete provincial da Saúde no Namibe

Pedro Miguel Ferreira “Coríntios” foi pessoa errada no alvo do vosso “ataque”, ele não tem líderes financeiros, técnicos e mesmo humanos para fazer do Namibe aquilo que se faz na Namíbia.

Peçam desculpas pelos insultos gratuitos brindados a este homem de Deus.

Enquanto isso, o processo de inquérito instaurado no centro de saúde 2, no bairro 5 de Abril, relativamente ao caso “mulher gestante falecida às portas do hospital por negligência”, está concluído.

Inicialmente esteve suspensa toda a equipa que trabalhou naquele centro a data dos factos.

Do trabalho realizado, apenas a médica e uma enfermeiras foram tidas com os principais culpados pelos factos ocorridos.

Miguel Ferreira Coríntios em entrevista exclusiva concedida à Voz da América disse que os dois quadros mantem-se suspensos e o resultado apurado do inquérito foi enviado a PGR aquém compete junto do Tribunal dar sequência do referido processo.

O diretor do Namibe de Saúde foi a pessoa errada nos ataques dos activistas durante a manifestação de 3 de Julho no Namibe. “Pensemos Angola”

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