NFV FORA D` HORAS 6-09-2021

06.09.2021

RÁDIO NFV (NOTICIÁRIO) SEGUNDA-FEIRA, 6 DE SETEMBRO DE 2021

1-Subiu para dez o número de morte de crianças no campo de reassentamento no Cunene, afirma jornalista Wiliam Tonet.

2-Jovens Académicos no Cunene apelam o envolvimento da sociedade civil no exercício da cidadania nas comunidades afectadas pela seca.

3-Ministra da Saúde Sílvia Lutucuta, valoriza o engajamento das autoridades locais na luta contra Covid-19 no Namibe.

4-Comentaristas do Namibe Fala Verdade aconselham ao governo para prestar maior atenção as crianças retiradas da República Namíbia reassentadas no Cunene.

Nós somos à rádio NFV edição de segunda-feira 6 de Setembro de 2021, coordenação e produção de Armando Chicoca, edição e técnica de Fonseca Tchingui, apresentação de Ester Culembe.

Eis o desenvolvimento das notícias.

Aumenta o número de mortes de crianças retiradas da república da Namíbia reassentadas no Município da Cahama, província do Cunene.

Radiografia da situação social da região sul de Angola foi o tema de debatido neste Domingo 5 de Setembro de 2021. Promovido pelo NFV onde convidamos o chefe Indígena o jornalista Wiliam Tonet e o Advogado Francisco Kandjamba, onde esgrimiram os seus argumentos de razão sobre a situação social na região sul de Angola com a moderação do jornalista Armando Chicoca. Wiliam Tonte, foi claro em dizer que a situação nesta na região é crítica partindo da Província do Cunene, Cuando Cubango, da Huíla e do Namibe.

Crianças no Campo de reassentamento no Município da Cahama-Cunene

“A situação não é boa até aqui, nós continuamos na peregrinação,  é lamentável encontrarmos pessoas, em pleno século XXI, em Agosto, Setembro, de 2021, cidadãos a viverem situações deploráveis como se tivessem  em acampamento mas em campos de concentração, aquilo que  é dados a estes nossos compatriotas não acredito que um cão porque conheço muitos cães dos governantes e de Ministros e dirigentes deste País, conseguissem comer aquilo, e nada justifica nem a seca, nem a covid-19, que as pessoas estejam a viver naquelas condições, os campos onde as pessoas estão a viver é uma situação de violação flagrantes dos direitos humanos, num País normal alguém tinha que sentar no banco dos réus tinha que ser julgado por crimes contra humanidade porque há genocídio”, denunciou.

Wiliam Tonet, foi mais longe ao afirmar que ação solidária  não vai resolver a situação da seca na região sul, é preciso que o executivo trace mais adequadas para estancar a situação de vulnerabilidade nas comunidades locais.

“A seca atingiu paradoxalmente mais a região da Huíla, Cunene e Namibe, nós temos pessoas hoje mesmo emigrando para Namíbia, emigrando para o Cunene, vindas da Huíla, emigrando para o Namibe e estas pessoas umas até aqui no Namibe já são quase tratada como escravos porque veja como é que pessoas que fugiram da fome na Huíla postas no Namibe escalar uma caixa de peixe, recebem pouco mais de 250 kzs nem chega para comprar um kilo de fuba vejam como está viver esta população”, manifestou.

O Advogado Francisco Kandjamba, afirma que é vergonhoso o que esta se viver na província do Cunene quando ao exercício da actividade.

“É vergonhoso sabermos que o Cunene poderia reagir por si, atribuir uma grande responsabilidade a própria sociedade civil, que também poderia gritar em função destas situações mas o Dr. Wiliam Tonet, foi categórico em dizer é como água ainda que nós desviemos o seu curso normal mas um dia poderá posicionar-se lá onde poderia estar, para dizer que é uma esperança que a está altura se deixa a sociedade civil lá no Cunene”, disse.

Crianças no Campo de reassentamento no Cunene

Enquanto isso, os Comentaristas do Namibe em sete dias espaço de abordagem dos factos que marcaram a semana finda, apelaram ao governo para prestar maior atenção as crianças retiradas da república da Namíbia agora reassentadas no Município da Cahama no Cunene.

O Filósofo Florindo Cinco Reis, disse que é vergonhoso no País potencialmente rico haver crianças a morrer por fome.
“Quando se fala de morte é uma situação muito complicada toca-nos a todos, é de facto uma situação triste, e vergonhoso até para nosso País, que se diz ser um País potencialmente rico, mas todos nós beneficiamos desta riqueza”, reagiu.

Fernando Kassinda, igualmente Filósofo disse que é preciso que o governo preste maior atenção o clamor das comunidades.

“Relativamente as crianças que perderam vidas, em função da fome é aquilo nós já temos chamados atenção que é preciso o nosso governo aceite a realidade que nós estamos a dizer, é com muita dor que nós começamos a observar isto”, disse.

Encontro de concertação entre a ANIESA e os membros do Governo do Namibe

A descentralização da ANIESA, “Autoridade Nacional de Inspensão Económica e Segurança Alimentar” inquieta membros do Governo e diretores Municipais no Namibe. Na passada sexta-feira, 3 de Setembro o Anfiteatro do Governo do Namibe, acolheu o encontro de concertação entre os membros do Governo e diretores Municipais. O director do Gabinete provincial dos transportes Boa Vida Savazuca, manifestou-se preocupado com a implementação desta instituição a nível local.

“Nós estamos no período da efetivação da desconcentração efetiva, sensivelmente há dois anos para cá, a nível das províncias dos governos provinciais procedeu-se a formalização deste desiderato em função do dispositivo legal que é a transferência das competências, foram para as Administrações Municipais seria necessário por prudência e em segundo para se evitar a usurpação de poder de um órgão para o outro órgão que fosse-nos bem informados sobre está matéria”, disse.

Já o Inspetor do INADC no Namibe Ângelo Gonçalves, receia que com o surgimento da ANIESA o INADC vai perder poder de fiscalizar.

“A tempo fomos no Armazém, não nos deixaram de trabalhar porque tinha um Advogado disse que o INADC pelo estatutos já não pode fiscalizar então estamos assim”, manifestou.

Por sua vez o director Geral da ANIESA, Adérito Mendes, esclareceu os objetivos da implementação deste órgão.
“Vão apenas para os Municípios aqueles que indivíduos que fazem parte de facto a área inspetiva, não importa se são do regime especial ou regime geral, mas desde que já façam trabalho inspetivo estes por sua vez vão então passar para as direções Municipais”, esclareceu.

A Ministra da Saúde Sílvia Lutucuta, durante a sua visita à Província do Namibe, valorizou o engajamento das autoridades locais, na luta contra Covid-19.

“Nós queremos aqui parabenizar a província do Namibe, porque há aqui uma combinação perfeita das medidas sanitárias e também o cumprimento das medidas de biossegurança com um apoio incondicional das forças de defesa e segurança nacional em especial da polícia nacional”, declarou.

Preletores no Cunene

Os membros da sociedade civil no Cunene apelam o envolvimento das comunidades no exercício da cidadania nas zonas afectadas pela seca. O Advogado Hermenegildo Hailengue, diz que muitos cidadãos estão aproveitar-se da vulnerabilidade das comunidades naquela província.

“Estas pessoas estão pobres não têm nada que quem chega e oferece atualmente 500.000.kzs, para tantos hectares de terra esse aparece como um Deus porque esta pessoa, quer efetivamente fazer a sua vida e o que tem que fazer vai esperar amanhã o canal, essas são avarentas e estão expropriar as suas terras”, denunciou.

Genitória Ndimuty, Professora e activista cívica, disse que o exercício de cidadania tem sido mal interpretado pelas autoridades locais.

“Conceito do exercício de cidadania em Angola tem sido mal interpretado pela autoridades, tanto que a reclamação de um direito inclusive observado na constituição da república, resulta numa conotação como pessoa que não valoriza os esforço do governo para tornar a vida dos angolanos, aqui a surge uma pergunta, será que o governo deve fazer esforço ou é uma obrigação que tem para com o povo”, questionou.

Já Xavier Kaulinawa, jornalista e activista cívico no Cunene, afirma que ser cidadão é ser antes militante.
“Ser cidadão é ser antes militante, nós primeiro somos cidadãos depois é que vamos ver em que partido nos revemos”, disse.

NFV Ponto final, muito obrigada por nos terem acompanhado nesta hora e nos despedimos com a vontade de voltarmos amanhã, a verdade doí mas liberta, estamos juntos!

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