NFV FORA D` HORAS 14-10-2021

14.10.2021

RÁDIO NFV (NOTICIÁRIO) DE QUINTA-FEIRA 14 DE OUTUBRO DE 2021

1-Cidadãos em Ondjiva questionam o papel dos deputados pelo circulo provincial do Cunene.

2-Adriana Caconda Mbalaka, diz estar a passar por imensas dificuldades e pede apoio a sociedade Namibense.

3-Jornalistas alegam não haver liberdade de imprensa em Angola.

4-Causas e consequências da anulação do XIII congresso da UNITA pelo Tribunal Constitucional foi o tema abordado no programa Mwangolê Fala Verdade.

5-Mulheres rurais no Namibe dizem estar dispostas a trabalhar na Agricultura para o combate a fome.

Somos à rádio On-line NFV edição de quinta-feira, 14 de Outubro de 2021, coordenação e produção de Armando Chicoca, edição de Fonseca Tchingui, apresentação das notícias à Madalena Cavaya.

Foto de arquivo retrata a situação social das crianças no Cunene

Os cidadãos em Ondjiva questionam o papel dos deputados pelo circulo provincial do Cunene. Os contestatários dizem que desde as primeiras eleições em Angola, no ano de 1992, o povo do Cunene, segundo dados da Comissão eleitoral, tem eleito periodicamente cinco deputados e todos da bancada parlamentar do MPLA contra nenhum da oposição, mas que já somam vinte em quatro legislaturas, nada têm feito a favor do povo do Cunene e do desenvolvimento daquela província mais a sul de Angola.

Hermenegildo Hailengue disse a VOA que os Deputados da Província do Cunene fazem parte dos culpados pelo subdesenvolvimento das terras do rei Mandume depois da Independência Nacional.

“Porque o Cunene não desenvolve, porque o Cunene encontra-se sempre estagnado, é uma pergunta que todo mundo quase quer saber. Primeiro Cunene teve 7 Governadores, Cunene, teve 21 deputados em quatro círculos eleitorais mas o Cunene continua na mesma estaca”, reagiu.

Hailengue é Advogado, activista social, docente e defensor dos direitos da criança no Município do Curoca e faz uma análise critica e social da Província do Cunene e relembra a figura de António Didalelwa, antigo governador do Cunene de feliz memoria, o único governante que procurou olhar para os problemas do povo do Cunene, tendo implementado politicas claras para o desenvolvimento daquela Província mais a sul de Angola.

“Mas perguntamos, porque esta debilidade, se nós temos uma democracia representativa, temos uma constituição que funda na dignidade da pessoa humana, porque está regressão”, questionou.

Samuel Salomão, outro cidadão da Província do Cunene, residente no bairro Epalala é de opinião que os deputados do Cunene devem estar ao lado do povo que os elegeu.

“Estes mesmos deputados, foram eleitos ou foram nomeados, o que nós temos estado a ver é que estes mesmos deputados, se têm feito coisas nós moradores e munícipes temos constatado pouco trabalho nestes deputados eleitos.
Daniel Tchimbwa, analista político da Voz da América no Namibe defende uma deputação de proximidade e diz que o povo tem que sentir na alma os efeitos das ações dos Deputados.

“São anónimos, deputados anónimos, aquele que o povo elegeu mas o povo não os conhece, já ninguém os conhece andam mais de carros com vidro Fumados nota zero ao deputados”, disse.
Florindo Cinco Reis, outro analista considera legítima a reclamação do povo do Cunene quanto ao desempenho dos deputados locais.

” Ou todos são Incompetentes, quase todos dirigentes de lá foram deputados, isto é grave”, manifestou.
A Voz da América procurou ouvir alguns dos cinco deputados da bancada parlamentar do MPLA pelo circulo provincial do Cunene sem sucesso.

Adriana Caconda Mbalaka, de 29 anos de idade moradaora do Bairro Boa Esperança III

Adriana Caconda Mbalaka, de 29 anos de idade moradaora do Bairro Boa Esperança III e Mãe de três filhos portadora de deficiência física nos membros inferiores, diz estar a passar por imensas dificuldades e pede apoio a sociedade. Esta preocupação foi manifestada nesta terça-feira, 12 de Outubro de 2021, no programa Tchuvila com “Mestre Silivondela”, no Namibe Fala Verade.

“Gostaria que o governo me ajudasse com um trabalho para fazer limpesza, regar jardim, eu preciso de trabalhar para formar os meus filhos”, disse.

Adriana Coconda Mbalaca, disse que durante algum tempo trabalhou numa empresa na cidade do Namibe mas por conta da situação social do País o seu emprego não foi poupado.

“Eu trabalhava na empresa da avozinha desde que a empresa foi abaixo não estou a consiguir emprego”, lamentou.

Os jornalistas alegam não haver liberdade de imprensa em Angola. Jornalistas e fazedores de opinião em Angola não acreditam na liberdade de imprensa em ano eleitoral, a julgar pela contínua pressão do regime sobre os profissionais da classe.

jornalistas alegam não haver liberdade de imprensa em Angola

Nos últimos tempos, as denúncias têm surgido de todos os lados de uma pressão cada vez maior do poder público para impedir que vozes que não as do Governo e do partido no poder, o MPLA, cheguem às antenas e páginas da imprensa pública, actualmente dominada pelo Estado.

Há mais de um ano, o Governo passou para a tutela do Estado vários meios de comunicação pertencentes a antigos dirigentes por, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), terem sido adquiridos com recursos públicos.

Apesar da promessa de que esses meios seriam privatizados, continuam sob tutela do Governo e, segundo observadores, seguindo a linha editorial do Executivo.

Ao mesmo tempo, vários jornalistas têm tido às costas investigações da PGR e alguns já enfrentam processos nos tribunais.

“Não teremos nada de novo que nós não saibamos”, considara Jorge Eurico, editor do jornal em formato electrónico “O Kwanza”.

Para aquele jornalista, neste ano de pré-campanha “o circulo vai ficar cada vez mais apertado”.
O jornalista e director do jornal “O Crime”, Mariano Brás, diz que a crise económica colocou a imprensa privada numa situação de mendicidade e propensa ao aliciamento fácil no período eleitoral, mas também sujeita à intimidação e pressão políticas.

“Neste período de eleições, a postura adoptada pelo regime é de intimidação. Não acredito que haverá um acompanhamento imparcial das eleições”, afirma Brás.

Por seu turno, o reverendo e activista social Elias Isaac entende que o problema da liberdade imprensa em Angola não está nos jornalistas mas “na estrutura política e de governação do país que fingidamente manifesta acreditar na de democracia mas a sua alma e a sua essência é autoritária”.

Refira-se que tanto o Sindicato de Jornalistas Angolanos como o Instituto de Comunicação Social da África Austral, MISA-Angola, têm denunciado nos últimos tempos uma maior pressão do Governo sobre jornalistas.

As Causas e consequências da anulação do XIII congresso da UNITA pelo Tribunal Constitucional foi o tema debatido no Mwangolê Fala Verdade desta quarta-feira 13 de Outubro de 2021. Eduardo Cassanga filosofo disse que Adalberto da Costa Júnior é um politico forte com capacidade de dirigir o País.

Eduardo Cassanga, filósofo

“A questão toda que estamos a falar de Adalberto Costa Júnior e a “FRENTE PATRIOTICA UNIDA” é uma questão politica ou partidária porque provavelmente é uma das maiores ameaças pelo qual o partido que sustenta o governo está se ver com ele nas próximas eleições, e a reeleição do Presidente do partido e Presidente da Republica vê-se um pouco beliscada ou ameaçada com essa alternância porque estamos a ver que Adalberto da Costa Júnior trouxe uma outra forma de fazer politica na nossa sociedade, e hoje a UNITA se vê como o partido mais próximo no poder em Angola, doa quem doer mais é a realidade. Dizer que obviamente Adalberto Costa Júnior é muito forte estamos a ver que mesmo com todas as quedas que ele tem sofrido, mas mesmo assim ainda continua calmo, nunca se deixou cair é muito forte o homem, creio que dessa vez vai sair muito mais forte”.

Manuel de Brito, formado em ciências politicas

Já Manuel de Brito, formado em ciências politicas acredita que o oponente a altura do presidente da republica de Angola João Lourenço é o Actual presidente da UNITA Adalberto da Costa Júnior.

“O oponente direto de João Lourenço, é o Adalberto da Costa Júnior, nessa eleição presente”.

Eduardo Cassanga acrescentou dizendo que a igreja devia afastar-se dos assuntos políticos apartidários.

“Estamos a ver por exemplo a aparecer uma pastora a dizer que o Presidente foi posto aí por vontade divina, essas questões não abonem nada, a igreja deveria se apartar da politica partidária, olhe para a politica publica, o Estado é laico”, disse.

Manuel de Brito, pontualizou dizendo que o presidente da republica João Lourenço não teve um plano de estratégia para a governação do país.

“Não trouxeram de facto um plano estratégico diferente daquilo que se apresentou aí, são apenas teorias de hermenêutica apenas para convencer o eleitoral e a assunção do poder na pessoa de João Lourenço”, concluiu.

Causas e consequências da anulação do XIII, congresso da UNITA pelo TC, foi o tema abordado nesta quarta-feira, 13 de Outubro de 2021, no programa Mwangolé Fala a verdade.

Mulheres rurais no Namibe

Assinala-se nesta sexta-feira 15 de Outubro de 2021, dia internacional da mulher rural, e no Namibe as Mulheres dizem estar prontas e dispostas a trabalhar na Agricultura para combater a fome e a pobreza no seio das comunidades, tal como nos confirma Filipa Henrique, que falava em nome das mulheres rurais do Nmaibe, durante a actividade realizada nesta quinta-feira, 14 de Outubro do ano em curso no Salão Nobre, da Administração Municipal do Namibe.

“Nós as mulheres estamos preparadas a trabalhar na agricultura, para combater a fome, a pobre e a miséria, temos que dar o nosso contributo”, disse Filipa Henrique

Maria Natalia de Carvalha, Directora do gabinete provincial da Acção social e igualdade de genéro, fala das actividades a serem realizadas em alusão a data, na província.

“O gabinete da Ação social promação da mulher e igualdade de genéro, leva acabo de 5 à 31 de Outubro do corrente ano, as jornadas em alusão a mulher rural”, esclareceu.

Por sua vez Archer Mangueira, Governador do Namibe na ocasião disse que a mulher é celula mais importante no contexto familiar e social.

“Hoje ninguém pode ter dúvidas sobre a importancia da ação do trabalho da mulher, como sustentáculo da celula mais importante da sociedade que é a família”, valorizou.

NFV Ponto final, muito obrigada por nos terem acompanhado nesta hora e nos despedimos com a vontade de voltarmos amanhã, a verdade doí mas lib erta, estamos juntos, Apoio NED e OSISA!

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