NFV FORA D` HORAS 7-09-2021

07.09.2021

RÁDIO NFV (NOTICIÁRIO DE TERÇA-FEIRA, 7 DE SETEMBRO DE 2021

1-Governador Archer Mangueira, assume liderar campanha de doação de sangue para salvar vidas nos hospitais no Namibe.

2-Mais de 400 trabalhadores entre Auxiliares de Limpeza e protetores Escalar no Namibe clamam por vagas no sector da educação.

3-Sociedade cível no Cunene lamentam a falta de eficácia do programa do combate a fome e a pobreza nas comunidades locais.

4-Mulheres feirantes no Cunene intentaram uma ação judicial contra o governo local pela destruição da feira de negócios.

Nós somos à rádio NFV edição de terça-feira, 7 de Setembro de 2021, coordenação e produção de Armando Chicoca, edição e técnica de Fonseca Tchingui, apresentação de Madalena Tchicuendje.

Eis o desenvolvimento das notícias.

O Governador do Namibe Archer Mangueira, assumiu na semana finda, liderar campanha de doação de sangue para salvar vidas nos hospitais na província. O governante fez estas declarações a margem da visita da Ministra da Saúde Sílvia Lutucuta, nesta província.

Archer Mangueira, Governador do Namibe

“Para além do apelo que tornamos públicos em relação a vacinação, portanto vai ser uma luta diária para mobilização dos nossos concidadãos para a vacinação, o governo província do Namibe, também põe-se a partir da agora ser o grande incentivador para campanha covita de doação de sangue, muitas as crianças morrem nos nossos Hospitais e centro de Saúde por falta de sangue, infelizmente os doadores de sangue são somente familiares, é preciso ter a noção de que doar sangue é salvar vidas”, disse.

E a Ministra da Saúde Sílvia Lutucuta, valorizou o empenho das autoridades locais na luta contra Covid-19.”Estamos numa fase bastante sensível, em que começamos a ter um aumento do número de casos e óbitos na província mas toda comissão provincial muito liderada pelo Governador Archer Mangueira, esta dar uma atenção especial quer no controlo da pandemia, com medidas sanitárias com boa vigilância epidemiológica, vigilância laboratorial e também com a vacinação que é uma arma poderosa que nós temos por esta altura, no combate a pandemia”, salientou.
Florindo Cinco Reis e Fernando Cassinda, analistas do Namibe Fala Verdade, acreditam que com este apelo do Governador do Namibe, poderá se evitar mortes nos hospitais.

“Quando temos um incentivo do governador que é bem vindo, e todos nós podemos passar nesta situação, a aquelas situações que você vai ao hospital e não tem sangue, a população corre de um sitio para outro, sem encontra doador e a situação fica um pouco complicada, por isso que todos nós se nos disponibilizássemos participar nesta campanha de doação de sangue, porque doa sangue salva vida”, reagiu Florindo Cinco Reis .

“É preciso que haja fiscalização e sobre tudo a questão do acompanhamento sério que realmente este sangue, não pare em mãos alheias, o que que vai se passar depois e que nós temos muita gente a doar mas depois lá, o nosso kits naquilo é o armazenamento não tem sangue”, disse Fernando Cassinda.

Mais de quatrocentos trabalhadores entre Auxiliares de Limpeza e protetores Escalar no Namibe clamam por vagas no sector da educação. O grito de socorro foi manifestado nesta segunda-feira, 6 de Setembro durante o debate sobre “as Makas no sector da educação no Namibe”, acompanhem os depoimentos de mulheres e homens, que dizem estar aflitos e pedem a intervenção das Autoridades.

Carolina Filipe, Auxiliar de Limpeza no Namibe

“De concreto, o que nos fez vir aqui é a injustiça no sector da educação, no ano passado em setembro, escrevemos uma carta para o primeiro e segundo secretario, para ver se velasse o nosso caso, porque nós já estamos muito tempo a trabalhar, então assim que nos chegamos no partido, quem nos recebeu é o segundo secretario o senhor Augusto Sabino, assim que nos recebeu escrevemos também a carta, ele leu a carta, escrevemos também a carta, e explicamos também a carta normalmente e enteado ele disse vai reunir com o director provincial para ver como é que fica a nossa situação e depois vamos chamar vocês para ver coo e que fica a vossa situação. Eramos dói elementos que fomos la no partido, voltamos a segunda vez, ele disse que, o vosso problema já e do conhecimento do governador, e ele escreveu para a ministra e ela disse que neste ano já não vai a tempo de tirar um concurso para estas pessoas, só em janeiro do próximo ano e que vamos tira um concurso para essas pessoas para poderem serem inseridas. Nós todos ficamos alegres, recolheram os nomes de todas as pessoas para verem se todos entrássemos ,e passando alguns dias, eles me incutiram a responsabilidade de ligar para eles para saber como e que o nosso processo estava a decorrer, e me chamaram pra ir ter com o senhor Ntiamba que trabalha no partido MPLA e posto la, ele começou a reclamar sozinho, vocês não pagam a segurança social, mas nós não pagamos porque o dinheiro que nos dão, nem para o sustento dos nossos filhos não chega, nos praticamente trabalhamos por amor a camisola. Voltamos a falar com o director provincial mas ele disse que não pode fazer nada senão vai passar por cima das ordens da ministra, dezembro do ano passado todos os diretores reuniram e decidiram que quem quiser trabalhar trabalha ,quem não quiser pode ir para casa, e nos como já estamos habituados, continuamos, e tem colegas que estão a oito meses outros a seis meses, (sem salario)lhes mandaram ir para casa, mas esse dinheiro ficou com eles, recolhem ai os dinheiros nos bolsos dos pais dizendo que é para nós e no final fica todos ai com eles. Nós só queremos o nosso reconhecimento “, clamou Carolina Filipe.

Havia um concurso publico na área administrativa e dos protetores escolares, em 2016 que só aprovaram apenas 75 elementos, que entraram como efetivos e nos ficamos na lista b e disseram que vocês naos eram efetivados porque os valores la nas finanças não foi suficiente, e apenas os documentos foram visados e ate hoje estamos a trabalhar, nós como protetores das escolas ,não ganhamos nada e não somos efetivos ,mas os co legas que entraram em 2016 ganham, nós queremos só que pelo menos que haja concurso interno“, pediu  Cassinda Muconde.

António praia pinto, Protetor escolar no Namibe

“Em 2016 Houve um concurso de 150 protetores e foram apurados 80, o tribunal de contas já assinou e nos já assinamos o contrato, então já que vocês assinaram e o tribunal de conta já assinou, então vocês não vão depender mais de concurso porque vocês já têm os documentos ali. Então no principio deste ano ouve manifestação, fomos ao governo provincial e a vice-governadora e que nos recebeu e nos encaminhou para o director provincial que disse que esse processo dos 70 eu já encontrei, e fiz todos os possíveis para entregar os processos e ate aqui não se fala nada. Estamos sem palavra”, disse António praia pinto.

E o director do Gabinete provincial da Educação no Namibe Valério Arcanjo, disse recentemente que uma das maiores dificuldades é a falta de protetores e auxiliares de Limpeza nas escolas.

“Maior dificuldade é a falta de auxiliares de limpeza e protetores escolares, nós realizamos um concurso público, então vamos inserir essas novas funcionárias mas o número não é suficiente”, manifestou.
Para o Filósofo Fernando Cassinda, deixa um apelo as entidades competentes.

“Vai para Ministra da Administração Pública, a Ministra das Finanças e para Ministra do sector da educação, estamos triste e condoído com alma lesada, porque sabemos muito bem que durante muito tempo as nossas escolas estavam na vanguarda das auxiliares de limpezas, ficamos durante vinte anos e outras mais e hoje por conta do Concurso público, que houve está se encerrar os contratos com eles ou seja foram choutados”, lamentou.

Preletores da conferência em Ondjiva-Cunene

Os membros da Sociedade cível no Cunene lamentam a falta de eficácia do programa do combate a fome e a pobreza nas comunidades locais. O Advogado Hermenegildo Hailengue, defensor dos direitos da criança no Município do Curoca, disse que é lamentável o que se vive no interior das comunidades da Província do Cunene, por causa da situação da fome.
“Combate a fome e a pobreza, cabe ao Estado em sede das suas tarefas fundamentais, promover a erradicação da pobreza, promover o bem estar, a solidariedade social, e a elevação da qualidade de vida do povo angolano designadamente dos grupos populacionais mais desfavorecidas, o combate as assimetrias regionais e sociais, para que se possa ter melhoria sustentada no índice do desenvolvimento em Angola”, disse.

Xavier Kaulinawa, jornalista e activista cívico no Cunene, disse que o exercício de cidadania também passa pela cobrança das promessas eleitorais.

“Exigir o cumprimento dos órgãos do Estado, porque quando alguém tá servir nas nossas instituições que vemos, esta aí na Administração e na justiça em fim, parece é mesmo favor, parece não ser obrigação por isso que ainda os nossos professores lá, nas comunidades afectadas pela seca, como povo não sabe que isto, é um direito deixam andar”, disse.
As Mulheres feirantes na cidade de Ondjiva capital da província do Cunene intentaram uma acção judicial contra o governo local pela destruição da feira de negócios em Novembro de 2020. Vamos acompanhar a reportagem da Voz da América na voz do jornalista Armando Chicoca.

“Mulheres feirantes intentaram uma ação judicial contra o governo do Cunene

Desapontadas com os danos causados às mulheres empreendedoras e empresários expositores pela destruição da feira de Ondjiva pela Administração Municipal local sem o suposto aviso prévio as vítimas, durante os debates sobre a situação social do Cunene as mulheres visadas exigem uma indemnização em tribunal no processo cível Nº 31/2021 de 20 de Abril de 2021 e um montante em kwanzas de (2.500.000.000.00 Kzs) dois bilhões e quinhentos milhões de kwanzas pelos danos causados a mais de 130 feirantes de entre empresários.

Vitória Ndevama, Feirantes no Cunene

Vitória Ndevama, além do investimento perdido disse que o choque causou-lhe aborto.

 “O governo nos surpreendeu que a feira vai ser destruída, vieram nos avisar às 20 horas, no dia 04,que temos que sair fora da feira, que até o dia seguinte dia cinco, temos que nos retirar até às doze  horas em ponto temos que nos retirar da feira. Aquilo afetou, afetou muito, eu aqui que estou a falar, no meu caso, estava grávida de sete meses, com aquele estresse perdi o meu bebé, no dia seis de Dezembro, aquilo atingiu e chocou, mas não fui a única, também tinha outros, até senhores que até apanharam recaída, foram parar no hospital”, lamentou Vitória Ndevama.
 Quem também não se coibiu e pressiona a governação de Gerdina Ulipamwe Didalelwa a indemnizar os visados é a cidadã Ester Liffey.
“Fizemos aquilo que podíamos fazer, escrevemos, tiraram-nos tudo. Precisamos que o Governo faça alguma coisa, porque que em outras províncias as pessoas são indemnizadas, e aqui no Cunene não”, questionou Ester.
Orlando Chilekelny, Vice-Presidente da Câmara empresarial do Cunene diz ser militante do partido no poder e condena a postura dos seus camaradas.
Há muito espaço no Cunene, para se fazer um Hospital, eu pessoalmente não sou contra a construção de um hospital, o hospital é bem-vindo, só, sou muito contra da maneira como se tratou o processo de retirar as empresas ou os empresários e empreendedores daquele lugar. Porque nós já tínhamos aí estruturas definidas em que já investimos o nosso capital privado eu por exemplo sou o vice-presidente da câmara dos empresários do Cunene”, disse.
Para Jerónimo António outro empreendedor.
“Quem governa não pode incentivar a legalidade. Foi uma usurpação, porque nós temos visto em Luanda, quando são retirados há um processo de indemnização, há um processo de concertação antes, então é essa igualdade que nós queremos que as pessoas também do Governo sejam tratadas da mesma forma. Agora vimos o  presidente da República,(João Lourenço) que veio inaugurar um espaço que não houve  uma historia real”, denunciou.
A Voz da América procurou ouvir Francisco Ukwama advogado das visadas e a Governadora Gerdina Ulipamwe Didalelwa sem sucesso.

NFV Ponto final, muito obrigada por nos terem acompanhado nesta hora e nos despedimos com a vontade de voltarmos amanhã, a verdade doí mas liberta, estamos juntos!

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