SECOR TURÍSTICO DO NAMIBE CLAMA POR INVESTIDORES
Se existe um plano estratégico de implementação do turismo no Namibe já gizado, os efeitos tardam a chegar, enquanto os cofres do estado perdem avultadas somas de divisas que daí poderia advir.
Por: Esmael Pena
O mosaico turístico do Namibe está recheado de vários encantos que bem explorados trariam à província mais navios cruzeiros com turistas de vários quadrantes do mundo, para rentabilizar a rede hoteleira e os serviços de restauração, que apesar da falta gritante de clientela vão sobrevivendo como podem, mesmo com as mesas às moscas e porque também os preços são arrepiantes.
A par da conhecida região faunística do Yona, estão o atrativo Arco e o seu Oásis, no município do Tombwa, as famosas pinturas rupestre do “Tchitunduhulo” no município do Virei, proposta à UNESCO para constar na lista do património mundial à semelhança do Mbanza Congo, assim como o centro turístico da Montipa que jã foi um cartão de visita ao município da Bibala, agora submetido à concurso público, aguardando por potenciais investidores. A este mosaico turístico somam-se ainda as pinturas rupestres do Tchipopilo onde encontramos a pedra que emite som semelhante a de um sino, aguas termais do Ndolondolo na comuna do Mamue, o lago do Mulove com diversidade de fauna e flora, a fantástica Serra das Neves e outros encantos por descobrir, todos localizados no municipio do Camucuio, aguardando por quem os salve do marasmo em que se encontram adormecidos.
A cidade capital da província, Moçâmedes, contada no rol das mais belas da orla marítima angolana, poderá ver recuperada a imagem perdida, que nos tempos idos lhe conferiu o título de cidade mais limpa de Angola, se o tão almejado e ambicioso projeto de requalificação da avenida marginal, um dos postais que fazem do Namibe o destino turístico com a Weliwítschias Mirabilis planta anómala que só existe no inóspito deserto do Kalahary,não for mais um dos tantos que já caíram em saco roto.
O estado de obsolência que apresentam os edifícios de construção remota, alguns dos quais classificados como patrimónios histórico-cultural, remete as estruturas de direito à uma profunda reflexão sobre o quão é fundamental reabilitá-los, se quisermos de facto ver outra imagem da capital da terra da felicidade como é apelidada pelos seus admiradores. Os poucos que foram pintados parcialmente em vésperas da visita do Presidente da República, em Novembro do ano de 2021, deram uma outra imagem à algumas artérias. Porque não se não foram pintados todos, é o questionamos munícipes havidos de verem uma imagem mais dignificante da sua cidade, dispõe das melhores praias da orla marítima do continente africano. Com um clima de verão privilegiado, a sua água mantém normalmente a temperatura ideal para banhos de mar e são servidas por um sol, embora quente nunca seja escaldante, clima sempre amenizado por suave e agradável brisa marinha. Oferecem igualmente aos banhistas condições propícias para a prática da pesca desportiva modalidade que, no entanto nos últimos anos ganhou um novo alento depois de um assopro forte dos aficionados desta modalidade das elites. Porém, o mesmo não se pode dizer em relação ao desporto náutico que jamais se ouviu falar.