KARL MPONDA PRESIDENTE DO MUN RETIDO EM LISBOA POR SUPOSTA ENCOMENDA DAS AUTORIDADES ANGOLANAS

16.05.2022

 

ESPAÇO FALA SÓ -NAMIBE FALA VERDADE EDIÇÃO DE DOMINGO DIA 15 DE MAIO DE 2022, A TRÊS MESES DA ELEIÇÕES GERAIS.

POR: FONSECA TCHINGUI.

Karl Manuel Sarnei Mponda, líder do MUN retido em Portugal

Karl Manuel Sarnei Mponda, líder do MUN, que devia chegar a Luanda Sábado ultimo encontra-se ate ao momento retido em Lisboa por conta da embaixada de Angolana nas terras lusas.

O politico em trânsito para Angola sua terra natal a fim dar corpo do seu projeto de partido no quadro da democratização angolana, Karl Manuel Sarnei Mponda, é o homem do projeto político aliciante com representação em todas províncias de Angola e parece tudo isso ter contribuído para o actual comoortamento das autoridades angolanas na embaixada de Angola em terras lusa.

Karl Manuel Sarnei Mponda em entrevista concedida ao jornalista da VOA no Namibe com o jornalista Armando Chicoca, destapou  e disse que inclusive algumas forças politicas na o posição angolana estão contra os novos princípios de Mponda em fazer politica.

Acompanhe a entrevista concedida a VOA, Domingo, 15 de Maio, com o jornalista Armando Chicoca.

VOA- Karl Manuel Sarnei Mponda, estava ser aguardado sábado, 14 de Maio em Luanda e não conseguiu viajar de Portugal para Angola” o quê que aconteceu?

KM- “Bom dia, caro, jornalista, obrigado mais uma vez Voz da América, sábado não pode chegar em luanda porque não recebi salvo conduto no consulado de Angola em Portugal, tratei o documento, mostrei o passaporte caducado e entreguei até a cédula de nascimento que eu tenho, entreguei os documentos que pediram, mandaram-me pagar o bilhete de passagem porque diziam que tinha que ter o bilhete passagem de Lisboa para Luanda.

Paguei deram-me o recibo do salva conduto, só que fiquei uma semana a espera eu não sabia que aquele documento demora tanto, disseram-me para levantar na sexta-feira, as 14 horas para sábado poder embarcar para Angola e as 14 horas de sexta feira fui a Embaixada para levantar o documento e não o encontraram. Achei estranho, foram chamar um senhor que queria conversar comigo e este levou-me para o segundo andar, entramos no quarto fechado, o mesmo questionou-me se eu era de onde e lhe disse que sou angolano e colocou-me algumas exigências que não concordei, só que também não me deram tempo de ligar para TAP afim de pedir o reembolso do meu dinheiro de passagem porque já era tarde “, respondeu.

O líder do MUN, esclarece por outro lado que durante a segunda semana de maio, foi vítima de cabala de acusações baratas, ameaças e manipulações nas redes.

Cartazes contra o líder do MUN

“Na semana passada eu recebi avalanche de cartazes por toda a parte das redes sociais, achei que era uma forma de me intimidar para não chegar em Angola.

“Eu não sou homem de recuar, publicaram conteúdos coisas que nada têm a ver comigo, chamando- me de criminoso de guerra”.

Pergunto lhes aonde é que fiz a guerra, quando de facto os que fizeram a guerra em Angola estão em Luanda, mataram gente, destruíram o país, plantaram minas que impedem a prática da agricultura em Angola e por esta razão as pessoas morrem de fome.

“Pelo que sei um governo idóneo não faz isso, estão a tentar medir a capacidade de Karl Mponda. Eu não temo, não temo mesmo, são práticas intimidatórias que repudio, nosso SG já foi orientado abrir queixa no SIC para o esclarecimento dos factos”, reagiu.

VOA- Será que nestas complicações da embaixada de Angola em Portugal que não emitiu salvo conduta mesmo ja pago, por ter caducado o seu passaporte, tem alguma mão invisível do governo angolano com o objetivo de inviabilizar o projeto do MUN no pais?

KM- “Realmente não gosto de especular coisas, não posso confirmar se tem a mão invisível dos membros do governo. Mas as leis e as ordens partem do governo isto é verdade. A pessoa que me atendeu na embaixada angolana em Portugal é meu conterrâneo, ele é da Província do Zaire, falamos em língua materna, também lhe disse que não estava de acordo com a suas leis, ele disse-me que estava a cumprir apenas ordens superiores, mas isto não não me impede chegar à Luanda”, frisou

“Quanto ao MUN, eu já disse as pessoas que o MUN não é um partido da oposição e também não esta ligado ao governo. É o primeiro partido que se compõe e que se declara livre e independente com visão para a solução, eu já tinha dito isso a voz da América ha quatro anos atrás que em Angola temos três classes políticas, do regime, da oposição e nós estamos para estabelecer a terceira opinião da solução”, enfatizou.

VOA- Qual é a sua agenda para Angola e para os angolanos? Vem para ficar na sua terra natal?

KM-“Sim absolutamente, a minha agenda vi para ficar, por isso que eu mesmo coloquei os meus documentos que quero voltar para Angola para trabalhar, as minhas coisas já estão em Luanda”, esclareceu.

VOA-Qual é o seu posicionamento político uma vez que estamos a três meses das eleições gerais de Agosto. Será que ainda vai a tempo de resgatar o processo no TC, legalizar o MUN a partido político e concomitantemente participar nas eleições de Agosto?

Foto de Arquivo do partido MUN

“Em três meses o partido legalizado poderemos fazer muita coisa, mas questão do MUN, é um partido nacionalista conservador de direita e temos um projeto de Estado, a questão não é só o MUN concorrer para eleições e ganharmos os assentos no parlamento não, caro jornalista! É Ridículo e chamaria isto de caixa de boxe. Vamos para eleições e João Lourenço vai ganhar, isso deve ser dito. Nós queremos legalizar o partido depois da sua legalização daremos passo-a-passo, a mim não importa João Lourenço, ficar 20, 30 anos no poder, mas desde que nos desse o governo, governo fora da governação do Presidente da República a exemplo da Alemanha. Neste momento queremos aprofundar no nosso partido a nível nacional para que em 2027, possamos fazer um grande trabalho, nós não somos imediatistas”, disse o político.

Karl Mponda aconselhou os militantes, simpatizantes e amigos do MUN que nos subsequentes estará em Luanda e vai visitar todas as províncias de Angola interagindo com as comunidades locais e esclarecendo o posicionamento do MUN fortalecendo as estruturas de base. A VOA procurou ouvir o corpo diplomático da embaixada de Angola em Portugal sem sucesso.

Recentes

NFV FORA D` HORAS 17-10-2024

Noticiário NFV, edição de quinta-feira 17 de Outubro de 2024, com os seguintes tópicos: 1 - Executivo trabalha na mobilização de recursos financeiros para mitigar efeitos da seca na região sul; 2 - Gabinete das Pescas e Universidade do Namibe vão implementar projecto...

NFV FORA D` HORAS 16-10-2024

Noticiário NFV, edição de quarta-feira 16 de Outubro de 2024. com os seguintes tópicos: 1 - Quatro pescadores artesanais estão desaparecidos há onze dias nos mares do Tômbwa (Namibe); 2 - No Namibe campanha agrícola 2024-2025 abre amanhã na comuna da Lucira; 3 -...

pergunta, sugere, denuncia, contribui

Jornalismo com tempo e profundidade faz-se com a tua participação e apoio.

Share This