O edital da Administração municipal do Namibe sobre a expropriação de terrenos de alguns cidadãos, está a suscitar onda de protestos por parte dos cidadãos vítimas desta medida que consideram oportunista.
Por : Fonseca Tchingui (NFV)
O caso mais recente é da cidadã Hernany Tchissingui, proprietária do espaço de terreno no bairro Valódia, nas imediações das Bombas de combustível da Pumangol, arredores da cidade do Namibe, que segundo explica, a suas obras foram demolidas três vezes, por culpa dos fiscais da Administração Municipal do Namibe.
Muro de vedação demolido
‘’ O que me trouxe aqui é devido um descontentamento, que temos perante a administração municipal de Moçâmedes, devido os mãos trabalhos, a dois anos ( 2) atrás, praticamente aquilo foi dia 13 de Junho de 2020, onde a administração por má fé demoliram a nossa obra, o senhor administrador Carlos de Sá, orientou sem nada por escrito, aos seus homens da fiscalização para que fossem e demolirem a nossa obra’’, denunciou. tendo acrescentado que: ‘’Primeiro começaram a demolir o alicerce, em 2019 antes do COVID-19 quando aconteceu, e nós até aqui, nunca fomos ouvidos, o senhor nunca quis nos atender, são gastos que la se foram, eles não querem saber dos nossos gastos’’. Vim aqui para denunciar este ato visto que já escrevemos para o governador provincial, e a carta foi desviada nem chegou ao senhor governador do Namibe Archer Mangueira’’, disse.
Para execução destas obras a visada esclarece que investiu mais de 7 milhões de kwanzas.
‘‘Nós até pensamos que tivessem já ultrapassado a situação, mas nem com isso eles se contentaram, no dia 19 de Agosto por volta das 9h da manhã do mesmo ano, isso já era o muro de vedação, foram a segunda vez e demoliram o muro de vedação. ‘’eles têm que nos ressarcir os danos que causaram, porque até aqui foram 3 demolições que fizeram, no investimento feito foram avultado mais de sete milhões de kwanzas, (7000000.kwanzas), todo mundo sabe que hoje em dia a situação social das famílias está muito difícil, investi tanto no material, como nos pagamentos dos mestres, fora a alimentação. São três vezes que eles demoliram”, lamentou. dizendo “Não é fácil para quem luta sozinha, não tem ajuda dos bancos , eu dependo simplesmente de negócios, praticamente eu vi o meu dinheiro todo a cair sem retorno, eu sei que a Administração não tem dinheiro para me devolver. Nós tínhamos chegado a um consenso! conversamos com o antigo Administrador na altura da área técnica das infras-instruturas dos serviços comunitário , o senhor “Maurício”, ele estava a resolver mas, logo que lhe tiraram, a outra senhora a dona Georgina sobrinha do senhor Carlos de Sá, Administrador municipal. Mesmo com a documentação, não esta a resolver o caso, estão a priorizar as pessoas que lhes pagam dinheiro e nós que estamos a pedir justamente os nossos direitos não estão a atender-nos”, sustentou.
Em entrevista ao NFV, a vítima revelou ainda que a Administração municipal do Namibe não vai conseguir ressarcir os danos causados pelos seus fiscais pelo que pede a intervenção das autoridades governamentais locais.
Hernany Tchissingui, teme perder o seu espaço, e afirma ter recorrido várias vezes as instituições afins para ver solucionada a situação mas sem sucesso.
‘‘Os fiscais da Administração alegavam que o terreno fosse da PGR, depois disso, averiguaram, que afinal de conta estavam errados. O referido espaço não era da PGR, foram os próprios fiscais que estavam interessados no espaço. “Mas graças a DEUS, logo que a própria PGR lá foi desmarcou-se e verificou- se que o espaço não pertencia a PGR, segundo que eles dizem.Revoltada com a situação pelo que passa revela as supostas figuras envolvidas nesta ação considerada de má fé tendo apontado o Administrador Municipal do Namibe, Carlos de Sá e Georgina igualmente membro daquela instituição pública.
Continuou dizendo que : “aquele espaço, é muito nosso, são mil metros quadrado do Espaço, desde o inicio que nós começamos com as obras, sempre que os mestres fossem para lá, nós víamos sempre os homens da Administração, amando do próprio administrador, a demolirem”, disse.
“Ao invés de trabalharem para o povo , estão a trabalhar para os seus próprios interesses, pensando em negócios primeiro encher os seus bolsos e prejudicando o pacato cidadão”, concluiu.
A redação do NFV, contactou Administração Municipal do Namibe, na pessoa do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa, mas não tivemos sucesso.