Mais de trezentos ex-trabalhadores das extintas empresas afectas ao também já extinto Comércio Interno foram mandados para casa em Janeiro de 1992 sem indemnização e nem reforma garantida, estando neste momento atirados à” Deus dará ´´e a passarem por imensas dificuldades de ordem social.
Por: Fonseca Tchingui (NFV)
Segundo contam, os recursos as instituições de tutela feitos em nada resultaram e, exigem ao Executivo de João Lourenço indemnização e uma reforma condigna, ao mesmo tempo mostram-se sépticos quando a solução do caso.
Teresa de Jesus Mbuanga trabalhou durante quinze anos no comércio e relata como foram despedidos: “Num belo dia, isto é Janeiro de 1992, chegamos as portas para trabalhar a empresa estava fechada e nos mandaram ficar em casa aguardar pelas segundas ordens até em 2017. Em Abril do mesmo ano recebemos um comunicado a dizer que todos os trabalhadores do Comércio deveriam tratar a documentação para aqueles que ainda pudesse trabalhar seriam indemnizados e os que tivessem idades avançadas passariam a reforma. Afinal era por causa das eleições. Depois que as (eleições) passaram, até hoje. O Director do Comércio, senhor Moisés disse que não tinha conhecimento do caso mas, iria ter com o governador Archer Mangueira. Por seu turno este, governador portanto, enviou um ofício ao Presidente do Conselho da Administração do Instituto de Gestão de Activos e Participação do Estado com o conhecimento da atual ministra das Finanças Vera Dave, mas a resposta nunca veio”, disse Teresa de Jesus Mbuanga.
O mesmo relato é partilhado pelo Lázaro Lucunde de setenta e um (71) de idade que foi trabalhador durante onze anos.” Até agora não estamos a ver nada. Estamos descontentes, preciso a minha reforma. Já não tenho força para trabalhar“, lamentou. Kahete Jamba exige igualmente a sua reforma que merece. ”Desde que a empresa foi extinta nenhum de nós trabalha, por isso, queremos a nossa reforma”, frisou.
Este foi mais um Mwangolê Fala Verdade, edição de quarta-feira, 3 de Agosto de 2022, apresentação do jornalista Armando Chicoca, edição de Fonseca Tchingui, técnica de Anabela Afonso.