Os Candidatos ao concurso de Professores na Província do Moxico, dizem estar a serem ameaçados pelo Director do Gabinete Provincial da Educação no Moxico, Valeriano Chimi Cassauie face a revindicação dos concorrentes que viram as pautas das suas notas adulteradas depois da validação da pauta pelo Ministerio da Educação, em Luanda.
Por : Daniel Tchiwape (NFV)
O Director do Gabinete Provincial do Moxico, Valeriano Chimi Cassauie, tem vindo a fazer ameaças nos últimos dias aos candidatos do concurso público de professores naquela provincia, realizado em janeiro do ano em curso. Cristiano Salvador, um dos candidatos naquela provincia do leste de Angola disse ao Namibe Fala Verdade, que depois da ultima manifestação do dia 29 de Julho junto das instalações de artes e ofícios, local onde se encontram afixadas as pautas, Valeriano Cassuie garantiu que os reivindicadores poderão ser processados e responsabilizados judicialmente por suposta arruaça, quando de facto não houve arruaça e o protesto dos concorrentes foi feito no quintal daquela instituição as portas fechadas. Rui Fota, outro candidato disse que em viva voz e num tom ameaçador, o Director da Educação recuou no espaço e no tempo afirmando que só não vão presos neste momento porque tem pena, tendo afirmando ainda que de facto registou-se erro no sistema o que permitiu a falha nas notas atribuídas aos vários Candidatos, admitindo o recurso das provas realizadas em Janeiro.
Candidatos à professores revoltados no Moxico
Vários candidatos explicam que todos que tiveram notas positivas na 1°, 2° e 3° listas Publicadas e agora aparecem aparecem com notas negativas, sobretudo aqueles que apresentaram reclamações de injustiças. “Os resultados provisórios do dia 18 Janeiro de 2022, e do dia 26 de Julho não sofreram alterações nas lista homologadas pela Ministra da Educação, Luísa Grilo”, reagiu.
Azevedo Seúlo, questiona “como se pode justificar isso se os júris que assistiram as provas são diferentes dos que corrigiram e dos que lançaram os resultados? Eram três equipes diferentes e os resultados eram os mesmos sem alterações”, disse Azevedo Seculo. “Os resultados só mudaram na última lista onde ficaram excluídos os nossos nomes”, descreveu. Como é possível os estudantes do PUNIV e do IPAG entrarem com 10 valores e os concorrentes formados nas escolas de formação de professores com as notas positivas superior á 10, 11,12,13 e 14 valores não entraram?
Também há denuncias de Candidatos com notas negativas no seminário da primeira fase e outros que nem no concurso estiveram para além daqueles que realizaram as provas em casa e pagaram algum valor. É urgente que em nome da meritocracia e bom nome do nosso pais haja uma investigação apurada que vise repor a verdade.
As listas definitivas vindas de Luanda foram, volta e meia localmente apareceram outras listas produzidas localmente. Inclusive há reclamações de que existem candidatos que não fazem parte das primeiras listas do concurso público mas fazem parte da lista final dos resultados definitivos, o que por si só constitui uma aberração, reagiu João Albano um dos concorrentes mais novo.
O Namibe-Fala Verdade procurou ouvir o Director Valeriano Chimi Cassauie mas sem sucesso. Várias vozes da sociedade civil no Luiena são de opinião que a bem da verdade a PGR e o SIC devem mandar suspender este concurso para permitir uma investigação aturada e punir os principais cúmplices nomeadamente alguns responsáveis departamentais da direção da Educação do Moxico. DC