ESPAÇO NAMIBE EM 7 DIAS

15.01.2022
Análise das principais notícias que marcaram a semana finda “Namibe em 7 dias, edição de segunda-feira, 10 de janeiro de 2022.
Por: Paulo Fernando
Em Luanda um agente da polícia nacional disparou mortalmente contra dois colegas e em seguida suicidou-se.
Florindo Cinco Reis, filosofo, convidado a comentar o tema no espaço disse que :“Infelizmente começamos o ano 2022 com essa triste noticia, foi uma situação inesperada e são muitas as rezões desconhecidas até aqui e que levam para que esse facto se concretiza-se, não sabemos quais são as causas mas eu diria que o fator psicológico conta muito porque onde um cidadão normal chega ao ponto de disparar contra os seus dois colegas e por fim tirar a sua própria vida não temos muito a dizer se não lamentar” reagiu.

Daniel Tchimbwa, Analista político

Daniel Tchimbwa, igualmente filosofo afirma que : “É um acontecimento muito triste e casos do género têm sido recorrentes com consolado do PR João Lourenço, eu não quero levar isso para o outro lado, mas de 2017 para cá tem havido situações constantes na Policia Nacional, não estou a querer dizer que o PR é culpado, mas tudo gravita em torno daquilo que é a contextualização da sua governação, mas que se faça alguma coisa para que situações do género sejam evitadas”, lamentou.

Sobreviventes do 5 de janeiro de 1993 no Namibe exigem um funeral condigno às vítimas atiradas em valas comuns.
Florindo Cinco Reis, filosofo acredita que : “Todos nós que vivemos aqui no Namibe não dominamos bem esse assunto, conforme aconteceu o 27 de Maio que também andou oculto porque nem todos sabem quais são as razões, essa situação de 1993 também anda no anonimato, até hoje não houve nenhum esclarecimento sobre o ocorrido, quais foram as causas, quantas pessoas morreram e estamos assim, tentando ofuscar a nossa historia”, afirmou.
Daniel Tchimbwa, disse que : “eu tenho acompanhado esse acontecimento de 1993 e é sabido que propriamente Angola foi democratizada com braço pesado do próprio multipartidarismo em 1992 com a realização das eleições, após isso alguns cidadãos foram perseguidos sobre tudo aqueles que eram aderentes ao partido UNITA, essa perseguição estendeu-se quase em todo o país, no Município do Tombwa eu tenho amigos que perderam os seus pais nesse ato e até aqui continuam a lamentar o ocorrido, e muitos sobreviventes ainda são perseguidos”, disse o Académico.
Aumento exponencial de casos de COVID-19 preocupa autoridades da província do Namibe.

Florindo Cinco Reis, analista polítco

Florindo Cinco Reis, afirma que : “É uma situação que nos preocupa e é necessário que redobremos o nosso sistema de saúde, a nossa forma de nos prevenir porque a dois ou três meses a situação estava um pouco minimizada e todos nós relaxamos nas medidas de prevenção e vivemos no conformismo, surgiu então a nova variante e sobre essa situação o Namibe também passa por momentos difíceis, por isso deixo aqui o meu apelo a todos os cidadãos no sentido de reforçarmos o nosso sistema de prevenção porque essa doença é um facto e pode nos criar vários danos”, referiu.

Para Daniel Tchimbwa “Namibe ultimamente tem sido uma província que do ponto de vista de propagação estão a se contaminar com mais velocidade, isso preocupa a todos nós, porem questiono a maneira como as autoridades estão a levar a cabo para conter essa nova variante”, questionou.
Presidente da República, João Lourenço, concedeu entrevista coletiva apenas a repórteres de cinco órgãos de comunicação social.

Florindo Cinco Reis, analista polítco

Florindo Cinco Reis, convidado a comentar o tema no espaço “Namibe em 7 dias”, o académico afirmou que : “Essa foi a notícia principal de vários órgãos de comunicação social na semana passada, espantou-me porque que até o momento não se sabe quais foram os critérios de seleção dos órgãos que fizeram parte desta entrevista, dizem que foram 5 órgãos e não sabemos quais foram as estratégias de escolha, sabemos que quem concedeu a entrevista foi o PR mas nós tivemos um Presidente da Republica que mais falava como Presidente do MPLA e aquilo não caí bem, na minha opinião quando um jornalista teria feito uma pergunta sobre a situação do partido ele teria dito que estava ali como Presidente da Republica e não como Presidente do MPLA, porque há certas palavras que ele disse que só tinha que dizer na qualidade de Presidente do MPLA e não como Presidente da Republica e aquilo não nos caiu bem, ou seja, usou os órgãos públicos e privados para passar uma mensagem politica”, frisou.

 

“É uma vergonha, no princípio da sua governação o Presidente João Lourenço, havia dado mais aberturas porque ele já concedeu várias entrevistas que parecia que eram mesmo algo sério, veja que nós vivemos num país em que o partido no poder confunde as instituições do estado como se fossem suas propriedades, nós estamos a viver num país camuflado na democracia e no fundo é governado por um ditador. Um Presidente de todos os angolanos não teria falado da oposição daquela maneira porque ele tem que saber quantos angolanos ele feriu como Presidente da República porque ele falou como pai da nação, mas ele chama a oposição de fraca, arruaceira e como pai da nação não ficou bem ter dito aquilo”, criticou Daniel Tchimbwa.
Membro do movimento protetorado Lunda Tchokwe, morre na cadeia de Cacanda Lunda Norte e o advogado de José Mateus ZecaMutchima, desconhece o paradeiro do seu constituinte há mais de um mês.
Florindo Cinco Reis “A situação de Cafunfo até hoje ainda não foi esclarecida, aconteceu já a um ano e segundo a policia nacional vão investigar o ocorrido, não é o mais sensato mesmo sabendo que a policia fez parte do mesmo acontecimento ser o investigador, não é bom, um ano depois um membro não foi a julgamento, a policia não sei se continua mesmo a investigar ou não e até hoje não sabemos mais nada desse assunto, é muito triste saber que um dos membros faleceu na cadeia, se for verdade é uma situação para a PGR investigar”, reagiu.

Daniel Tchimbwa, Analista político

“Nós já pressionamos várias vezes a respeito disso, esse caso está a se levar muito ao extremo, a morte não resolve um problema, matar um cidadão não resolve nada, as pessoas resolvem os seus problemas dialogando e eu não estou a acusar que alguém o matou, mas também ele não saiu de sua casa para ir morrer na cadeia, culpados são aqueles que demoraram para resolver o caso”, salientou, sublinhando que : “fica muito feio uma vez que aproximam-se as eleições, os fazedores de opinião pública a morrerem nas cadeias”, Concluiu Daniel Tchimbwa.

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