VIÚVAS E ÓRFÃOS DOS POLICIAS E FAA NO MOXICO DESPROTEGIDOS PELA ACÇÃO SOCIAL DO GOVERNO ANGOLANO FALAM NO “MWANGOLÊ” NAMIBE-FALA VERDADE, NA CIDADE DO LUENA.
Por: Armando Chicoca (NFV)
Mais de 800 mulheres dentre viúvas e órfãos dos policias e FAA, bem como de alguns funcionários públicos da saúde , educação e não só, estão entregues a Deus dará. As instituições do Estado criadas em Angola para a proteção dos órfãos e viúvas no Moxico se existem não funcionam, pelo que ouvimos das viúvas e órfãos durante o “MWANGOLÊ FALA VERDADE”, realizado na cidade do Luena, quarta-feira,27, com uma plateia repleta entre viúvas, órfãos, houve choros e revolta pelo abandono que está franja do nosso povo está sendo vítima.
Neste relato de injustiça social em que as autoridades cúmplices foram convidados e declinaram o convite, ouvimos casos que em situação normal num país de direito, inclusive alguns bancários poderiam responder em tribunais por terem ajudado pessoas estranhas requerer o dinheiro das contas bancárias dos falecidos.
Moxico, é uma das terras de Angola onde a arrogância, a prepotência, o desrespeito a lei, a mentira, a petulância ganha corpo todos os dias.
Para a burrice dos nossos dias, Moxico deve ser uma das províncias onde 99,90% dos cidadãos não têm liberdade de expressão, a vida de cada um esta controlada por uma casta de indivíduos que se julgam poderosos pir serem militantes de um partido no poder.
Houve uma mulher que tratou toda a documentação exigida pelos serviços militares da frente leste, obrigaram-lhe inclusive para abrir uma conta no BPC, mas depois de apresentar a conta bancária de um primo, a senhora passou a ser abandalhada, presumindo -se haver uma cabala de desvio do dinheiro do falecido que deveria ajudar a assistência social.
Um intendente da Policia também falecido há dez anos com dinheiro na conta bancária e oito filhos órfãos a estudar por simples conta da mãe, tem a conta bancária intacta e nunca tiveram apoios da caixa de providência da Polícia Nacional, tal como fazem em outras províncias “civilizadas”, sobretudo no Namibe, onde o Delegado do Interior, Comissario Alberto Sebastião Medes “Limão” as vezes manda chamar as viúvas e órfãos interage com eles e direciona-os a tratar assuntos inerentes junto da caixa de providência.
Resumindo e concluindo, Moxico tem governantes arrogantes que não ajudam o povo, intimidam e simulam detenções para valer a supremacia como se fossem imortais e por via deste comportamento que não rima com os atuais ventos da democraticidade criam medo nas pessoas para os mesmos continuar a saquear o erário público.
Seria bom substituir todo aparato dos órgãos dos serviços e agentes da investigação do estado se é que há vontade de se fazer com que Moxico ascenda o patamar do desenvolvimento de outras províncias.
Moxico não pode e nem deve continuar a ser “feudo” de alguém, Moxico é Província de Angola, Angola indivisível.
Alguns políticos do MPLA, neste país, que quiserem sobreviver a modernidade angolana comandante, devem aceitar a dialética e se conformar com os tempos atuais, já não haverá recuos, a democracia veio para ficar.
Paulino Mutunda, Advogado faz o enquadramento jurídico que se impõe.
Lembrar que o encontro decorreu no complexo escolar São José, junto a rádio Eclésia e tinham sido convidados o Comandante da região leste e o Delegado provincial do Minint que infelizmente não compareceram no local, segundo fez saber Daniel Tchiwape, membro da organização e ativista cívico no Moxico.
Enquanto pessoas do bem, pessoas que circulamos pelo país trazemos novidades nunca reveladas e escondidas, apelar a presidência da República, a PGR, também aos serviços complementares do Estado para um olhar mais atento à província do Moxico. Pelo que vejo, no Moxico há violação sistemática dos direitos humanos, isto não é bom para o nosso pais.