NFV FORA D` HORAS 4-11-2021

04.11.2021

NOTICIÁRIO DE QUINTA-FEIRA 04 DE OUTUBRO DE 2021.

1-Pessoas morrem a fome no Cunene e outras emigram para a República da Namíbia.

2-Redução dos preços da cexta básica é uma campanha política´´, disse Daniel Tchimbua.

3- Jornalistas angolanos ponderam realizar greva para a melhoria dos salários da classe.

4-Dificientes auditivos apelam ao governo a implementação da da língua gestual no ensino geral em Angola.

5-Valorização das culturas para o crescimento das línguas locais deve ser um projeto de Estado, disse Carla Prudente.

Rádio On-line NFV edição de quinta-feira 04 de Novembro de 2021, coordenação e produção de Armando Chicoca, editou a Luísa Gomes, técnica de Fonseca Tchingui, eu sou Madalena Cavaya.

Foto de arquivo Município dos Gambos província da Huíla

Pessoas morrem a fome no Cunene e outras emigram para a república da Namíbia . Acompanhe a reportagem da Voz da América na voz do jornalista Manuel José.
Líder religioso, autoridade tradicional e produtor agrícola descrevem situação lastimável no Sul, mas alertam que alastra-se a outros regiões

Residentes, activistas sociais e líderes religiosos continuam a denunciar o aumento da fome em várias regiões de Angola, devido à seca, mas também à falta de programas do Governo.

Se até há pouco o grito provinha do Sul do país, agora as denúncias surgem da Lunda Sul e, por exemplo, do município da Ganda em Benguela, onde os produtores deixaram de trabalhar porque a produção é roubada na calada da noite pelos munícipes que alegam fome.

No Cunene, a situação de fome é tão grave que, segundo o padre da Igreja Católica Gaudêncio Félix, há mesmo pessoas a morrerem em consequência da falta de comida, enquanto outras fogem para a vizinha Namíbia.

“Encontrei pessoas que estão há dois, três dias sem comer, algumas a morrerem mesmo, outras até podem não perder a vida imediatamente, mas a sua esperança de sobrevivência é reduzida, a comida que se está distribuir não chega para nada, não é possível sobreviver com três quilos de fuba durante meses, com famílias de 10 membros”, diz aquele líder religioso para quem “é uma pena o nosso Executivo ignorar o apelo dos bispos para decretar estado de emergência no sul do país”.

“Infelizmente, vamos assistindo à incapacidade do mesmo Executivo em resolver o problema da fome e vemos pessoas a fugirem para a Namíbia à procura de melhor sorte”, lamenta Gaudêncio Félix, quem também alerta para o aumento do crime.

“Os roubos aumentaram, a delinquência, e vão aparecendo cada vez mais crianças abandonadas pelas próprias famílias, é uma situação triste”, conclui aquele padre.

Mais a leste, na província da Lunda Sul, o cenário não é diferente, como diz o Soba Kapemba.

Ele lembra que como tudo vem de Luanda e as estradas para aqui não favorecem, com a alta dos preços dos principais produtos, a fome aperta e a solução encontrada por alguns é a marginalidade.

“A pobreza aumenta por estas paragens, os jovens passam o tempo na rua a pedir, durante o dia e de noite há roubo, muitos assaltos, as pessoas já não conseguem dormir tranquilas, cresce a miséria, as pessoas, por causa da fome vão ficando doentes”, conta aquela autoridade tradicional.

O empresário e produtor nacional Rui Magalhães afirma que na região da Ganda, na província de Benguela, a fome está quase por todo o lado.

Magalhães revela que há tanta fome na Ganda que os agricultores locais preferem parar a pouca produção, por causa dos roubos.

“Durante a noite, as pessoas são capazes de roubar quase uma tonelada de produtos do campo, a polícia não tem capacidade de intervenção, o empresário só vê uma saída, que é parar a produção”, sublinha aquele produtor que destaca uma grave situação de insegurança.

Desde há meses, activistas sociais pediram ao Governo que declare o estado de emergência no Sul do país na sequência da pior seca que há 40 anos abate sobre Angola, pedido também feito pela Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) em Outubro.

O Governo não respondeu positivamente, mas o Presidente criou uma equipa de trabalho para enfrentar a situação no Sul, há dois anos, mas até agora não há qualquer informação sobre o trabalho que tem vindo a efectuar.

A redução dos preços da cexta básica é uma campanha política, disse Daniel Tchimbua, no programa Namibe em 7 dias, nesta Segunda-feira, 01 de Novembro de 2021.

“Antes da implementação do IVA chamou-se atenção e todos sabemos que os 14% que foram implementados alguns analistas políticos e economistas chamaram atenção que para um país que está a começar 14% era uma taxa muito elevada para o IVA, mas, por imposição do FMI teve que estipular.

Mas uma coisa que eu digo, é teimosia do PR é a questão que quando se estipulou o IVA com a taxa de 14% a cesta básica já estava alta, os preços já estavam altíssimos, porquê que não se tomou esse cuidado? Daí que nós estamos a dizer que essa, é só uma campanha politica. Nesse momento a redução do IVA não é que fará que os produtos da cesta básica baixem. Os mesmos produtos da cesta básica em Angola, já deixaram de baixar desde 2014, esse governo projeta programa de sofrimento para o povo”, disse.

Os jornalistas em Angola, poderão a realização de uma greve no mês de Novembro, que visa a melhoria salarial. Segundo Elias Pedro Guito, secretario adjunto do Sindicato dos Jornalistas no Namibe, o objetivo da greve é a melhoria das condições salarias d os jornalistas locais.

“O nosso próximo desafio como Sindicato dos jornalistas, é a implementar o qualificador fazer uma greve dentro de um mês, este é o nosso grande desafio. A nossa prioridade neste momento é melhoria salarial dos funcionários”, disse.

Foto de arquivo Comunidade surda no Namibe

Os portadores de deficiência no namibe apelaram nesta Terça-feira, 02 de Novembro de 2021, no programa mãos que falam, ao governo, a expansão da língua gestual.

Esta preocupação foi manifestada nesta terça-feira, 2 de Novembro, durante o debate no espaço “Mãos que Falam”, no Namibe Fala Verade que abordou sobre o dia-a-dia, da pessoa surda.

Cornélio Hamutenha, Estudante de enfermagem disse que já sofreu boling e explica como adiquiriu a surdez.

“Para que não entendi a linguagem gestual, para mim também que sou meio surdo,  como entrei nesta comunidade, é mesmo complicado por sofrei boling por parte de outras pessoas”, disse.

Emaculada Paca, estudante do magistério primário e portadora de surdez, disse que o seu pai já recorreu a várias instituições e os apoios tardam achegar.

“Gostaria que o governo ou a Ministra da educação, se implementasse o ensino de especial em todas escolas do ensno geral para facilitar o ensino especial”,frisou.

A estudante diz ainda que é preciso que o governo implemente o ensino da lingua gestual nas escolas do ensino geral.

A valorização da cultura para o crescimento das línguas locais deve ser um projeto de Estado, disse Carla Prudente, neste Domingo 31 de Outubro de 2021, durante a entrevista, no programa Namibe fala só, no espaço dedicado aos linguistas.

Carla Prudente, jornalista da RNA

“Quando se quer a cultura vamos lá buscar o quê, a nossa gastronomia, o que querem ser promiscuo vão dizer que a poligamia faz parte da cultura, mas na hora de assumir a responsabilidade, então vai se buscar na cultura o que interessa. E o que que esta ser feito para garantir a sua transmissão e valorização, que valor é que se dá aos artistas por exemplo”, questionou.

NFV ponto final, muito obrigada por nos terem acompanhado nesta hora e nos despedimos com a vontade de voltarmos amanhã, a verdade dói, mas estamos juntos. Apoio NED.

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